25. where do we go? tell me my fortune, give me your hope

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— Eu acho que está — Remi foi sincero, levando os olhos claros até o amigo. — Não acho que ela esteja em um bom lugar agora, Leo.

Hawkins assentiu, sentindo o peso das palavras do melhor amigo atingi-lo. Apoiou os dois braços na pia da cozinha, fechando os olhos ao balançar a cabeça em negação. A culpa pesava nos seus ombros. Se não estivesse tão focado em si mesmo nos últimos dias, teria percebido antes.

— Nina sabe que você descobriu?

— Acho que desconfia — respondeu, levando o olhar até Remi. — Ontem à noite ela estava estranha e quando eu levantei hoje... Ela já tinha ido. Levou todas as coisas.

— Onde ela está agora? — Remi questionou, colocando uma mão no ombro do amigo. — Não é sua culpa, Leo. Ela não queria que você descobrisse. Eu acho que a garotinha que ela tem dentro dela está muito assustada com tudo e o medo não costuma ser combustível para algo bom.

— Não faço a mínima ideia — respondeu, passando uma das mãos pelos cabelos, sentindo o coração apertar. Alguma coisa estava fora do eixo. Podia sentir. — Merda, vou ligar para a garota que divide quarto com ela para ver se...

Leo parou de falar assim que um barulho de notificação chegou no celular de Remi, fazendo com que os dois levassem o olhar até a tela. Uma mensagem de Claire — ele ainda tinha seu contato salvo — estampava a tela. O conteúdo dela fez ambos se olharem assim que tomaram consciência das palavras.

"Acabei de ouvir que há uma confusão nos dormitórios. Nina está envolvida. Tentei falar com o Leo mas ele não atende o telefone. Vá até lá, leve ele com você."

"Estou fora da cidade, mas me mantenha informada."

"Pelo amor de Deus. Dê um jeito nisso".

Levariam oito minutos em um dia normal para chegarem no campus da casa dos meninos, mas Remi fez todo o trajeto em quatro

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Levariam oito minutos em um dia normal para chegarem no campus da casa dos meninos, mas Remi fez todo o trajeto em quatro. Furou tantos sinais e recebera tantas buzinas que apostava que ia acumular vários pontos na sua carteira depois daquela manhã. Não que ele — ou Leo — estivesse pensando nisso naquele momento.

Cruzaram as portas do dormitório feminino com pressa, ignorando os chamados de "vocês não podem estar aqui" de uma das responsáveis pelo lugar. Eles estavam se formando, que punição podiam ganhar com isso?

Seguiram os gritos, empurrando as pessoas que estavam na sua frente assim que chegaram no terceiro andar. Quarto seis. A porta estava aberta e dezenas de pessoas se acumulavam para saber exatamente o que estava acontecendo e de onde estavam vindo os gritos. Ninguém ousava entrar no meio da confusão.

— Você perdeu a porra da sua noção — Sara gritava, no canto do quarto. Parecia ter sido interrompida no meio da sua rotina matinal, com o cabelo preso em um coque e os pés descalços. — Eu não falei nada a ninguém!

Dirty Laundry ✅Where stories live. Discover now