III-A determinação

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"Quando brigamos, nós brigamos como leões
Mas então, nós amamos e sentimos a verdade
Nós perdemos nossas mentes em uma cidade de rosas
Nós não vamos tolerar nenhuma regra

Eu não digo uma palavra
Mas ainda assim, você tira o meu fôlego e rouba as coisas que eu sei
Lá vai você, me salvando do frio"

Fire on fire (traduzida) -Sam Smith 

Fire on fire (traduzida) -Sam Smith 

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|THEO COBEN|

Eu não sei o que fiz para que Isla se ressinta tanto em relação a mim a ponto de me ignorar e fugir da minha presença sempre que ocupamos o mesmo local. Bom, na verdade tenho sim uma certa ideia da razão pela qual ela age assim. Confesso que fui bem babaca com a garota no início do nosso acordo. Agi com estupidez sem pensar no que isso poderia resultar mais a frente e agora estou colhendo os frutos das minhas ações inconsequentes.

Estou sendo deixado por minha namorada... quer dizer, ex namorada, se é que posso nomea-la dessa forma. Apesar da nossa história não ter começado do jeito certo, entretanto ainda assim, do meu ponto de vista, todo o tempo que passamos juntos e todas as coisas que vivemos, as barreiras invisíveis que ultrapassamos nesse relacionamento confuso, nos torna sim namorados.

Mesmo que Isla negue o quanto quiser, sei que olhando através daqueles dois círculos verdes de seus olhos, eu consigo enxergar a verdade que ela tenta com todas as forças esconder...

Isla também sente alguma coisa por mim.

Ainda há um resquício meu, uma parte minha dentro dela. A chama de algo forte e desconhecido que experimentamos e que ela não pode simplesmente apagar porque quer me esquecer. E é nisso que eu me apego. Na esperança de que como Isla não me excluiu por completo de sua vida, que ainda existe algo nos conectando, que tenho a chance de correr contra o tempo para consertar as coisas quebradas entre nós.

Eu ainda posso tê-la de volta como minha namorada e melhorar tudo daqui para frente se quiser. Só preciso ser determinado e insistir um pouco mais. Ser paciente e fazer a jogada certa para derrubar os muros de defesa que ela levantou ao redor de seu coração, para que enfim obtenha seu perdão, mesmo que este seja um processo bastante desafiador e desgastante. 

Mas estou decidido, eu não irei perder Isla. Eu irei reconquista-la, custe o que custar. É o que coloco em minha mente, enquanto divago durante a manhã inteira, sem prestar atenção nas aulas que se arrastam de forma torturante por longas horas. O único alento que tenho pelo menos, é vista que tenho de onde estou, sentado ao fundo da sala, com o imbecil do Matt logo atrás do meu assento, e minha ex sentada a três carteiras de distância à minha frente.

E ela está tão linda!

Meu Deus, meus dedos coçam de vontade de passearem pelos fios claros compridos que caem em cascatas onduladas por seus ombros e costas. Por diversas vezes é necessário que eu desvie o olhar para outro ponto qualquer que não seja ela, para conter o desejo de me levantar, seguir até sua cadeira e arrasta-la comigo para longe desse purgatório insano o qual chamo de sala de aula.

Todavia ficar quieto no meu canto, tendo que aturar o falatório incansável e nada produtivo de Matt nos meus ouvidos, se torna uma tarefa quase que impossível de suportar, principalmente quando vez ou outra eu escuto as gargalhadas de Isla e os irmãos Blake nos primeiros lugares, divertindo-se imensamente como estivessem num show de comédia particular, e não em uma instituição de ensino no horário de aula.

Algo queima dentro de mim ao notar  Peter Blake confortavelmente com as patas sobre os ombros de minha namorada, como se tivesse algum tipo de intimidade com a mesma para tal atitude.

Quero quebrar sua mão, esmagar seus ossos e arrastar sua cara no asfalto quente na tentativa de aliviar a raiva e o ciúme acumulados que sinto. Entretanto, permaneço apenas observando-os de onde estou, em processo de combustão interna, mas sem causar uma cena na frente de todos. Não tenho a intenção de piorar a situação entre eu e Isla. Por essa razão, aguardo impacientemente pelo horário que marca o intervalo, para fazer as coisas do jeito certo.

E é o que faço. No instante em que a sirene toca anunciando o horário do almoço, deixo os caras do time de lacrosse na sala de aula falando sozinhos, e sigo atrás da única pessoa que realmente me importa agora.

Isla Tibuco, minha namorada, ou quase isso...

Não sei o que essa garota comeu no café da manhã hoje cedo, mas com certeza foi algo que lhe deu uma baita energia e disposição para correr, porque tenho que confessar uma coisa, mesmo com as pernas mais compridas do que as dela, tenho acelerar muito meus passos para não perde-la de vista.

Dobro o corredor, ligeiramente ofegante, e quase me desespero achando que Isla sumiu feito fumaça diante dos meus olhos, ao não vê-la no corredor seguinte que está vazio. Contudo, solto um suspiro contente ao notar uma porta escura fechando-se silenciosamente há alguns metros de distância, como se a pessoa do lado de dentro não quisesse ser percebida, e rolo os olhos com certa diversão.

Aí está você, Tibuco! Isso foi bem típico e clichê até mesmo para você, lindinha...

Se esconder na biblioteca? Justo à esta hora em que ninguém frequenta o lugar? Hoje deve ser meu dia de sorte, penso comigo mesmo enquanto faço o trajeto final, maquinando bem cada palavra que pretendo dizer para convencer essa garota de cabeça dura. Só preciso apenas de alguns poucos minutos a sós com ela para fazê-la me ouvir.

-Não corra.

Digo ao entrar de súbito no recinto e fechar a porta logo atrás de mim.

-Não faça isso, Isla. Eu quero conversar com você como duas pessoas normais. Você pode...

Dou um passo a frente para me colocar a sua frente, e a encurralo com meus braços entre a parede e o batente da porta.

-Eu já disse que não tenho mais nenhum assunto a tratar com você, Coben! Por acaso ficou surdo?

Isla rebate claramente irritada comigo  cutucando meu peito com a ponta do dedo indicador. Todavia, a forma adorável como seu nariz se enruga, suas bochechas coram de raiva, e sua boca tentadora se movimenta rapidamente, me desconcentram totalmente do foco inicial. Seu perfume me mata de saudade e tudo o que mais quero neste segundo é relembrar o sabor de seus lábios nos meus como era no passado.

O que é que eu vim fazer aqui mesmo? Questiono-me mentalmente desnorteado.

-Ou talvez você... -Isla continua esbravejando sem parar, e a única maneira que encontro de silencia-la de uma vez por todas, é realizando aquilo desejo.

Inclino a cabeça alguns centímetros para alcançar sua altura, e então a beijo profunda e repentinamente.

💔💔💔

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Hello, pessoas! Saudações, tudo joia? Então tá bem. Não esqueça de deixar aquela estrelinha marota e seu comentário sobre o capítulo, beleza? Que a força esteja com você!

Mil beijinhos doces da MM 😘😘

Me Perdoe -DegustaçãoWhere stories live. Discover now