– Meu.

Sofia disse, em tom baixo.

– Então você é quem deve gostar dele. – Cristián completou, pacientemente – O que eu sei que você faz, porque na última semana que esteve aqui quis usá-lo por vários dias.

– Mamãe disse que a tia Carina tem mau gosto.

Ela confessou.

– Bom... Isso é a opinião da sua mãe. Eu não concordo. – Cris disse – E acho que você também não. Não é?

Sofi assentiu, sem graça.

– Ótimo, então ande logo e vista o vestido, ou vamos nos atrasar e perderemos a reserva.

O jogador determinou, entregando novamente a peça de roupa para a menina.

– Eu não quero esse.

Ela repetiu, em tom triste.

– Sofia, eu não entendo o que está havendo com voc...

Cristián dizia, parecendo perder a paciência.

– Cris! – Eu chamei, aparecendo na porta do quarto – Deixe que ela escolha outra coisa para vestir. Está tudo bem.

Ele balançou a cabeça, em negação, e respirou fundo para se acalmar, antes de dizer:

– Escolha outra coisa, Sofi. Mas rápido, por favor. Certo?

Aproveitei que tinha acabado de fazer minha maquiagem, para reunir os produtos e voltar ao quarto de Cristián onde a roupa que escolhi para a noite esperava por mim.

Em mais alguns minutos ele apareceu e se aproximou por trás, beijando meu rosto enquanto tocava sutilmente meu quadril.

– Ei, me desculpe por Sofia, de novo. Você sabe, ela não tem maldade. Só repete o que...

– ...O que escuta – Eu completei, porque ele sempre dizia essa frase e eu já a sabia de cor – Eu sei. É só um vestido. Está tudo bem.

– Tem certeza?

O jogador questionou e dessa vez eu fui quem respirou fundo antes de dizer:

– Só estou um pouco cansada disso... toda semana há algo novo. – Suspirei – Só queria que ficássemos em paz.

– Eu sei. E sinto muito por isso.

Ele lamentou, me envolvendo com carinho.

Respirei fundo mais uma vez, porque era uma situação ruim para nós dois, mas não havia muito o que fazer.

– Vou terminar de me vestir. Se quiserem me esperar no carro... – Cris sugeriu – desço em mais alguns minutos.

– Certo.

Respondi, saindo do quarto pouco depois.

– Ei, fadinha, quer ajuda com isso aí?

Perguntei, parando ao passar pelo quarto de Sofia, onde ela tentava – com certa dificuldade – arrumar o próprio cabelo.

Amigos Con DerechosWhere stories live. Discover now