{Primeiro Livro da Trilogia Corações de Zaun.}
Sinopse Simplificada:
Em meio às penumbras de Zaun, onde o Caos e a Ordem se entrelaçam como amantes traiçoeiros, duas figuras formidáveis se enfrentam como peças em um tabuleiro do destino.
Lyria Glasc...
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Lyria estava sentada na beirada da cama, os dedos tamborilando impacientemente na madeira polida da cabeceira. Seus olhos percorriam o quarto, mas a opulência que no passado a confortava, agora parecia uma prisão dourada. Ela suspirou, sentindo a sensação da dor surda das costelas feito um fantasma, mas a irritação era mais intensa que qualquer desconforto físico.
— Eu não aguento mais isso. — Lyria resmungou, a voz carregada de frustração. — Estou presa aqui há dias, sem fazer nada além de seguir ordens da minha mãe. Eu deveria estar lá fora, lidando com essa situação à minha maneira, não escondida como uma criança que precisa ser protegida.
Verenna, que estava sentada em uma poltrona próxima, levantou os olhos do livro que estava lendo e a chamou por seu apelido, que somente aqueles mais próximos usavam.
— Lyre, você sabe que é para sua segurança. A Baronesa está apenas tentando protegê-la.
— Me proteger? — Lyria bufou, levantando-se abruptamente. — Eu sou a Garra da Baronesa, uma Ceifadora, não preciso de proteção!
— Lyre...
— Estou acostumada a seguir ordens, mas sempre do meu jeito. Agora, estou aqui, sem informações, sem poder agir. — Interrompeu, andando de um lado para o outro, os passos rápidos e nervosos ecoando pelo quarto.
Seus punhos estavam cerrados e a tensão era visível em cada linha de seu corpo. Verenna a observava com um olhar preocupado, mas compreensivo.
— Lyre, eu entendo sua frustração, mas você precisa se acalmar.
Lyria suspirou.
— É bem fácil falar, você pode sair quando quiser, ir para onde quiser.
Verenna suspirou, deixando de lado o livro sobre mecânica que lia desde que chegará.
— Hoje à noite faremos um encontro com os outros, lembra? Talvez isso ajude a distrair você um pouco.
Lyria parou de andar e olhou para ela.
— Uma distração? Com as mesmas pessoas de sempre? Não haverá nada que eu já não conheça.
