Cap 73 - Mariposa Preta

En başından başla
                                    

Dancei com o meu namorado na pista de dança como se não houvesse amanhã. Foi incrível estar ao lado da minha família e dos meus amigos, principalmente quando Max disse sobre estar planejando pedir Lúcia em namoro também, e o Benjamin chamou Jéssica para dançar ao nosso lado, até os meus pais se juntaram a nós ali. Tudo ocorreu perfeitamente bem, sendo tão calmo, contagiante e inesquecível que as fotos depois foram só um detalhe para nos lembrar de como aquela noite foi uma das melhores de nossas vidas.

No dia seguinte, na escola todos já sabiam do meu namoro, o que fez boa quantidade das pessoas pararem de falar comigo e começarem a me ignorar, principalmente os garotos. Sempre tive total consciência de como a maioria deles só se aproximava por interesse, então eu não poderia me importar menos. Sebastian não fez mais a menor questão de se aproximar de nós dois novamente, sabendo quem foi o responsável pela forma que o seu carro ficou naquela noite. Se ele ficou morrendo de ódio não demonstrou, o que foi sensato já que depois da primeira surra que levou do Dener, outra poderia fazer um estrago maior ainda.

Naquela mesma semana do meu aniversário, quando as coisas realmente estavam se ajeitando, Dener conseguiu um empréstimo e comprou uma casa para a família dele um pouquinho mais longe da outra e da minha também. Rita ficou tão feliz que chorou de felicidade, sem acreditar mesmo que seu filho tinha realmente feito tudo isso por ela. Os gêmeos não saíram muito atrás, afinal, a primeira coisa que Hannah fez ao saber e dar de cara com o seu novo lar, foi adotar dois cachorros, um macho e uma fêmea, que seu irmão mais velho foi logo castrando ambos para não terem mais moradores na casa. Harry por outro lado agiu normalmente, escondendo bem a felicidade.

Mas eu soube pela fofoqueira da Hannah que o seu irmão gêmeo levou uma amiga para dormir lá assim que a mudança ficou completa. Ambos os gêmeos tem um quarto separado, inclusive Dener que obviamente não esperamos nem três dias para estrear todas as paredes do cômodo.

Exatamente nove dias depois da mudança da família e do Dener para e enorme casa, eu fui dormir tranquila e com a consciência não pesando em absolutamente nada. Minha vida estava totalmente perfeita e com as coisas em seus devidos lugares, como Julie que se manteve bem e livre ou como Jéssica que mesmo se sentindo atrasada com os estudos, esteve sorridente o máximo possível. Na escola, eu estava me saindo super bem, e quando enfim pude respirar aliviada, naquela mesma madrugada, exatamente às duas horas da manhã, pulei da cama ao ouvir gritos vindo de lá de baixo. Da minha casa. Da minha mãe.

Levantei correndo da cama e fui cambaleando escada a baixo com a cabeça latejando de dor só de imaginar o que houve.

Desci as escadas o mais rápido que consegui, tropeçando a cada degrau. Parei instantaneamente sem nem tirar a mão do corrimão, já com os pés no chão da sala, observando a minha mãe ajoelhada no chão com o celular caído ao lado, enquanto meu pai está na frente da mesma a abraçando, tentando reconforta-la. Ambos com roupas de dormir, como se tivessem em que décimo sono na hora que o celular tocou.

Não ousei me mover, absorvendo a cena, tentando raciocinar, tentando encaixar as imagens na minha cabeça e ao mesmo tempo tentando não pensar muito. Minhas mãos ficaram trêmulas.

Arrisquei um passo, porém, não tive coragem para dar o seguinte. Os olhos de James me atingiram, olhos repletos de pena, cautela e de cansaço também. Entreabri a boca, mas não sabia exatamente o que dizer. O único som da sala é o do choro agoniante de Diana. Trinquei os dentes, tentando não parecer frustrada o suficiente com a atual situação, tentando entender a mesma sem parecer desesperada demais para isso, então apenas o observei em silêncio esperando uma única resposta.

Meu pai por outro lado não falou nada, ele só negou com a cabeça, fazendo a mulher em seus braços virar o rosto na minha direção, mostrando os olhos inchados e a boca sem o menor índice de cor ali. A mesma fez sinal para que eu me aproximasse, dando um sorriso triste, sem mostrar os dentes. Fui andando devagar, sem tirar a minha atenção de si. Diana me abraçou o mais forte que pôde.

Meu "Babá"? (Completo)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin