Enquanto esperava pelo Breno, sentada no carro, aproveitei o tempo gravando alguns stories. O sol estava naquele jeito e uma brisa suave soprava pela janela.

De repente, um menino apareceu à minha janela, interrompendo minha gravação. Era um dos soldados do meu pai e suas palavras eram claras e diretas.

— Senhorita pode baixar o volume do som, por favor? É ordem do seu pai. — disse ele, apontando para o outro lado da rua, onde avistei meu pai observando atentamente com o semblante sério, ao seu redor estava alguns homens que nunca tinha visto e ao seu lado estava Astro.

Abaixei o volume do som e sorri, agradecendo-lhe pelo aviso.

— Ah, claro! Obrigada por me avisar. —respondi.

O menino assentiu com um aceno de cabeça e se afastou, voltando para onde meu pai estava. Enquanto observava-o se afastar.

Pouco depois, Breno apareceu na entrada do comércio, chamando-me para dentro do comércio. Peguei meu celular e segui-o.

— Cara de rato faz o pix aqui pra tia, não sei o que deu que a porra do meu pix não tá indo. — disse Breno enquanto caminhávamos até o caixa.

— Pobre é foda cara. — falei rindo e desbloqueei meu celular, abrindo o aplicativo do meu banco. Enquanto esperava o aplicativo carregar, observei Breno, que estava vidrado na TV que havia ali.

No jornal, passava uma reportagem sobre um grande assalto a banco em Criciúma,mas não dei muita atenção e voltei minha atenção ao meu celular, fazendo o pix para a senhora.

Após o pix ser realizado, Breno e eu nos dirigimos para fora do estabelecimento, enquanto caminhávamos pela calçada, dei uma olhada na direção onde meu pai estava. Sua figura estava lá, de pé, conversando com os homens com sua expressão séria e posturada, como de costume.

Porém, algo chamou minha atenção e desviou meu olhar. No meio daquele grupo, notei um homem branco, alto e bem vestido, com tatuagens visíveis em seus braços. Seu semblante era sério e seus olhos fixaram-se em mim por um momento, como se estivesse avaliando-me cuidadosamente.

Um arrepio percorreu minha espinha enquanto nossos olhares se cruzavam brevemente.

Sacudi a cabeça para afastar os pensamentos indesejados e me concentrei em seguir em frente com Breno, ignorando a presença do homem desconhecido. No entanto, sua imagem permaneceu em minha mente, deixando-me com uma sensação de inquietação enquanto continuávamos nosso caminho até o carro.

— Acho que nossos pais estão envolvidos nesse assalto que rolou. — Breno fala depois de algum tempo assim que entramos no carro.

— Será? — Pergunto ajeitando meu cabelo enquanto ele dava partida até a minha casa.

— Com certeza, aquele homem que leu até tua alma é o Puma, um dos frentes do Tcp, é um 157 de peso dentro do crime. — respondeu e eu apenas balancei a cabeça.

— Tem cara de ser alguém de patente alta mesmo. — acrescento e desbloqueio meu celular, mexendo no mesmo.

(...)

Após passar a tarde com Breno, tomei um banho revigorante e vesti um leve vestido florido, aproveitando o clima descontraído e ensolarado que estava a tarde. Fui até a área da piscina, onde meu pai estava dando um churrasco com os homens que estavam presentes mais cedo.

Lance BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora