Capítulo 3- Dia de caos

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"Deus escreve certo por linhas tortas"

Boa Leitura!
* Sem Revisão

Fernando Alcântara Diniz era um homem de poucas palavras, um homem  ácido e que não permitia que a honra de sua família fosse questionada jamais, Ana Amália sabia disto, toda sua família sabia disto, mas Cristina estava prestes a descobrir o pior lado do seu pai, um lado que apenas ela conhecia...

Com apenas duas ligações Fernando estava na porta de onde supostamente Cristina estava.
O homem tinha seu rosto vermelho, expressão de fúria e fechava a mão em punho.

— Fernando, pelo amor de Deus, ela é a nossa filha! — Ana implorava para que o marido se acalmasse.

— Não mais Ana Amália, não depois desta vergonha!

Ele abriu a porta do quarto do hotel de luxo, lá havia bebida pelo chão, várias garrafas e pessoas pelos sofás, ao redor da piscina aquecida e no chão do banheiro. Na mesa de sinuca havia vestígios de cocaína que provavelmente todas aquelas pessoas usaram.

— Eu dou apenas dois segundos para que todos estejam fora daqui.  — Alcântara berrou despertando todo mundo.

Quando o homem viu que alguns nem ao menos abriram os olhos, ele sacou a pistola do cós da calça e atirou duas vezes para o alto.

— Todo mundo fora, agora!— Ele gritou e em menos de 3 segundos não havia vestígios de mais ninguém no local.

Cristina despertou com o barulho de tiro, e assustada caiu da cama. Ao tentar levantar se sentiu ligeiramente tonta, mas não havia tempo para mais nada...

Fernando entrou no local e não encontrou a filha assim que subiu as escadas. Se deparando com ela de pé ao lado da cama redonda enrolada apenas em uma toalha.

— Sua vagabunda! Como você pode?— Ele a pegou pelos cabelos enquanto Ana implorava pela vida da filha e Cristina não estava entendendo nada...

— Eu vou te matar!— Ele gritou a jogando no chão depois que deu um tapa no seu rosto.

— O que aconteceu? Mãe o que aconteceu?— Cristina chorava sentindo seu rosto queimar.

— Eu vou te dizer o que aconteceu, sua meretriz!— O pai a segurou pelos cabelos outra vez e a arrastou de escadas abaixo até o carro, onde a jogou sem cuidado algum.

— Pelo amor de Deus pai, me solta. O que aconteceu?— Cristina soluçava enquanto a mãe a segurava nos braços chorando lhe cobrindo com seu casaco...

— Eu vou te mostrar sua boca casa, vagabunda! Eu deveria ter te obrigado a abortar, Ana! Deveria ter me livrado dessa inútil quando começou a dar defeitos, deveria ter deixado ela naquele poço onde nunca deveria ter saído. Maldita! Maldita!— Fernando praguejava.

— Mãe o que aconteceu? Eu não fiz nada, eu juro mãe. — Cristina chorava e sua mãe aos prantos não conseguia falar, apenas abraça- la.

O carro parou numa calçada, a rua era movimentada e havia um prédio com luzes acesas em Neon.

— Venha aqui maldita! Venha! — O homem arrancou a moça do carro agarrado em seu pescoço a sufocando.

— Fernando eu imploro, eu imploro!— Ane chorava e ao tentar sair do carro Fernando acenou para que seu segurança a detece.

— Segurem ela, não deixem que ela saia!

— Fernando, é a nossa filha! É minha filha, por favor não faça isso!— Os gritos da sua mãe diminuia o volume a medida em que seu pai a arrastava para dentro do local.

A LIBERTINA- Livro 1/ Série: Profissionais do sexoWhere stories live. Discover now