Capítulo 2- A armadilha

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Boa leitura!
*Sem Revisão

' Quem vê cara, não vê coração'

Jorge Gurgel era um homem bonito, fazia jus a fama de galinha que tinha e estava decido a não perder sua vida boêmia para casar com uma mulher vinda da roça, com sotaque estranho e que as vezes nem falar conseguia, fora que já viu um dos seus ataques de pânico quando eram crianças e a achava além de sem sal, maluca.

Mas Fernando Alcântara era um homem poderoso, não poderia dizer simplesmente um não e sair andando como se nada tivesse acontecido. Precisava de um plano, precisava se livrar daquele casamento, mas de forma que ele sairia como vítima para que nem Fernando e muito menos o seu pai o culpasse por isto.

- Alô! O que você quer Jorge? Ainda são 10 da manhã cara, liga depois das 12. - Seu amigo Paulinho atendeu.

- Levanta bunda mole! Eu tenho um plano para me livrar da "Songamonga'. E você, o Kaio e Artur vão me ajudar!

Jorge sorriu ao contar o plano para o amigo que se prontificou a ajudá -lo.
Ao sair do seu quarto quase esbarrou com a mãe.

- Lembre -se que as três da tarde tem ensaio na igreja, filho, não se atrase!- Ela o lembrou depois de um beijo doce em sua bochecha.

- Eu não vou poder ir! Arruma alguém pra me substituir mãe, preciso fazer umas coisas. E é apenas um ensaio idiota, eu sei dizer sim na hora certa.

- Um noivo é insubstituível meu filho! - Patrícia indignou-se da atitude do filho.

- É o que veremos, minha mãe!" - Foi o que o belo homem disse antes de deixar sua mãe boquiaberta no corredor e simplesmente sair.

Patrícia sabia que seu filho não estava contente com aquele casamento que seu pai o fez engolir de goela abaixo, e tinha medo, pois o filho não tinha a mínima noção do que estava em jogo ali, na verdade apenas ela e sua prima Ana entendiam... Mas sua preocupação agora era : onde ela arrumaria um substituto de noivo?

*********

- Substituir o noivo?

Vitor Pimentel era um dos melhores advogados do Rio de Janeiro e de todos os desatinos que o seu tio Gustavo Gurgel já lhe obrigou a fazer, aquele era um que parecia absurdo, até pra ele.

- Vitor, é apenas um ensaio de casamento. Você conhece o Jorge, ele é um descarado sem vergonha e irresponsável, e eu não posso desapontar o Fernando Alcântara.

- Mas tio, eu acredito que o Senhor Fernando não ficará contente em me ver no lugar do seu filho.

Vitor conhecia Fernando Alcântara, aquele velho era uma raposa, e muito conservador, era capaz de tirá-lo de cima do altar debaixo de balas só por achar que aquela era uma afronta.

- Não se preocupe, eu já avisei que o Jorge não poderia comparecer, inventei uma desculpa. Esteja lá às três da tarde e não me decepcione como seu primo.

Seu tio desligou em seguida sem deixá- lo nem ao menos responder.

- Então vai precisar de um terno mais elegante, irmãozinho! - Lucio desdenhou.

A LIBERTINA- Livro 1/ Série: Profissionais do sexoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora