Capítulo 14- Não confie em ninguém

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— Isso aqui parece que foi largado há anos, será que houve algum acidente?— Taehyung disse olhando em volta.

— Pode ser, acidente em hospital, não gosto disso, será que é igual a Chernobyl? — questionou Olivia com medo.

Taehyung deu de ombros e continuou andando pelo corredor escuro e vazio. Ele estava tentando não  focar porque se não  iria desistir ali mesmo de seguir.

— Se for, estamos fudidos, pois já estaríamos contaminados.

Olivia rezou mentalmente para que não fosse o caso.

— Mas porque esse chão está tão quente? — apontou a menina.

— Não tô muito preocupado com isso, olha — Tae apontou para um cômodo à frente, era um pequeno quarto sem porta, tinha um colchonete sujo, porém novo, umas garrafas d'água e algumas correntes estavam jogadas no chão.

Olivia sentiu um arrepio enorme percorrendo sua espinha dorsal.

— Aqui nunca foi um spa, nem u. Hospital novo, parece mais um manicômio à moda antiga — disse a menina.

Na parede havia uma folha com cronogramas de nome de remédios.

Olivia se aproximou do aviso.

— São os mesmos remédios que eu vi no banheiro do Jae, os mesmos que a minha mãe  também  tomava há um tempo atrás.

— Você acha que ele estava aqui? — o rapaz perguntou incrédulo.

— Não só ele, mas como você mesmo disse, a minha mãe também, porém em tempos diferentes, o que eles estariam fazendo aqui? — perguntou com medo de uma possível resposta.

A verdade é que a menina segurava o choro ao pensar em sua mãe trancafiada, sendo possivelmente torturada em um lugar que tinha correntes presas no chão, e tudo aquilo piorava ao lembrar que recentemente Jae poderia ter estado ali, com o local desse jeito, destruído.

Isso tinha se tornado um filme de terror que ficava sendo repetido várias vezes na mente da menina, tentando preencher as lacunas das pistas que não tinha.

Se sua mãe tivesse sido "internada" ali, ela teria ficado louca antes ou depois de ter passado por esse lugar? Aquele vácuo de resposta deixava Olivia ansiosa e com um aperto enorme no peito de culpa por ser às vezes uma filha tão distante da nova mãe.

Um barulho muito alto foi ouvido no andar debaixo, parecia ferro se batendo no subsolo, ambos se assustaram, pois nem imaginavam que tinha algo ou alguém ali, talvez mais prisioneiros? Nenhum dos dois queria ficar para descobrir.

— A gente precisa sair daqui! — Taehyung disse com urgência e medo.

Os dois saíram correndo pelos fundos onde havia uma porta enferrujada com uma corrente velha.

— Ferrou, está fechada — Taehyung disse começando a entrar em desespero.

Olivia olhou em volta e viu um pedaço maior de concreto solto no chão.

— Assim que eu fizer isso, a gente tem que correr, porque vai fazer muito barulho.

Taehyung assentiu de maneira nervosa, seu estômago se revirava loucamente. Ele era apenas um nerd, não um investigador, que porra estava fazendo ali?

Olivia tacou a pedra com força da corrente enferrujada que se rompeu, e em um enorme estrondo a porta de ferro se abriu para o lado de fora.

— Corre! — a menina disse saindo disparada mesmo sentindo muita dor em sua perna em recuperação.

Ao chegar ao quintal dos fundos, que também tinha um mato alto, os dois ouviram o portão de ferro velho da frente sendo aberto.

Ao chegar ao quintal dos fundos, que também tinha um mato alto, os dois ouviram o portão de ferro velho da frente sendo aberto

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Não Confie Em MimWhere stories live. Discover now