Capitulo cinco

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CAPITULO 4:

A campainha toca e temos que entrar na sala, a prova final do semestre será hoje e posso dizer que não estudei o suficiente. Sempre que ando muito pensativo em relação às coisas que acontecem ao meu redor, fico apreensivo. Professor Han chega à sala dizendo:
- Alunos, vim aqui lhes comunicar que se vocês não forem bem nas provas finais deste semestre, suas notas não serão equivalentes para entrar em uma faculdade" ou "não terão a chance de entrar em uma faculdade. Boa sorte a todos.
Nunca pensei no que quero fazer após o ensino médio, sempre achei que seria um médico ou algo do tipo, mas parando pra pensar, já não sei mais o que quero fazer.  Há anos escuto meu pai dizendo que deseja que seu filho seja um médico de sucesso, desde que minha mãe morreu, ele se mostrou alguém que eu nunca imaginaria ser.
Seojun entrou na sala hoje super atrasado, quase perde o teste de hoje, fico imaginando o que será que ele anda fazendo para chegar todos os dias atrasados à escola. Sempre me vi imaginando entrar na mesma faculdade que Seojun e Seyon, mas desde que ele foi embora esse sonho ficou distante. Quando estávamos no ensino fundamental falávamos como seria nossa vida após a escola, de como viraríamos famosos, Seyon e Seojun tinham a voz linda e eu iria compor as músicas, nunca passou pela minha cabeça que tudo iria acabar tão de repente. Seyon era um garoto doce, sempre queria nosso bem, apesar de muitas das vezes não nos contar o que acontecia com ele.
Quando saímos uma vez, compramos três pulseiras numa lojinha na rua.

Quando saímos uma vez, compramos três pulseiras numa lojinha na rua

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Ela simbolizava nossa amizade e que nunca íamos nos separar...
Vou para casa de ônibus para olhar pela janela, e ver um pouco ao meu redor e pensar nas coisas com mais clareza. Seojun me disse que não ficaríamos mais juntos naquela noite do acampamento, será que ele já tem outra pessoa? Será que a Soojin está certa e ele está mesmo saindo com alguém? Não quero nem pensar nessa possibilidade, pensar que ele poderia estar com alguém e sendo feliz com ela e essa pessoa não ser eu, me dói, me machuca, me destrói de uma maneira inexplicável.
Quando chego em casa decido tomar um banho e ir ao Prince ler algumas histórias em quadrinho, faz tempo que não vou, não sei por qual motivo deixei de ir, sempre que me sentia triste em relação ao meu pai ou quando eu lembrava do Seyon, eu ia ao prince para ler e me sentir em um mundo totalmente diferente, leitores sabem a sensação que é quando você está lendo um livro e ele começa a te levar em outra dimensão criado pela nossa imaginação.
Quando cheguei encontrei a Jukyung lendo no sofá, resolvi chamá-la para conversar.
- Oi Jukyung, o que faz aqui numa sexta à noite?
- Minha mãe está irritada por causa das minhas notas, então sempre que resolvo sair fugir venho para cá.
- Soojin me chamou para um grupo de estudo que começará amanhã, por que você não vai e participa? Assim eu posso te ajudar.
- Uma ótima ideia Suho, obrigada!
Já estava fechando quando resolvo ir embora, estava chovendo muito e não passava de jeito algum, resolvo ir assim mesmo.  Acordei no dia seguinte doente, sem conseguir sair da cama, mandei mensagem para Soojin avisando que não poderia comparecer ao grupo de estudo.
Sempre que fiquei doente nunca precisei de alguém que cuidasse de mim, como minha mãe morreu quando eu ainda era um garoto e meu pai nunca esteve presente, desde pequeno tive que me virar sozinho e me cuidar. Deve ser por esse motivo que sempre que tinha alguém que tentasse me proteger como o seyon e o seojun, eu nunca permiti, pois eu já sabia que nem sempre eles estariam ali e que eu tinha que me defender por conta própria.
Toca a campainha, resolvo abrir e adivinha. Era o Seojun
- O que você veio fazer aqui?
- Soube que você estava doente e vim correndo pra sua casa.
- Não precisa, pode ir.
- Suho, eu quero te ajudar, por favor, me permita dessa vez.
- Ok! Pode entrar.
- Tem alguma panela que eu possa fazer uma sopa para você?
Estava eu deitado na minha cama e esperando ele fazer uma sopa para comermos, nunca passou pela minha cabeça que isso aconteceria, ver ele se preocupando comigo ainda me dar esperança de que um dia podemos ficar juntos. Comemos a sopa e deitamos um pouco na cama e conversamos, ele pegou minha cabeça e colocou em cima das suas pernas e disse:
- Durma, vou esperar você dormir para que eu possa ir embora.
Olhei nos olhos dele e disse:
- Obrigada por se preocupar comigo, isso me deixa melhor.

Uma paixão imprevistaWhere stories live. Discover now