Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2

CAPÍTULO LVI

— Ai!

— Isso é por você quase me infartar!

Gabriel, debochado como é, começou a rir, passando a mão no rosto.

— Pequena sereia não me bata, pois eu gosto de sexo violento às vezes... posso levar isso como um convite.

— Deixa de ser cretino! - eu o repreendi.

— Outra coisa... eu te avisei que eu era o maior mentiroso do mundo. Culpa sua, acreditar em mim.

— Gabriel é sério, tem noção de como você me fez chorar e ficar desesperada?

— Tenho.

— E isso não te incomoda?

— Ahnnnn... não! O que me deixa super tranquilo é ver a carinha de vocês dois agora.

Nina respirou fundo e se deu por vencida.

— A propósito, vim chamar o mocinho ali pra jantar fora, comemorar o seu aniversário. Já que você roubou ele de nós ontem.

— Eu não roubei ninguém!

— Eu fui de livre e espontânea vontade. E sendo honesto, eu não deixaria de estar com a minha princesa para ficar olhando a sua cara, Gabriel.

— Magoou - ele levou a mão no peito —, mas eu soube que você vai jantar fora hoje e vamos todos.

— Como é? - ele só poderia estar brincando.

— Meu querido olhos azuis, sua mãe, minha tia Carmem querida, me falou sobre o seu jantar, já que eu vim chamar vocês para comer na minha casa. Então, eu liguei para o restaurante em que eu soube que vocês iriam e reservei mesa para todos.

— Todos quem?

— Tia Carmem, você, pequena sereia, Tadeu, Cora, Bruna e eu.

Eu conheço o Gabriel e não iria adiantar bater boca com ele, só aceitei. No horário do jantar, fomos todos para a cidade vizinha, a meia hora de distância, o restaurante era de frente para o mar.

Nina não tava com uma cara boa e eu a conheço, imaginei ser por conta da Bruna. Mesmo sabendo que não tínhamos nada, ela não mudou a cara.

— Princesa, dança comigo?

— Claro.

Fomos para a pista e dançamos, depois dancei com minha mãe e com a Cora, não chamei a Bruna, pois o que menos queria era a Nina chateada comigo.

— A Bruna é neta da Cora, sabia, Nina? - disse Gabriel.

— Não.

Ele levou ela para a pista e foram dançar. Fiquei observando se aquele pervertido não tentaria nada com a minha pequena. Pouco depois, a Bruna saiu da mesa dizendo que iria ao toalete e o Gabriel sumiu.

Um pouco depois, Nina volta do toalete dizendo que viu o Gabriel beijando a Bruna na boca. Ela comenta baixo comigo por conta do Tadeu, mas não demorou os dois voltarem para a mesa e o Gabriel beijou o Tadeu.

Realmente, ele é muito safado, não sei como o Tadeu aguenta. Pouco depois, eles dizem que vão embora, mas a Nina pede para ficarmos, óbvio que eu ficaria com ela.

— Gabriel, você pode levar a mamãe?

— Claro, olhos azuis. Vamos tia, levo a Cora também e a Bruninha.

Eles foram embora e eu e minha princesa fomos passear à beira-mar. Andamos boa parte e depois sentamos num banco, eu com uma perna de cada lado e a puxei pra mim. Assim, ela ficou sentada entre minhas pernas, com a cabeça em meu peito e eu abraçado com ela pela cintura.