{Vampire Verse} O Vampiro De Notre Dame {Concluída}

🎨Cap 46🍷

Como planejado, naquela manhã eles partiram cedo para o combate. Apenas Azure tinha permanecido no castelo, assim, ele comandaria algumas das tropas que restaram para a proteção do castelo. Eles partiram, cada um em uma direção diferente. Todos foram divididos, menos Khaizer; ele teve que ficar com Macabre. No caso, eles ficaram no mesmo grupo de ataque. Nenhum dos dois ousava direcionar o olhar um para o outro, o ego de ambos dizia que o outro estava errado. Cruzar e Jasper estavam lá, e perceberam o clima estranho entre o casal.
-Hum... Algo aconteceu?
Jasper pergunta de modo inocente e, genuinamente, curioso. Macabre endireita sua postura, e começa a andar alguns passos a frente. Khaizer ri fraco e revira os olhos.
-Nada de mais, vamos nos resolver logo...-ele diz se abraçando- Eu espero.
Ele murmura.

No palácio, Silvia e Jéssica estavam no quarto. E bem, lady Jéssica estava bastante alterada.
-Por que não posso ir? Sem muito mais de lutas do que três deles juntos!
-Minha lady, eu...
-Qual seria o problema de eu lutar também?!
Ela se deita na cama.
-Eles precisavam de nós aqui!
-Por que aquele caçador não toma conta da criança?! Se ele não fosse cuidar, a deixava na floresta!
-Não fala assim...
-Eu não quero ser empregada!-Silvia a encara-Sem ofensa, mas... Eu queria lutar... Queria ser como...
-Como sua mãe, eu sei.
Silvia suspira, enquanto observava Jéssica delicadamente. A princesa realmente treinava desde cedo, não era melhor do que ninguém. Ela era única. Ela era uma boa guerreira, tinha um intelectuo invejável e ainda era bastante extrovertida. Ela era perfeita, ja que não sabiam sobre Silvia.
-Mas, vai ter sua chance uma hora...
-Não penso dessa forma.
-Seja positiva!-Silvia a levanta da cama-Enfim, vamos descer?
-Vamos...

No outro caminho. Suave, Fallacy, Encre e Dario estavam juntos. Encre conversava com o amigo, enquanto Suave e Fallacy estavam em silêncio.
-Por que nos dividimos?
-Quem chegar na base primeiro, pode iniciar o plano... E um de nós chegará lá primeiro.
-Como tem certeza?
-Um de nós vai cortar caminho, Macabre é mais impaciente então...
-Isso foi uma estratégia?
-Em parte, mas tenho medo de Macabre abandonar o grupo pela sua impaciência.
-Entendo...
-Não deve acontecer nada de mal,-Encre se pronuncia-Khaizer vai colocar juízo na cabeça dele!
-Não tenho certeza...
Dario diz incerto.
-Hum? Aconteceu algo?
Encre indaga confuso.
-Hum, nada de tão importante
-Hum... Não parece.
-Vamos apenas voltar para a caminhada.
Fallacy diz cortando o assunto.
-Certo...
Suave analisa a situação e percebe que algo estava acontecendo, e que não era algo bom.
A noite chegou, e eles tiveram que se abrigar por causa da chuva. Enquanto os que tinham o luxo de permanecer seguros no castelo, acabaran por receber a visita de Simon, seu aprendiz e um "desconhecido".
Azure atende a porta com mais dois guardas.
-Boa noite, Simon! Quanto tempo!
-Azure, meu amigo! Como vai?
-Muito bem, mas a que eu devo essa visita inesperada de vocês?
-Acho que, nosso paciente precisava de uma conversa com você... E eu também.
-Hum, certo... Entrem, vão ficar encharcados ai fora!
Azure diz acenando para eles entrarem, e em seguida para os guardas voltarem aos seus postos.
-Bem, qual das conversas é mais urgente?
Simon olha para o que estava de capa e capuz, o que não tinha sido identificado ainda.
-Posso ir primeiro, minha conversa é mais urgente e importante...
Ouve-se um grunhido vindo do desconhecido, Azure o encara mas logo Simon o puxa para uma sala.
-Vamos, temos que conversar...
Assim que as portas da sala se fecham, Simon se sneta em uma poltrona antiga.
-Azure, você deve conhecer bem sobre o céu e o inferno não?
-Sim...
-Demonios e anjos, alguns nascem sabendo o que são...-Simon observa Azure de cima a baixo-outros não.
-Aonde quer chegar?
-Azure, por acaso ja tentou dizer o nome de Satanás? Belzebu?
-Eu... Não.
-Tente.
-Por que o faria?
-Confia em mim?
Azure junta suas mãos e brinca com seus dedoes. Ele está nervoso, com medo de onde isso chegaria. Azure começa a tremer.
-S-Sa- Ah! Minhas costas...
-O que está sentindo?
-Uma queimação, e minha língua secou também...-Azure se encolhe e acaba ficando de joelhos no chão-O que é isso, Simon?
Simon ajuda Azure a se levantar e depois suspira, tentando encontrar as palavras certas.
-Bem... Não quero enrolar muito, então, se me permite serei direto; Você é um anjo.
Azure fica estático. Ele está tentando absorver a informação, e procura evidências disso em sua vida. Ele sempre ajudou os necessitados. Parecia nunca conseguir matar de verdade seu oponente, a não ser que este seja uma verdadeira ameaça ou verdadeiramente mal.
-E-Eu... Eu não sei o que...
-Não se preocupe, é melhor do que você ser um demônio e não ter noção disso!
Simon ri e Azure faz o mesmo, só que sem muito ânimo.
-Eu tenho poderes ou...
-Bem, eu não conheço muito da sua espécie ja que não são tão perigosos. Mas vou procurar saber, está bem?
-Sim, sem pressa está bem?
-Irei no meu tempo, mas enfim... Antes de você conversar com meu paciente, peço uma coisa apenas.
-Diga.
-Não o toque, pelo menos por um tempo...
-Certo...?
Azure diz meio confuso, mas confiava em Simon por isso sabia que não era nada demais.
Simon saiu da sala, e alguns segundos depois o paciente entra.
-Hum... Se não for muito incomodo, poderia tirar o capuz?
O paciente naquele momento tira o capuz, e a capa que o cobriam. Era Rufous, para a surpresa de poucos de vocês. Azure sorri aliviado por ser o ferreiro.
-Oi Azure...
-Rufous!-ele abre os braços para um abraço, mas logo os fecha-Oh! Simon pediu pra eu não te tocar... Algo errado?
Perguntou preocupado. Rufous sem muito para onde fugir, decidiu responder Azure.
-Azure, Simon te contou o que você é certo?
-Sim...
-E é minha vez de eu contar o que sou...-ele se aproxima do guarda que cora um pouco-Eu... Eu sou um demônio.
Azure o encara e da uma risada.
-Nossa, tudo hoje está bastante religioso não?
-Azure, estou falando sério.
-Eu sei, é só que... Eu só estou tentando me manter positivo, é melhor do que ru chorar aqui pensando em coisas absurdas...-lagrimas finas escorrem por sua bochecha-Mas afianal qual o real problema?
-Caso eu tenha relações com você, como um beijo, meu selo vai ser desfeito...
Rufous seca as lágrimas do menor que segura uma das mãos do ferreiro para continuar em sua bochecha.
-Então, não podemos mais ficar juntos? Não pode mais me abraçar nem...
-Vou ser mais claro, nao podemos ter nada romântico fisicamente...-ele solta sua mão e passa o dedão nos lábios de Azure-Não vou te beijar, de nenhum maneira. Abraços, acho que são possíveis...
Azure está muito corado com o toque do ferreiro, que recua a mão. Rufous suspira.
-Então, você pode me abraçar?
Rufous concede o desejo do pequeno e o abraça. Azure não chora tanto quanto o que Rufous esperava. Azure estava triste apenas por não poder mais beijar Rufous, ou coisas a mais do que um abraços.
-Tudo vai ficar bem, não se preocupe...
-Sentirei falta de como era antes.
Azure diz saind do abraço. Rufous levanta o queixo do menor, que antes olhava para o chão, para olhar para o ferreiro.
-Simon e eu, estamos procurando uma forma para voltarmos ao normal, certo?
-Certo, caso precisem de minha ajuda...
-Te chamaremos para os testes.
Rufous acaricia a bochecha de Azure, que sorri docemente para ele.
-Promete que vamos continuar juntos?
-Sim, claro que sim!-Rufous junta suas testas-Meus superiores não sabem, mas os seus... Já não tenho certeza.
-Se souberem, eu dou um jeito!
Ele sorri determinado.
-Espero que sim, anjinho~
Seus olhares se encontram, e vão se aproximando aos poucos. Até aue Azure percebe o que pode acontecer e tapa sua boca.
-Nós... Não podemos.
Rufous grunhe enraovecido, mas se separa do guarda que o encara tristonho.
-Eu sei...
-Bem, não querem passar a noite? Acho que Fallacy não se importaria...
-Quem disse que ele tem que saber?-ele observa o guarda que fica bravo de uma maneira bem fofa-Hahahaha! Esqueça, mas sim. Aceito o convite.
-Vou pedir para que as empregadas arrumem os quartos!-ele diz animado indo até a porta-Avisarei para Simon, e nos vemos no jantar!
Ele acena e sai do cômado. Rufous passa a mão em seus lábios e olha para o lado corando.
-Mas que droga...