7. Pesadelo

205 29 229
                                    

NIX:

  Observei ele sentado na cama, ainda debilitado e desacordado, diversos cobertores estavam cobrindo ele neste momento, seu rosto estava pálido e os lábios antes que estavam azulados, estavam voltando a cor normal, suas roupa foram subistituido por uma mais quente, seus cabelos ainda estavam úmidos. O médico estava terminando de examinar ele, acompanhava cada movimento dele com o olhar, meu corpo ainda estava frio e minha roupas molhadas, mesmo com os avisos de Clara não me levantei da cadeira pra ir me trocar, ignorei qualquer aviso dela. As memórias de horas antes passaram em minha mente.

Flashback on.

Droga! Quando vi o corpo dele cair na água, foi como se meu coração tivesse afundado no peito em desespero corri até lá.  Se eu não fosse ágil ele iria morrer de hipotermia, eu o sentia e o ouvia, ele não conseguiria subir e irei era evidente pra mim. Por isso mergulhei na água gelada, que me recebeu numa abraço frio que não me era desconhecido. Senti a água como uma extensão de meu próprio corpo, minhas audição melhorada me permitia ouvir os seus batimentos cardíacos. Com algumas pernadas fortes eu estendi minha mão até achar a dele e a agarrar o puxando contra mim. Segurando seu corpo nadei pra cima, emergindo inspirei o ar engolindo ele por desespero, ainda segurando Razriel o puxei pra fora, seu corpo frio, seus batimentos cardíacos fracos, sue pulmões cheios de água, a coloração pálida e os lábios azulados. O joguei de volta pra o gelo e dia de dentro da água, me pondo de joelhos ao seu lado rapidamente, usei meu calor corporal e os concentrei em minhas mãos, as colocando juntas sobre seu peito e fiz a massagem cardíaca, a cada compressão enviava uma onda de calor pelo seu corpo. Eu tremia de frio, mas eu precisa continuar, o desespero me forçava a continuar, a culpa que afligia minha mente, merda Nix! Merda! Como eu pude ser tão estúpida!?  Claro que ele iria sentir! Que porra de babaquice eu fiz!?

- Vamos az! Reage!- falei pressionando seu peito com força ele tossiu- isso garoto- falei o virando de lado e ele vomitou dia a água pra fora, um alívio inundou meu peito ao vei ele respirar novamente, ainda tossindo a água pra fora- isso, vai ficar tudo bem.

Flashback off.

- ele vai ficar bem- o médico falou vindo até mim, com sua maleta na mão- Quase que ele morreu por hipotermia e afogado, como já sabe- ele falou meio sem jeito, eu nem olhava pra ele e sim pra o Az deitado na cama.-  quando acordar vai precisar que ele tome aqueles remédios, mantenha ele bem aquecido, quando a costela quebrada, ela vai se curar e o joelho dele foi só um mal jeito.- ele falou e eu prestava atenção em cada palavra, porém por não olhar nem responder a ele, talvez tenha presumido que eu o ignorava- bom, já vou saindo senhorita, uma boa noite pra senhora- ele falou saindo do quarto.

   Deixei o silêncio reinar no quarto e tudo o que escutava era os passos do médico pela casa e as vozes da Clara ao acompanhar o doutor até a saída. Esperei, até ouvir a porta da frente se fechar e Clara voltar a se locomover pela casa. Me levantei andado até o Az, observei seu rosto pacífico em quanto ele dormia calmamente na Cama, me sentei aí seu lado e não consegui resistir aos meus extintos e toquei no seu rosto, sua pele estava morna, deslizei minha mão pela lateral do seu rosto e toquei nos seus cabelos negros, macios e sedosos. Uma frustração tomou conta de mim, não deveria  ter deixado ele sozinho, não, eu nem deveria ter dito aquilo com ele, Az é sentimental, mesmo com meu treinamento severo eu vi que ele ficou um pouco mais firme, mas nunca perdeu a sua inocência e gentileza, ele ganhou mais confiança, mas precisava de mais do que confiança, ele precisava de mais força, mais agilidade, mais velocidade e mais resistência.

   Sei quais treinamentos tinha que aplicar pra isso, tenho uma certa apreensão que ele Talvez não sobreviva aos treinamentos, mas eu acho que o caso é que a gentileza dele está começando a me afetar, pós não consigo fazer ou sujeitar ele a esse tipo de treinamentos pelo risco . Droga, estou ficando fraca? Que porra, estou amolecendo agora? O que droga você está fazendo comigo Az? Revirei os olhos irritada comigo mesmo, ao me apegar por um mísero humano que provavelmente daqui a algum tempo irá partir sem nem olhar pra trás. Posso viver uma eternidade, mas ele me faz sentir como se fosse mortal,a aflição que domina minha mente toda vez que penso na ideia dele ir embora, ativa minha ansiedade e minha mente é dominada por uma turbulência que faz meus pensamentos ficarem totalmente desorganizados, minha vida era muito mais simples antes dele, a eternidade nessa terra seria muito mais pacífica se nossos caminhos não tivessem se cruzado.

OriginaisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora