27- Rewrite the Stars

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Antes do capítulo anterior...

P.O.V Lana

Ridículo, era a palavra que definia meu estado agora. Eu estava literalmente embaixo das cobertas da minha cama, comendo um pote de sorvete e vendo Friends tentando me animar. O porquê desse meu estado? Bem, a razão é também o porquê de eu não assistir filmes de romances clichês-adolescentes. Eu sou iludida. Em muitos filmes de romance, os obstáculos são diferentes e não tão complicados com o da vida real, e bem, eu acreditava que era assim, mais fácil. Porém, a sociedade vem e pisa na sua cabeça e você percebe que não é tão fácil quanto parecia.

Eu e Ally nunca fomos apenas amigas, sempre teve uma coisa diferente entre nós. E eu só fui descobrir o que era na nossa viagem para o Canadá, lerda, eu sei, mas não ouse me comparar com o Harry Testa-Rachada Potter. Foi nessa viagem que nos beijamos/eu a beijei na roda gigante. EU SEI TÁ! Igual aos filmes de romance clichê, eu não tinha me tocado ainda. Mas aí o balde de água fria, pra eu acordar da vida, veio e de uma forma nem um pouco boa. Ally começou um discurso, que depois daquele dia eu ouviria muito, basicamente falando sobre o que impediria nós duas de ficar juntas e que a sociedade não perdoaria vendo duas mulheres juntas. Sinceramente, um discurso a la Remus Lupin, se preocupando demais com o que vão falar, às vezes eu queria que em alguns aspectos ela puxasse a mãe. E eu, como uma seguidora fiel do meu lema de vida, que é: "Caguei", não liguei pra uma palavra sequer e continuei insistindo, eu não ligava para o que as pessoas iam falar ou o que íamos ter que aguentar, eu faria de tudo para ficarmos juntas e continuaria fazendo se ficássemos juntas. Nós duas decidimos fingir que nada aconteceu, mas, mesmo ninguém vendo, eu não desistia. Até ela começar a se distanciar... e cá estou.

-Vai continuar aí? - disse minha mãe, eu nem tinha visto quando ela tinha entrado no meu quarto.

-Uhm?

-Vai continuar se afogando no próprio sofrimento - Minha mãe, tão delicada quanto um coice de cavalo, senhoras e senhores.

-Mãe...

- Anda Lana, levanta dessa cama!

-Que? - eu disse, sem entender.

- Você vai levantar dessa cama e ir falar com a Ally

- Mas mãe, ela não quer nem olhar na minha cara!

- Claro que quer, é a Ally - disse ela me puxando e tirando o pote de sorvete da minha mão. - Agora você vai levantar essa bunda daí, se arrumar, porque seu estado tá crítico - Nossa, obrigada mãe!, penso - e vai lá falar pra ela tudo que você sente, de novo. - completa, com uma careta.

- Sua mãe tá certa! - Fala meu pai. Eles tão brotando do chão, não é possível! - Quando tu ficar velha e corcunda, vai se arrepender de não ter insistido... mais um pouco. - completa, sorrindo carinhoso.

- O gene Lupin pode ser difícil - Correção, impossível.

- É, mas o gene Black é mais insistente. Olha pra Tonks, ela conseguiu não é. - diz meu pai dando um bom argumento.

- Agora, anda, e se troca logo!

- Você tem uma Lupin pra conquistar!

- É! - grito, animada e inspirada ao mesmo tempo. Já vou pegando minha jaqueta de couro, mas minha mãe me interrompe.

- Lana - disse, indicando com a cabeça que eu ainda estava de pijama.

- Ah é - falo rindo levemente - Amo vocês!

- Também te amamos - dizem em uníssono, saindo juntos pela porta.

- Ok, respira - Falo em voz alta, enquanto ando até a casa da Ally, que era a um quarteirão da minha. Eu estava mais nervosa do que eu já estive em toda a minha existência. Eu nunca fui assim. Respiro fundo, novamente, e bato na porta de sua casa.

Internet - Harry Potter (EM REVISÃO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt