4. Hogwarts

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Desci do grande palco e fui em direção a Ronald.
- Obrigada por aceitar fazer parte desse meu plano maluco, Ronald.- eu disse calmamente
- Não se preocupe, princesa, eu faria de tudo pela vossa senhoria!- o ruivo disse desajeitado, era nítido que o vocabulário da alta corte não lhe servia.
Os garotos me olhavam nervosos.
- Não precisam mais me chamar de princesa ou coisas do tipo, logo seremos apenas colegas de classe em Hogwarts, me tratem apenas como Ophelia e nada mais.
- Com licença prin... DIGO... Ophelia, por quê decidiu ir para Hogwarts?- perguntou Harry
- É tediosa a vida na realeza, muitos protocolos e pouca diversão... em Hogwarts eu serei mais livre.
- Não tem medo de... "você sabe quem"?- perguntou Neville hesitante.
- Por que eu teria? Harry Potter está aqui, não está? Se tem alguém capaz de derrotar Voldemort esse alguém é ele.
Potter me olhou nervosamente, sua mente estava um turbilhão, ter visto Cedric morrer não deve ter sido a coisa mais fácil do mundo.
- Potter, saiba que eu acredito em você.- eu falei antes de me retirar
_POV RONALD_
- Ela é tão calma, não é? Parece sempre ter o que falar...- eu disse
- O mais importante é que ela acredita em mim, provavelmente com o apoio da alta corte o ministro me ouça e tome as medidas necessárias.
Olhei para o meu amigo em sinal de concordância e voltei meu olhar para Ophelia, ela era tão delicada, eu não sei, parecia que ela sempre calculava as coisas antes de falá-las e as ações antes de fazê-las.

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Na plataforma os murmúrios corriam soltos, a família real já estava lá e isso atraia o olhar dos curiosos.
- Não acredito que a família Hangford em pessoa está aqui!- minha mãe disse animada.
- É como a realização de um sonho ver eles assim tão de perto!- Gina completou igualmente entusiasmada.
- Não se exaltem, a família Hangford não é isso tudo.- meu pai disse.
Concordei com ele silenciosamente, afinal, deveria haver um motivo para que a princesa quisesse fugir da própria família e ir para uma escola, onde morre pelo menos uma pessoa por ano.
- Psiu, Roniquinho.- Fred me chamou de canto.
- Já disse para não...
- Okay okay, você foi o selecionado pela princesa, certo?- Jorge disse.
- Fui... E?
Os gêmeos se olharam e em seguida Fred disse:
- Então terá que se casar com ela, não é?
Isso não tinha se passado pela minha cabeça, eu havia sido escolhido e Ophelia anunciou isso para todos, então, eu me casaria com ela? Assim sem nem mesmo conhecê-la? E se nós nos odiarmos? Eu não quero me casar com alguém que eu não conheço e nem tenho sentimentos para com a pessoa!
- Bom dia, o tíquete das crianças por favor!- o bilheteiro disse estendendo as mãos.
Meus país entregaram os bilhetes e a gente subiu no trem, meus irmãos não paravam de falar e na minha mente a ideia do casamento se fazia presente.
- E como foi lá Harry?- ouvi a voz de Hermione quando entrei no vagão.
- O ministro não acreditou em mim! Disse a ele que tinha o apoio da princesa Ophelia e mesmo assim ele se recusou a acreditar em mim.
- Princesa Ophelia... ela vem para Hogwarts esse ano, certo? Eu li no profeta diário que ela é extremamente mimada e reclamona, teremos sorte se ela não virar nossa amiga.
- Ela não é mimada e reclamona, Hermione.- eu disse.
Mione me olhou furiosa antes de começar a falar:
- Fiquei sabendo que você foi o selecionado por ela, Ronald.
- É... fui.
- Não está preocupado?
Antes que eu pudesse responder, alguém bateu na porta da cabine e a abriu vagarosamente.
- Todas as cabines estão lotadas, posso me sentar com vocês?- a voz de Ophelia soou trêmula.
Nós três viramos a cabeça em sua direção, Ophelia estava diferente desde o baile, dessa vez ela tinha uma postura mais acanhada e desconfiada.
- C-claro.- Harry disse.
Ophelia deu um sorriso tímido antes de sentar ao lado do meu amigo.
- Ansiosa para o seu primeiro dia de aula, princesa?- Hermione disse pronunciando fortemente a palavra "princesa".
- Sim, senhorita...
- Pode me chamar de Hermione.
- Ah claro, hm, pode me chamar de Ophelia. Títulos reais são bobagem fora de um almoço oficial com o ministro.
Hermione encolheu os ombros e voltou sua cabeça para o livro.
- Ronald...
- Pode me chamar de Rony.
- Okay, Rony, deve estar preocupado com a ideia de ter de se casar comigo...
Assenti.
- Não precisamos nos casar, isso de casamento arranjado é bobagem e antiquado, não se preocupe com isso! Eu nunca obrigaria ninguém a casar comigo.
Alívio. Esse era o nome da palavra que eu tanto almejava e finalmente tinha conseguido.
- Você vai ter cerimônia de seleção ou você já foi selecionada?- Harry perguntou.
- Já fui selecionada, meu pai exigiu que tudo fosse feito no maior sigilo possível...- Ophelia disse a última parte com desdém. 
- E em que casa você caiu?- perguntou Hermione um pouco mais relaxada do que antes.
- Gryffindor.
Nós três nos olhamos incrédulos e então eu voltei minha cabeça para Ophelia.
- Tem certeza?
- Sim, por?
- Achei que pessoas de alta classe e sangue puros fossem parar na Slytherin, para não se misturarem com os "sangues ruins".- falou Hermione.
- Bobagem, esses nomes são apenas nomes, não? No final do dia todos nós somos bruxos, sejam mestiços, nascidos trouxas, ou sangue puros.- disse Ophelia de forma simples.
Hermione concordou silenciosamente e voltou o olhar para janela.
Era isso, a partir daquele ano estudaríamos com um membro da realeza, que por incrível que pareça não é sangue purista e arrogante.

PRETENDENTE- Ronald Weasley Where stories live. Discover now