Lílian Brown e Ronald Weasley eram melhores amigos desde o início de seus anos escolares em Hogwarts. Ao terceiro ano, a menina se apaixona completamente pelo amigo e decide enviar cartas anonimamente, com declarações e poemas para o mesmo. O grande...
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Todos que estavam na cozinha encararam o ruivo irritado que se levantou pouco depois de sua fala.
— Não acredito que trouxe esse mauricinho pra dentro da minha casa!
— Ronald! — Molly chamou a atenção do filho, que apenas deu de ombros.
— Eu insisti para vir com ela. — Draco disse calmo e Lily o agradeceu internamente.
— Pior ainda. — Falou Rony, bufando.
— Você veio para ficar, querida? — Molly mudou o assunto, ignorando o filho.
A garota negou com a cabeça, chateada com a reação do ruivo.
— Eu vim para buscar minhas coisas, senhora Weasley. — A menina deu um sorriso amarelo.
Ouvir aquilo foi como um balde de água fria que acordou Rony de um sono profundo. O garoto franziu as sobrancelhas, confuso e um pouco chocado. Lily não conseguiu ver a reação do garoto, já que não se deu o trabalho de encara-lo novamente.
— O quê? — A mulher mais velha perguntou abismada. — Por que?
Lily não diria o real motivo, obviamente, apesar de que as palavras e desabafos estavam presos em sua garganta e prontas para sair. Mesmo com dias para se preparar, a garota não estava com uma desculpa pronta e não sabia o que dizer.
— Ela está namorando esse idiota, mãe. — Rony se intrometeu na conversa, queimando de raiva. — Eles estão juntos desde o período das aulas. Um imbecil e uma ingrata. — O menino cuspiu as palavras, deixando a menina frustrada e triste.
Mais uma vez Ronald Weasley estava pisando em seu coração.
Brown abriu a boca para rebater e dizer que não era verdade, mas o garoto havia conseguido deixar Draco irritado com as palavras proferidas. Não pelas ofensas à si, mas à Lily. Ele sabia que aquela família tinha ajudado muito a amiga durante os últimos anos e que ela "devia" muito à eles, mas ir embora não era sinônimo de ingratidão.
Draco entendia que a menina queria ir embora e parar de depender de todos há muito tempo, mas nunca teve uma oportunidade. Sabia que a menina amava cada um deles mas que sentia falta da sua própria família e de um ambiente mais quieto, além de se sentir como um peso para os Weasley. Os acontecimentos com Rony foram apenas as gotas que faltaram para preencher o copo pequeno para sua mudança.
— Sim. Nós estamos juntos há algum tempo e ela vai morar na mansão da minha família, não é, amor? — Malfoy disse e colocou a mão direita na cintura da amiga.
O braço do garoto teria caído de seu corpo se o olhar de Rony cortasse.
Lily não sabia o que responder. Piscou os olhos rápido e assentiu com a cabeça. — Sim. — Ela limpou a garganta.
— Ah! — Molly pareceu entender. — Que legal, querida! Fico feliz em saber disso. — Ela sorriu docemente. — Mas é realmente necessário que você se mude?
