❥ MY FUCKING FAME || Sprousehart

𝐂𝐚𝐩 𝟐𝟑 ➻ 𝐍𝐚𝐨 𝐟𝐨𝐢 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐥𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐥𝐢𝐠𝐮𝐞𝐢

||Pov Lili||

— Lili... acorde, querida. — Ouvi uma voz familiar dizer.

— O que? — Falei, ainda sonolenta.

— É o seu primeiro dia, você tem que se arrumar.

Finalmente abri os olhos por completo e vi meu pai, sentado em minha cama. Minha mãe estava em pé, com uma das mãos em seu ombro.

Dei um sorrisinho e pulei para abraçá-lo.

— Vamos, meu amor, você não pode se atrasar. — Minha mãe falou.

Levantei rapidamente e coloquei minha roupa o mais rápido que consegui. Meu pai me observava com um sorrisinho.

— Minha menina está crescendo. — Ele falou, com lágrimas nos olhos.

— Ah, papai... é só o quinto ano. — Dei um sorrisinho e o abracei.

De repente, escutamos um estrondo na porta de casa. Minha mãe arregalou os olhos de imediato.

— O que foi isso? — Perguntei para o meu pai, já tremendo.

— Eu não sei... — Ele falou, fazendo um carinho em meu rosto. — O papai vai olhar, fique aqui com a mamãe. — Ele saiu do quarto, me deixando um beijo na testa.

Abracei minha mãe, morrendo de medo. Escutamos vozes, parecia ser uma discussão aos berros, até ouvirmos algo ser quebrado.

— Pai? — Saí correndo dos braços da minha mãe e fui para fora do quarto antes que ela pudesse impedir.

— Por favor, estão me confundindo com outra pessoa. — Meu pai estava ajoelhado e um dos dois caras apontava a arma para sua cabeça. Meu corpo se paralisou ali mesmo assim que o gatilho foi acionado.

Acordei junto a um grito. Meu coração estava acelerado. Fazia um tempo que eu não tinha pesadelos com a morte do meu pai. Sempre era horrível.

Senti lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto e eu afundei meu rosto no travesseiro. Senti meu coração se apertar cada vez mais.

Fiquei um bom tempo tentando pegar no sono, mas não conseguia, nada adiantava.

Meus pensamentos voaram para a única pessoa com quem me sentia realmente segura, Cole. Me levantei para escovar os dentes e ver se o afastava da minha mente.

Não adiantou. Já estava bem tarde... eram três da manhã. Mesmo assim peguei meu celular e resolvi ligar em FaceTime pra ele.

— "Lil?" — Ele falou meio sonolento, estava deitado na cama. — "Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem com você?" — Ele se esticou para acender o abajur.

— Me desculpa por te acordar... — Falei, sem graça.

— "Tudo bem... querendo ou não, você tem esse crédito. Eu te arrastei pra fora da sua casa às quatro da manhã." — Ele deu uma risadinha sonolenta.

Fiquei admirando seu rosto por um momento.

— Eu só... não consigo dormir. Precisava de alguém para conversar. — Falei.