Capítulo 6 - Decisão importante

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Narrador

Adora tratou de pegar um cobertor para cobrir sua esposa, que estava disposta encolhida na mesma posição. Sentia-se estranha por pensar no divórcio e como tudo aconteceu, parecia não ter mais jeito, ou pelo menos, toda tristeza em sua cabeça fazia ter esses pensamentos.

A loira sentou ao lado de Catra, olhando por um tempo. Por um momento pensou em fazer carinho nos cabelos da morena, mas sentiu medo, e não queria acabar acordando a mesma. Catra começou a se mexer na cama, dando indícios que iria acordar, e em seguida, assim o fez.

- Adora?- Perguntou ainda sonolenta

- Desculpa, não quis te acordar- a loira respondeu levantando da cama mas foi interrompida ao sentir a mão de Catra segurando de leve seu pulso.

-Eu fiquei preocupada. Não te achei em casa e não achei que fosse voltar tão tarde. Acabei vindo pra cá e não percebi que caí no sono.  - Dizia catra enquanto se sentava de pernas entrelaçadas, posição que costumava se sentar.

-Eu saí para pensar, bebi um pouco mas acabei de chegar. - a mais alta respondeu.

-Tá bem, pelo menos você chegou bem em casa.- Suspirou e catra começou a levantar da cama-  As minhas malas estão prontas, vou para o outro...- Adora a interrompeu.

-Cat, não precisa. E-eu decidi que eu que vou embora. -  o tom da loira, era visivelmente triste e arrependido, mas sabia que era o melhor.

- Mas, Adora, eu já tinha..- a morena tentou falar sem sucesso novamente.

- Eu sei, mas também sei que você gosta daqui, do jardim, da cafeteria. Se não fosse por mim, e a minha falta de atenção, não estaríamos assim. E antes que fique pior, e eu não quero que isso termine tão mal ao ponto de esquecermos porque nos casamos, prefiro que, pelo menos por um tempo, eu vá para outro lugar.- Adora fez o maior esforço, mesmo ainda sobre efeito do álcool, para não chorar.

Catra, que não gostava de demonstrar fraqueza, por orgulho mesmo, apenas deixou que algumas lágrimas caíssem e molhassem o lençol, permanecendo ainda em silêncio.
As emoções que se faziam presente eram fortes demais para qualquer um ali, até mesmo para ela.

- Me promete uma coisa, Adora? - a Morena suspirou pesadamente como se fosse a pergunta mais difícil da vida

- O que ?

-Por favor, não esquece de se cuidar. Me promete que você vai tirar pelo menos férias e que vai fazer terapia. - Catra disse quase em tom de despedida.

o clima ficava cada vez mais pesado e triste.
nenhuma das duas jamais imaginou que aquele casal, que se conheceu no começo da faculdade e entre amigos em comum, se tornaria esse furacão de brigas e desentendimentos.

- Sim, eu prometo. - Adora queria falar mais um coisa e Catra, conhecendo muito bem   tratou de perguntar.

-O que foi? quer falar mais alguma coisa ?- Perguntava com semblante abatido e olhos vermelhos de choro.

Adora estava com medo de perguntar e receber a resposta que tanto temia, mas se recebesse, pelo menos significava que tentou.

-Podemos não oficializar o divórcio, pelo menos, por enquanto?- Perguntou ainda receosa - Eu sei que parece tudo errado e que não tem mais jeito, mas será que podemos dar só um tempo? E se, realmente, for isso que precisamos e que não temos mais nada conservado, podemos falar com a advogada e damos entrada na papelada. - A loira explicou o seu ponto e para surpresa, catra concordou.

- Claro- disse porque jamais desejou que se separassem. Talvez, esse tempo ajudasse em algo.

Ambas sabiam que eram incapazes de se odiar, as brigas faziam mal pela decepção, e não,  por sentirem ódio ou sentimentos próximos desse.

Alguns minutos depois, assim que Catra pegou no sono, Adora se despediu de longe, pegou algumas roupas e, sem que Catra pudesse ver, deixou a chave de casa em cima da mesa, junto de um bilhete.


" Eu não espero que o tempo, magicamente, conserte nosso relacionamento. Precisamos
de erros e acertos durante a jornada que passamos juntas, para que possamos desenvolver maturidade e que dê certo. Mas eu sei também que ele mede o limite que suportamos esperar até toda a manutenção se completar.

Espero que não ultrapassemos esse limite e que tudo possa melhorar futuramente

E,por favor, não se esqueça jamais que eu te amo.
 
                                                           Com amor, Adora"    

Último barulho escutado foi da porta sendo fechada por Adora, sendo essa, se sentindo perdida e não fazia ideia para onde iria naquela madrugada.

Foi para o seu carro e passou longos 10 minutos chorando, aos gritos, berros e dizendo quão idiota estava se sentindo por arruinar tudo. Como não pode perceber que estava tudo tão ruim ? Ela não sabia responder.

Há 8 anos estando com uma pessoa e agora tudo estava fora do lugar. Passaram por namoro, noivado, casamento e agora um possível oficial divórcio. Adora não fazia ideia de como lidar com isso, já que passou maior parte da vida se dedicando a não decepcionar as pessoas e reprimir as próprias frustrações.

A loira não sabia lidar com a própria decepção. Catra tinha razão, precisava de terapia e férias, mas nunca tinha percebido isso. O casamento precisou acabar para perceber que o mundo não era apenas o trabalho.

Agora ambas estavam sofrendo com o ocorrido e não sabiam se voltariam.








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oii, gostaram da att surpresa ??

Eu não revisei

gostaria de dizer que elas tem uns 28 anos, tá?

Se conheceram aos 18 mas só começaram a namorar aos 20.
Vou fazer um capítulo só para contar essa história.

se alguém tiver alguma dúvida sobre como a  Catra faz mestrado com pouca idade, na vdd tudo bate.

dos 18 aos 23 anos - veterinária ( 5 anos)
dos 23 aos 25 ela quis ganhar experiência e tentou fazer uma especialização (2 anos)
Aos 25 ela resolveu fazer o mestrado ( dura entre 2 e 3 anos)


enfim, espero que tenham gostado

att a próxima

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Its gone- CatradoraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora