– Desgraça! Tu acabou de filmar o satanás! Tu ainda acha que tem algo de estranho?! Mas é claro que tem!

O que importa é que para os dois foi divertido, Bakugou jamais esperou gostar de companhia para ver um filme. Ele só deu a idéia do cinema porque é o que normalmente todo mundo faz.
E dessa vez ele não estava nem um pouco arrependido.

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O quinto encontro foi uma surpresa, para os dois. Depois do cinema, se passaram alguns dias em que eles estavam ocupados e não conseguiram marcar de se encontrar. Os dias se transformaram em semanas, as semanas em meses, eles apenas se falavam pelo celular, ganhando intimidade, se conhecendo e aprendendo sobre o outro cada vez mais e até chegaram a assitir um filme por vídeo-chamada, mas já fazia um tempo que não se viam pessoalmente. Foi pura coincidência Bakugou ter escolhido aquele restaurante pra almoçar.

– Ah, bom dia Bakugou! – Ela o recebeu com o sorriso animado que ela sempre usava ao encontrá-lo, e durante meio milésimo de segundo a mente de Bakugou se distraiu pensando se ela sorria daquele jeito pra todos o clientes, mas ele chutou esse pensamento idiota pra longe, resolvendo focar sua atenção em como ela parecia cansada.

– Sem conversinha [S/S]! – A voz grave e antipática do gerente soou pelo ambiente, fazendo a citada suspirar. O sorriso tinha desaparecido.

– O que vai querer, senhor? – Ela tomou a posição profissional, Bakugou estalou a língua irritado.

– Qual é a desse cuzão? Você só me deu bom dia, não tava de conversinha!

– Bakugou, por favor, só peça... – A súplica dela o fez deixar o assunto de lado e assim que Bakugou escolheu seu prato ela rapidamente foi até o balcão e de lá adentrou uma porta que provavelmente daria pra cozinha.

Minutos depois ela voltou com o pedido e saiu dali rapidamente. O movimento no restaurante estava bem calmo, além de Bakugou apenas outras quatro mesas estavam ocupadas e havia três garçonetes além de [S/N].

Quando Bakugou terminou de comer e estava indo até o balcão fazer o pagamento, o barulho ensurdecedor de metal batendo vindo da cozinha lhe chamou a atenção.

E em seguida um berro com a mesma voz antipática que ele ouvira mais cedo:

– ESTÁ DEMITIDA! – Junto da dele, foram ouvidas outras vozes que aparentemente protestavam, mas que sumiram logo em seguida.

Bakugou não tinha mais nenhum compromisso por hoje então resolveu esperá-la.

Alguns minutos depois ela passou pela porta, já com roupas casuais e uma bolsa nas costas.

– Que merda foi essa?! – Foi a primeira coisa que deixou a boca de Bakugou ao notar a marca no braço direito da garota.

– Eu acabei me queimando. – Ao ver o olhar no rosto de Bakugou ela tratou de explicar rapidamente. – Foi um acidente, ok? E foi de leve, tá tudo bem! Eu já até molhei, não precisa se preocupar!

– Deixa de ser idiota. Vem, a gente vai pro hospital. – Ele retrucou se dirigindo a saída do restaurante com a garota em seu encalço que até tentou protestar, mas foi cortada pelo mesmo. – A gente vai sim pra porra do hospital então cale a boca e suba na bicicleta.

Sem nenhuma moral pra discutir, ela apenas assentiu e acatou a ordem, assim partindo para o hospital mais próximo.

Depois de sair do hospital com o braço já enfaixado, o casal agora saía de uma farmácia onde tinham parado para comprar um remédio próprio para esse tipo de ferimento.

A garota que normalmente era falante e animada, estava quieta e Bakugou não gostava disso. Eles agora estavam ao lado de uma barraca de comida de rua, saboreando o lanche que haviam comprado. Bakugou a observava atento, ela comia devagar, sem prestar atenção ao que estava acontecendo agora, e ele sabia exatamente o que a preocupava.

– Não é o fim do mundo. – Ele se manifestou, despertando [S/N] de seus pensamentos.

– O que disse?

– Disse que não é o fim do mundo. Pelo o que você me contou a culpa foi toda dele que esbarrou em ti e você ainda se machucou por causa disso! Ele é um cuzão! Certeza que você vai encontrar outro trabalho com um chefe bem melhor. – Bakugou que agora havia terminado de comer, olhava diretamente para ela.

Ela sorriu pequeno, sua confiança e animação voltando aos poucos graças as palavras de incentivo dele e o agradeceu. Um silêncio confortável se formou entre eles.

– Ainda tá muito cedo. – Ela comentou enquanto se sentava na garupa e Bakugou á sua frente.

– Vamos andar por aí, quem sabe a gente encontra o seu próximo emprego.

Algumas horas se passaram, aquilo não só foi uma caça á emprego como também um passeio inesperado e divertido, com direito a provocações e diversas perseguições, além de [S/N] roubando a bicicleta algumas vezes.

Foi zanzando pela cidade que eles acabaram encontrando um floricultura, com uma senhora muito simpática como gerente, que após um tempinho de conversa com a moça decidiu que a contrataria e que ela poderia começar amanhã. Aquele foi o sorriso mais animado que ela deu naquele dia.

Depois de se despedir da senhora e perceberem que já eram seis da noite, o cansaço pareceu lhes amassar com uma marreta. Ao montar novamente a bicicleta, um resmungo da parte dela foi dado e Bakugou se virou pra olhá-la.

– Que foi?

– Estou cansada. – Ela respondeu apoiando o rosto nas costas de Bakugou. – Quero ir pra casa.

Bakugou então começou a pedalar seguindo tal rota.

Borboletas - Imagine Bakugouحيث تعيش القصص. اكتشف الآن