Primavera (parte 1)

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ATENÇÃO, QUERIDOS LEITORES DE AIKA!

Estes dois capítulos de prévia estão sem a revisão profissional da editora, por isso, peço desculpas por qualquer errinho. O Livro está com o texto quase pronto, faltando ilustrações. Fique de olho no meu site www.lucialemos.com/aikasaga e em minhas redes sociais para ficarem por dentro das novidades! Sigam "lucialemosart" no Isnta, face e twitter!


— Por favor, eu sei que vocês cuidam do segredo do Mon-en, mas estou desesperada! Minha irmãzinha não retornou!

— Minha senhora, por favor, peço que se contenha...

— Como? Vocês não entendem? Eu só quero saber se ela está viva!

A monja segurou as mãos de Lis que caiu de joelhos, em prantos, no pátio de um templo xintoísta. A noite anterior era a última antes do portal se fechar com o início da primavera e Aika não tinha voltado. Outro monge se aproximou para ajudá-la a se erguer enquanto uma sacerdotisa afastava dois moradores curiosos com a cena.

— Minha jovem, nós não podemos fazer nada quanto aos escolhidos do grande Mon-en e não temos contato com os mundos para onde os escolhidos vão!

— E se ela estiver em perigo? Ela não me deixou nenhuma mensagem...

— Qual foi a última vez que a viu? – perguntou o outro monge, amparando-a e levando-a para dentro do templo, onde as pessoas comuns não os ouviriam.

— Foi há mais de duas semanas – respondeu Lis, que aceitou um copo de água oferecido pela monja enquanto sentavam-se em um banco. — Ela voltou do Mon-en com o rosto vermelho de tanto chorar por causa de um amigo. Estava em uma missão perigosa e levou até a bandada do Kinryuu... digo, um tecido que ela gosta muito, para lhe dar forças. Tive um mal pressentimento quando ela se despediu e não a vi mais!

— Tem certeza de que essa moça não teria de transportado para outro local?

— Tenho! Aika me jurou que sempre iria retornar ao apartamento dela ou o meu! Até tenho sua chave! Ela deixou para trás todas as suas coisas, seu celular... Cheguei até a ir à escadaria no farol, mas não entrei porque ele estava interditado devido ao último incêndio...

— O nosso deus não costuma a responder a estrangeiros, pois no passado, nossa cidade foi destruída por eles – disse um monge mais jovem que foi repreendido pelo olhar da monja.

— Eu sei sobre a lenda! A Aika me contou tudo! Por Deus, o portal só reabrirá daqui a três meses, no próximo verão! Vocês não têm nenhuma reza, nenhuma magia ou objeto mágico que possa ver como ela está?

A monja negou, seus olhos apertados pediam desculpas. Então, Lis abraçou o próprio peito tentando conter o pranto em vão. Um espirro escapou entre os soluços devido a friagem que enfrentou ao visitar o Mon-en na noite anterior enquanto sua mente se afogava em perguntas: Aika estaria viva? Por que não voltou? Por que não deu qualquer aviso? Haveria alguma chance de retornar mesmo com o término do período de poder do Mon-en? Como ficaria sua escola e sua família que mandava mensagens vez por outra? A última mensagem de Mieko ainda fazia vibrar o velho celular flip de Aika, que Lis mantinha consigo.

Lembrou-se das palavras duras de Riko, dizendo-a que Aika poderia morrer em Gattai ou mesmo não voltar devido a sua missão. Recordou-se de Iruka dizendo o quanto seu apoio na Terra seria útil para Aika. Sentia-se sufocar só de imaginar que sua irmã de coração não pudesse mais voltar ou algo pior tivesse acontecido.

Sem saber como consolá-la, a monja disse-lhe que poderia descansar naquele templo caso suas orações lhe fizessem bem, contudo, não deveria falar a mais ninguém sobre o segredo do farol. Foi quando um homem de roupa social se aproximou: era alto comparado aos demais japoneses, usava óculos de armação prateada e tinha uma pulseira de contas comum dos seguidores de Buda.

Aika 3 - préviaWhere stories live. Discover now