VINTE

49.5K 4.6K 179
                                    

Não deixe de me presentear com sua estrelinha e um comentário nos capítulos. São MUITO importantes!!!

beijos purpurinados,

Kami <3
.
.
.
Durante todo o resto da semana, Victor Hugo e eu não conversamos. Sempre que eu tentava falar com ele, algo acontecia. A Vic aparecia o xingando aleatoriamente, Paloma precisava de alguma coisa ou seu celular tocava.
Na sexta ele autorizou a folga que Paloma pediu para resolver algo da faculdade e Léo iria da escola para casa do Pedrinho, filho da vizinha de Victor Hugo, que estuda na mesma turma que ele e que está fazendo uma festa do pijama para comemorar seu aniversário. Simplesmente o momento perfeito para conversar com ele.
— Posso entrar? — pergunto batendo na porta e uma resposta curta afirma que sim.
Mais uma vez ele está sentado atrás da mesa usando óculos e completamente focado nos papeis na sua frente.
— Como posso te ajudar, Helena? — ele sequer olha na minha direção.
— Então vai ser assim agora? — com meus braços cruzados abraçando eu mesma, me sinto como quando contei da minha gravidez e meus pais simplesmente me viraram as costas.
— O que quer que eu diga? — suspira tirando os óculos e colocando sobre a mesa.
— Não sei. Que me desculpa? Eu sou impulsiva e muitas vezes falo bobagens.
— É disso que precisa? Tá bom, você está desculpada, Helena. — ele passa por mim e abre a porta para que eu saia.
— Victor Hugo... — ele continua sem olhar para mim e segurando a porta aberta.
Caminho em direção a saída. E eu vou fazer o que? Claro que eu errei em acusá-lo, mas eu pedi desculpas. Tentei conversar, mas ele simplesmente quer continuar irritado.
Respiro fundo me recompondo e saio do escritório. Em seguida ele fecha a porta sem me dar chance de falar qualquer outra coisa.
Pelo menos isso não foi longe demais. Não me envolvi a ponto de sofrer. Ainda bem que mantive em mente que ele era meu patrão e que eu nunca passaria de sua empregada.
Passando pelo jardim, vejo Luis todo sujo de terra usando uma calça jeans velha e uma regata que um dia foi branca. O sol ainda está forte e parece que ele está longe de terminar.
— Um suco, Luis?
— Precisa não, dona Helena. Daqui a pouco eu tomo algo. — sua pele bronzeada reluz com o suor. Vic não está errada, ele realmente é gostoso.
Alto, forte e com um sorriso bonito, com certeza Luís tem a mulher que quiser aos seus pés. Além de tudo, é super educado e as poucas vezes que conversamos me fez perceber que também é engraçado, inteligente e uma boa pessoa.
— Vem, eu não consigo te carregar se você desmaiar com esse calor. Olha o seu tamanho e o meu. — sorrimos juntos, mas ele passa tempo demais olhando para mim, me deixando um pouco desconfortável. — Eu... eu acabei de fazer um suco de goiaba. Tá geladinho.
— Já que a senhora insiste. — bate as mãos uma na outra tirando o excesso de sujeira.
— Senhora tá no céu. Pode me chamar só de Helena. — garanto com um sorriso.
Rapidamente Luís limpou o necessário e me acompanhou para pegar o suco. O calor simplesmente estava de matar e a aparência de Luís também era quente.
— Muito bom o suco, Helena. — agradece com um sorriso me entregando o copo. — Mas agora preciso voltar. Aquele jardim vai ficar lindo quando eu terminar.
— Imagino que sim. Até tentei mexer um pouco, mas acho que as plantas não gostam muito de mim.
— Como não? Plantas são como mulheres. Precisa tratar com respeito, amor e carinho. Elas ficam ainda mais lindas e fortes.
— Eu até tentei, mas...
— Vou mostrar pra você, vem. — segura minha mão me levando de volta para o jardim.
— Tem medo de colocar a mão na massa? — me desafia e nego com a cabeça. — Vamos plantar algo. Escolhe.
— Qualquer uma? — ele acena positivamente. — Certo... Hum... O girassol.
— Tá. Vou pegar ele. — e assim faz. — Agora você vai abrir um buraco para colocarmos ele. — me entrega uma pequena pá.
— Em qualquer lugar? — ele nega dessa vez.
— Não ou vai estragar meu projeto. — avisa rindo e me aponta o lugar certo.
Rapidamente faço o plantio como ele me indicou e, em seguida, molho a flor.
— Viu como é fácil? — ele pisca para mim e aproxima sua mão do meu rosto afastando meu cabelo.
— Luís! — escuto a voz de Victor Hugo irritado. — Você pode ir.
— Ainda não terminei o que tenho para fazer, senhor. — avisa.
— Por hoje terminou. — resmunga. — Helena, pode vir aqui?
— Acho que estamos encrencados. — Luís ri. — Posso te convidar para jantar? Vou sair mais cedo do trabalho. — rimos juntos.
— Agora! — Victor Hugo grita.
— Não vai escapar de mim. — garante e nos afastamos.
Victor Hugo continua me encarando das portas francesas que levam para dentro da casa e desejando um bom fim de semana, encontro meu patrão mais irritado do que jamais o vi.
— Você não é paga para plantar nada. — resmunga fechando as portas logo que entro.
— O senhor está com fome? — de repente Victor Hugo me beija. Um beijo completamente te todos os que ele já me deu. É um beijo raivoso e sem carinho.
— Sou a porra de um homem de palavras. — diz se afastando. — Disse que sempre que me chamar de “senhor” vou te beijar e isso continua valendo, Helena.
Ainda estou um pouco zonza. A roupa de Victor Hugo agora também está suja de terra. Ele não me deu tempo nem mesmo para que eu lavasse minhas mãos.
— Você está com fome? Quer que eu prepare algo? — vou até a pia da lavanderia lavando minhas mãos.
— Por que estava dando tantas risadinhas com ele?
— Porque ele é divertido. — dou de ombros passando por ele. — Vai querer ou não comer algo? Meu horário está no fim.
— Eu não contratei você para cuidar do jardim ou para distrair o jardineiro do trabalho dele.
— Nem para fazer comida, entretanto, cá estamos nós e eu sou sua nova cozinheira. — apoio as mãos na minha cintura. — Quer que eu faça o que? Fique implorando suas desculpas? Fiz isso a semana inteira e você bateu a porta na minha cara.
— O problema não é você, Helena. — ele tenta se aproximar e recuo. — Tem coisas acontecendo e...
— E decidiu descontar na empregada?
— Me deixe compensar. Vamos sair para jantar hoje?
— Na verdade, eu já tenho compromisso.
— O que? Com quem?
— Não que seja da sua conta o que faço fora do meu horário de serviço, mas irei jantar com o Luís. — dou de ombros e olho meu relógio de pulso. — O meu horário de trabalho acabou, inclusive.
— Helena...
— Qualquer coisa, tem comida pronta e congelada no congelador. Demais necessidades, estarei de volta na segunda. — aviso saindo da casa.
— Você não pode sair com ele. — segura meu braço.
— Se tem algo que eu posso e vou fazer é ter um encontro com Luís. — faço com que me solte.
— Helena...
— Luis, espera. — rapidamente vou até ele que está terminando de recolher suas coisas. — O jantar ainda está de pé?
.
.
.
Lembrando que tenho outras obras completas aqui no Wattpad e também na Amazon (todas via Kindle Unlimited).
✓ grupo do whatsapp ativo
✓ me siga nas redes sociais para spoilers e novidades

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora