Capítulo 7

137 25 14
                                    

Diogo narrando:

Sempre dizem que o primeiro dia de aula é o mais chato e difícil, principalmente pra quem é novato. O meu primeiro dia até que não foi ruim, pois a minha sorte é que já tinha um amigo, a única decepção foi saber que vou ter que aturar aquela garota. Lara. Não sei por quê mais de alguma forma ela me chama a atenção com aqueles olhos azuis intensos, e ao mesmo tempo me irrita, acho que ela faz de propósito. O pior é que nem sequer à conheço e não sei nada sobre a vida dela, só o que eu vi na noite de sábado. Uma garota rebelde, marrenta,que anda com uns caras que com certeza não são um bom exemplo, e fica com um cara que faz bem o tipo dela. Somente isso que sei, ou que aparenta ser.

Depois do acontecido no portão da escola, fiquei pensando comigo mesmo. Lara foi até que simpática, não comigo claro. Acho que agora tenho quase certeza que ela só faz isso de propósito, e sinto que vem mais por aí.

Quando chegamos em casa, fomos direto almoçar. Minha mãe não era muito adepta a culinária mais fazia o que podia, e até que algumas coisas ficavam boas. Tipo a lasanha que ela fez pro almoço. Era de microondas, mas havia ficado ótimo.

-  Nem sei por quê eu ainda estou saudável - falei brincando e colocando  um pedaço de lasanha na boca.

- Ah Diogo, até que cozinho bem vai. 
- Claro mãe - falei irônico - e só por no microondas e pronto.

- Ta bom eu não cozinho bem eu já sei, mas eu acho que vou fazer um curso pra culinária.

Quase engasguei.
- Que ?

- Isso mesmo, Monique já me indicou um muito bom, e é aqui perto.

- Ta, quero só ver.

- Ai bebê, você ainda vai ser minha cobaia.

Solteira um suspiro.

- Mãe - falei repreendendo-a

- Que foi - olhei sério pra ela - Ai Diogo deixa de ser chato, só ta a gente aqui.

- Mas você sabe que não gosto que me chame de bebê.

Ela pegou seu prato já vazio passou por e me deu um beijo no rosto.

- Mas eu adoro, e come logo se não é você que vai lavar seu prato.

Passamos o resto da tarde arrumando algumas coisas da mudança, e nesse de põe isso aqui, isso lá, nem vimos o tempo passar, e ficamos jogando conversa fora.  Eu e minha mãe temos uma boa relação. Ela havia me dito que descobrirá o porquê de não ter visto Cecília, ela havia viajado com a família e chegaria hoje à noite, segundo a diarista da família.

- Então vamos lá hoje à noite ? Perguntei

- Acho melhor não, amanhã fazemos isso.

- Ok.

Estava ansioso para conhecer Cecília e seu filho e também o resto da família dela. Algo me diz que gostarei muito de todos.

Já no começou da noite eu e minha mãe saímos para a lanchonete de Monique, que em plena segunda feira estava aberta, e já que nós não tínhamos nada pra fazer resolvemos ir. Fomos à pé mesmo, como diz minha mãe "andar um pouco faz bem pra saúde". Vesti um tênis azul marinho, um shorts jeans, e uma camiseta pólo. Minha mãe um vestido florido, decotado não muito mas o suficiente para atrair olhares dos homens.

A lanchonete não estava tão lotada como no fim de semana, mas estava com um número razoável de pessoas. Adolescentes especificamente. Logo avistei  Júnior e Théo em uma das mesas, deixei minha mãe com as amigas e fui falar com eles.

Te quero ao meu lado !Onde as histórias ganham vida. Descobre agora