De manhã meus pais e eu estávamos tomando café, quando ele começou a tossir, me coloquei ao seu lado entregando um lenço branco, que imediatamente ficou vermelho quando ele levou a boca.
O susto foi tão grande que levamos ele para o hospital, e eles não poderam fazer nada além de passar os medicamentos pra diminuir a tosse e recomendar água pra hidratar as vias aéreas já que isso eram sintomas do câncer.
O que a gente podia fazer era dar conforto a ele, não podíamos fazer nada mais que isso. Ele estava morrendo, isso era uma realidade dura e difícil. Mas eu tinha que começar a aceitar.
Ele não ia mais para a empresa, era eu que administrava agora. Meu sonho sempre foi esse, mas eu sempre pensei que iria demorar, e não pensei que fosse nessas circunstâncias.
Estava no escritório quando escuto alguém bater na porta, e sem esperar eu mandar quem quer fosse ir embora, ela abriu. Revelando o cara tatuado atrás da porta.
_ Como sou praticamente da família não vou pedir permissão pra entrar. - Ele fecha a porta atrás dele e se aproxima de onde eu tô me dando um abraço. _ Como tá indo?
_ Exatamente como você falou, indo. - Ele senta na cadeira a minha frente.
_ Nem consigo imaginar o que tá passando, irmão. Sabe que se precisar de alguma coisa na empresa eu e meu pai cuidamos enquanto você está se dedicando ao seu pai. - Diz Eros, mas meu pai não aceitaria isso, e no fundo nem eu.
_ Sabe que agradeço. Mas eu dou conta.
_Tudo bem. Deméter disse que se precisar de alguma coisa sobre médico disse que pode falar com ela. - Só de ouvir o nome dela meu coração bate descompensado no meu peito.
_ Já tenho um médico excelente tratando dele, mas caso eu precise eu digo a você. - Ele me olha estranho pela grosseria de repente. Droga! _ Não quis ser grosso.
_ Eu entendo. Está tudo bem.
Eu não queria falar com ela, não queria está em contato com ela. Preciso esquecer o que vivemos, e preciso me concentrar em coisas importantes, como o meu pai e a empresa.
Mas dói, dói tanto. Porque dói desse jeito?
Eros demorou para ir embora, e eu agradeci por isso, não queria ficar sozinho. Meus pais estavam dormindo e eu resolvendo papeladas. Ele me ajudou a organizar alguns contratos e foi embora quando anoiteceu.
E eu me senti sozinho, e querendo o abraço da única pessoa que não podia ter, o dela.
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Minha Doce perdição - Trilogia [Família Leblanc #2] 🍒
RomanceSegundo livro da trilogia - [família Leblanc] ✨️🍒 Deméter Eu sou apaixonada pelo amigo do meu irmão desde a minha adolescência. Sempre gostei de homens mais velhos, e quando eu vi ele pela primeira vez eu me apaixonei, o que é bem ridículo já que...