Minha Doce perdição - Trilogia [Família Leblanc #2] 🍒

capítulo 10

Um ano depois

Acelero escutando a sua risada gostosa, o vento batia na minha pele, olho pra o lado de relance vendo seu sorriso, seus cabelos se espalham contra o vento.

_ Acelera de novo. - Pede tocando minha perna.

Olho para a estrada atentamente vendo se não tem nenhum carro na pista e acelero ao máximo ao ver que não tem uma pessoa nessa estrada.

Nós estávamos saindo de 'Estrasburgo' era uma estrada de mais de 170 km. A vista era linda, o céu azul sem nuvem alguma deixava a experiência melhor, era tão lindo que parecia um quadro. Já estamos viajando a mais de três dias, passamos pelos principais pontos turísticos de cada cidade.

Planejei esses dias o ano todo, não via a hora de ficar a sós, com ela. Não vou dizer que meus muros estão caídos, porém, também não posso dizer que sou um homem que não queira nenhum compromisso, aos poucos essa fedelha tá conseguindo baixar a minha guarda.

Não posso deixar de ficar um pouco sem graça quando me encontro com Eros, toda vez que olho pra ele lembro da situação onde eu me enfiei.

Literalmente.

Mas agora consigo enxergar e entender que não me arrependo de nada. Ter ela para mim é uma coisa maravilhosa, a sua risada contamina aonde eu tô, nesse momento por exemplo.

Me perco na sua gargalhada, e o motivo é pelo vento batendo no seu rosto, a música alta tocando 'car's outside, de james Arthur.'

Meu coração acelera e diminuo a velocidade do carro pra não acontecer nenhum acidente, fitando ela. Suas mãos estão pra cima, ela grita animada, seu vestido florido voando na direção da brisa.

Puta merda! Eu... eu tô...? Não, não. Claro que não!

Meu semblante se fecha um pouco e presto atenção na direção, ela diminui a música e se vira pra mim.

_ Eu conheço essa cara. - Ela fica séria, e eu me odeio por tirar o sorriso dos seus lábios e o brilho dos seus olhos. _ Eu tô lutando a um ano contra você mesmo, Filippo. Pelo amor de Deus se entrega pra o que você tá sentindo, eu não sou uma louca que vai te abandonar por você falar "É Deméter, talvez eu goste de você." Porque, tipo...

Não pude segurar as palavras a seguir.

_ Eu gosto de você Deméter, gosto pra caramba. - Puxo o freio de mão e pelo solavanco nossos corpos são impulsionados para frente. Seu rosto é de choque ela definitivamente não esperava por isso agora. _ Não vai falar nada?

_ Não acredito nisso! - Exclama parecendo indignada. _ Não creio que adimitiu seus sentimentos, finalmente aliás, em uma estrada onde não tem nada a quilômetros, e não enquanto estamos em um quarto, ou em algum lugar romântico, ah não, Filippo!

Minha risada saiu tão sincera que algumas lágrimas vieram juntas, essa mulher não existe.

_ Você não existe! - Pego seu rosto dando uma pequena sacudida e beijo seus lábios doces. _ E você está enganada.