7- Cameron e Amy

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AMY NARRANDO:

                   Sentar na praia, e escutar o som do mar era a minha terapia. A praia era o meu lugar preferido para pensar, eu sempre vinha pra cá quando a minha vida estava uma merda e eu precisa pensar.
                   E dessa vez não era diferente, eu tinha duas escolhas pra fazer. Uma era ir pra casa e aceitar me casar com alguém, que meu pai arranjou porém eu não o amo. E a outra era seguir meu sonho, e viajar pra Londres e me tornar uma pintora bem sucedida, fui aceita em uma das academia mais famosas de Londres a 2 dias e quando fui contar para o meu pai, ele disse que não, que eu ficaria em Los Angeles e me casar aos 18 anos, com um completo estranho.
                       Porém eu não queria ficar presa em um relacionamento, onde eu não o amo. Quando eu me casar, eu quero que essa pessoa me ame e eu quero amá-la também. Então eu estava decidida que iria pra Londres, seguir o meu sonho.
                       Desde que eu saí de casa, eu já estava decidida. Trouxe uma bolsa com algumas roupas, e meus documentos porque eu sabia que se eu voltasse pra casa, eu nunca iria pra Londres porque eu me casaria naquele exato momento.
                        Meu celular começou a vibrar e receber várias mensagens, e graças a Deus não era o meu pai:

Charlotte: vamos pra uma festinhas?
Amy: eu não posso, eu fugi de casa e estou na praia.
Charlotte: você fugiu de casa? Oque estava pensando garota, estou indo pra aí.
Amy: vou te esperar no ponto.

                        Peguei as minhas coisas, e fui esperar a Charlotte no Pier de Santa Mônica. Eu estava bem longe de casa, e como Charlotte era a minha melhor amiga ela sabia exatamente onde eu estaria, mesmo se eu não falasse ela viria pra praia.
                         E ao subir pro Pier, eu parei no estacionamento e peguei meu celular pra ligar pra Charlotte. Se passaram 19 minutos e nada dela aparecer, e eu tentei ligar várias vezes e ela não atendia minhas ligações.
                         Então resolvi me sentar em um banco, que estava a alguns metros longe de mim. E assim que eu dei meu primeiro passo em direção a um banco, um garoto com uma moto entrou na minha frente e quase me atropelou e me fez derrubar tudo que estava na mão.
                       - Me desculpa, eu não queria te atropelar e nem derrubar suas coisas. - disse o garoto descendo da moto e me ajudando.
                       - Tudo bem, eu estava concentrada no celular, então a culpa é minha. - respondi o garoto, dando um sorriso.
                       Depois de me ajudar, ele tirou o capacete e pegou na minha mão e se apresentou.
                     - Prazer sou Cameron O'Conner. - um lindo garoto, com cabelos castanhos e olhos verdes estavam debaixo daquele capacete.
                     - E eu sou a Amy Blake, e o prazer é todo meu O'Conner. - eu respondi, completamente apaixonada.
                       Eu recebi mensagem da Charlotte, me mandando a localização de onde era a festa. Ela não ia conseguir vir, por conta que o trânsito estava impossível.
                      - Eu preciso ir agora, tenho que pegar um táxi e ir pra uma festa. - disse eu, encarando o jovem Cameron.
                     Ele respondeu me encarando:
                   - Onde é esta festa? Estou indo pra uma em uma boate aqui perto.
                    Mostrei a localização a ele, e logo em seguida ele me respondeu:
                    - Estamos indo pro mesmo lugar, então suba na minha moto.
                     - Não tem capacete. - eu respondi o encarando de volta.
                     Ele colocou o seu capacete na minha cabeça, prendeu bem. E disse:
                     - Como é bem pertinho. Você usa o capacete pra ficar segura e eu fico sem.
                      Então ele subiu na moto, e eu subi depois. Ele começou a acelerar, e eu a ficar com medo de cair ou sei lá. Como o trânsito era impossível de se escutar algo, ele gritou:
                       - Pode segurar em mim se tiver com medo, não tem problema.
                       E como estava com medo eu agarrei a cintura dele, e ele continuo acelerando. Porém o vento batendo no meu rosto, e adrenalina estava tomando conta do meu corpo e aquela sensação era incrível.   
                       Como ele havia dito, o local da festa era bem perto de onde estávamos. Porém eu era menor de idade e não poderia entrar na boate, e provavelmente a Charlotte estava com sua identidade falsa.
                        Cameron colocou o braço sobre meu ombro, e sussurrou no meu ouvido:
                       - Apenas confie em mim.
                       Balancei a minha cabeça, e ele se aproximou dos seguranças e disse:
                       - Josh é Paul, essa é a Amy a minha namorada. E não se preocupa ela está comigo.
                      Os seguranças começaram a zoar o Cameron, e deixaram eu e ele entrar. A Charlotte estava pegando um carinha bem na entrada e quando a vi, ela me encarou e eu percebi que Cameron estava com o bração no meu ombro.
                       - Você foge de casa por horas, e aparece com um garoto. Garota você está aprendendo comigo.
                        Eu comecei a rir, e ela também. Cameron ficou me encarando e sussurrou no meu ouvido:
                       - Como assim você fugiu de casa Amy?
                      Charlotte começou a mandar eu ir e deixá-la com o carinha, e eu peguei na mão de Cameron e levei ele pra um canto onde não tinha muito barulho.
                       Então sentamos em um sofá, bem afastado do barulho e eu comecei a explicar tudo. Que o motivo deu fugir de casa, era que meu pai ia me obrigar a casar com alguém que não amo e nem conheço, e que ele não aprovava que eu seguisse meu sonho de ir pra academia de artes em Londres. Então eu estava na praia pensando, em qual das escolhas eu faria, uma no qual era meu sonho a vida inteira e o outro ser obrigada a me casar aos 18 anos. Peguei a minha passagem pra Londres e mostrei a ele.
                        - Não quero te influenciar, porém acho que deve seguir seu sonho. Oque sua mãe acha disso tudo? - ele perguntou segurando minhas mãos.
                       - Ela morreu a quase 2 anos de Alzheimer, e minha vó a 1 ano. E ela também achava que eu devia seguir meu sonho, e isso que eu quero.
                       - Então vai Amy, se é seu sonho apenas vai.
                       - O único problema que não tem mais vaga nos dormitórios, e eu não sei onde eu ficaria. - eu respondi.
                         Cameron se levantou e me pediu pra esperar um tempo. E eu fiquei esperando por alguns minutos.

Minha felicidade tem olhos castanhosWhere stories live. Discover now