6- Oliver

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Antes de sair e deixar Lúcia sozinha com minhas irmãs, dei um beijo na testa dela enquanto minhas irmãs estavam distraídas. Provavelmente elas fariam alguma coisa, pra deixar a Lúcia distraída e não pensar demais.
Pelo menos ela não falou sobre e nem chorou mais, e claro não sai do lado dela, porque se ela precisasse chorar eu estaria ali.
Eu fui pra casa me trocar, porque eu precisava ir pra delegacia fazer com que Andrés confessasse. Porém ao abrir a porta da minha casa, Zoe estava sentada na escada me impedindo de subir para meu quarto e tentar me beijar.
- Tenta me beijar de novo, e eu te jogo da escada. - disse ela, tentando subir as escadas.
- Você não teria coragem Baby. - ela debochou de mim.
Eu peguei ela pelo braço, e a empurrei. Porém ela não caiu, só tropeçou em um dos degraus e segurou a parede. E desceu as escadas completamente furiosa, porém a ignorei e fui para meu quarto me trocar.
Coloquei uma jaqueta de couro, e uma luva em uma das minhas mãos. E desci as escadas, e Zoe estava chorando no colo da mãe e meu pai estava conversando com o pai dela. Provavelmente me esperando, apenas peguei a chave do meu carro e sai de fininho.
Assim que liguei o carro, meu pai correu até mim para me impedir de sair da garagem e começou a gritar:
- Se você for pra algum lugar, eu juro que eu mato você. Eu e você precisamos conversar sobre o seu casamento com a Zoe.
Eu peguei o óculos escuros, e coloquei no meu rosto e respondi.
- Se eu ficar você também vai me matar, e desculpa te deixar chateado porém não vai ter porra nenhuma de casamento.
Assim que comecei à acelerar meu carro, ele saiu da frente e me deixou passar. E eu dirigi até a delegacia que Andrés estava, estacionei meu carro em uma vaga disponível.
Ao chegar na recepção da delegacia, não queriam me deixar entrar por conta que não era horário de visita. Porém apenas ignorei a recepcionista, e entrei na delegacia e comecei a procurar o Andrés. E ao passar por uma das portas, vi ele sento interrogado.
- Conseguiu fazer esse merda confessar. - disse pra um dos polícias.
Ele é um outro policial, levaram um susto porque eu não deveria estar ali.
- Quem é você? E oque está fazendo aqui, sabe que não deveria estar aqui. - um dos polícias me disse.
E antes que eu respondesse, a recepcionista chegou com mais dois policiais atrás de mim. E ela apontou o dedo pra mim e disse:
- E esse garoto aí, ele invadiu a delegacia sem a autorização.
Os polícias pegaram no meu braço e me algemaram, e iam me levar pra fora da delegacia ou me levar pra alguma cela. Até que um amigo da minha mãe que era dono da delegacia disse.
- Podem soltar ele, ele é meu sobrinho Oliver Blake.
E imediatamente os polícias me soltaram e me liberam, e esse amigo da minha mãe me perguntou oque tinha acontecido e e expliquei tudo do começo. E como ele era chef do caso, ele tirou os policiais da sala e me deixou sozinho com Andrés. Porém antes de sair ele sussurrou no meu ouvido: "Arrebenta a cara desse merdinha, e faça ele confessar porém não fala que eu deixei."
Eu entrei na sala onde Andrés estava, e ele estava com as mãos algemadas na mesa. E assim que ele me viu ele começou a rir e a falar:
- Invadindo a delegacia de polícia, você é um otario mesmo.
Meus punhos se fecharam e eu estava pronto pra meter um soco na cara dele, porém eu me controlei. Fechei a porta e me sentei de frente pra ele, Andrés ficou confuso do porque eu estava me sentando ao invés da polícia.
- Você conhece a Lúcia? Então sabe a cor preferida dela? - perguntei a Andrés.
- E óbvio que sei, ela era a minha namorada. - ele fez uma pausa, para pensar qual era a cor preferida dela. - E a cor preferida dela, sei lá e amarelo?
Imediatamente eu percebi que Andrés, não sabia nada sobre a Lúcia. Ele demorou 5 minutos pra tentar adivinhar a cor preferida dela, e ainda errou.
- A então você sabe que ela nasceu no Brasil, e não na Espanha? Que uma das coisa preferidas dela e ver o pôr do sol na praia. - eu comecei a falar, e a cada palavra ele ficava em choque. - Que quando ela criança quebrou a perna?
- Ela é brasileira? Como assim? - ele respondeu completamente confuso.
- Aliás a cor preferida dela e vermelho, você não sabia nenhuma dessas coisas não é? Olha a sua cara, você saberia se tivesse a curiosidade de conhecê-la, ao invés de querer transar com ela pra falar pros amigos.
Andrés ficou cerca de 10 minutos me encarando, sem falar nenhuma palavra. Ele começou a rir:
- Eu não sei porque estou aqui, eu não fiz nada com ela. Vocês são malucos. - ele disse rindo da minha cara.
Então eu me levantei da cadeira, e sentei na mesa. Peguei a chave das algemas do bolso, e soltei ele.
- Tenho duas alternativas pra você, a primeira é você confessar na livre e espontânea vontade, ou a segunda é a minha preferida, eu quebrar a sua cara até você confessar. - eu esperei alguns segundos, porém eu lembrei que o Cameron havia liberado. - No caso quem escolhe aqui sou eu, então vamos com a segunda alternativa, porque eu sou Oliver Blake e estou doido pra quebrar a sua cara seu merda.
E pra ter uma briga justa, eu o soltei pra que ele também batesse. Porém eu dei um soco tão forte na cara dele, que ele caiu da cadeira e eu subi em cima dele. E continuei metendo a porrada nele, e ele tentava me bater mais não conseguia encostar um dedo em mim.
Levantei ele e peguei ele pelo pescoço, e comecei a enforcar. A antes que eu apertasse forte ele disse:
- Eu abusei da Lúcia, e tudo que vocês descobriram é verdade.
Imediatamente eu o soltei, e não disse nada pra ele. E ao sair o Cameron estava me esperando, eu entreguei as provas de que ele era o abusador, e Cameron disse que mandaria ele pra Espanha e que ele pegaria cerca de 20 anos de prisão.
E quando eu estava indo embora, Cameron pegou no meu ombro e me disse:
- Oliver podemos conversar em particular, na minha sala.
- E claro que sim. - eu o respondi, o acompanhando ele pra sua sala.
Eu e ele nos sentamos no sofá, e os olhos dele começaram a brilhar.
- E sobre a sua mãe...
E eu Oliver Blake sabia exatamente do que se tratava, Cameron era apaixonado pela minha mãe.
- Eu sei, eu me lembro de uma vez que meu pai estava viajando e você foi lá pra casa. E tiveram uma noite incrível, desde que nasci aquela foi a única vez que vi minha mãe feliz com alguma coisa. - eu abri um sorriso. - Obrigado por ter feito em uma noite pela minha mãe, oque meu pai não fez em todos os anos.
E eu vi uma lágrima escorrendo em seus olhos, e a pupila dilatada.
- Eu nunca vou amar ninguém como eu amei/amo sua mãe, e nenhuma outra mulher vai tomar o espaço que ela deixou no meu coração. E desde que ela se internou na casa de repouso, eu não deixei de ir vê-la um se quer dia. Mesmo que metade desses dias, ela nem faz ideia de quem eu sou. Então eu faço questão de a conquistar todos os dias, e todos os dias eu me apaixono ainda mais por ela.
Assim como Cameron, eu também comecei a me emocionar com suas palavras. E eu estava feliz, porque a minha mãe que sofreu por anos num relacionamento tóxico com meu pai, ela finalmente tinha encontrado alguém que a amava como ela merecia. Cameron me mostrou fotos, das viagens que ele fez com ela depois que minha mãe tinha se internado.

Minha felicidade tem olhos castanhosWhere stories live. Discover now