30 INSTRUTOR

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Na manhã seguinte, Lucas abriu os olhos vendo sua esposa em seus braços. Ao se mexer ela despertou e verificou logo a febre dele.

– Eu já estou bem... – disse ele tocado por toda aquela preocupação.

– Você pediu por água várias vezes a noite... – falou preocupada e com ar cansado.

– Desculpe... – assentiu ele pensando que ela devia tê-lo vigiado toda a noite.

– Não, está tudo bem... – respondeu com carinho. Após alguns abraços eles se levantaram e desceram para o desjejum no restaurante do hotel.

O Conde já os esperava em uma mesa com um acompanhante elegante – Venha Lucas quero que conheça meu amigo Marquês Solano, ele é governador da fronteira dessa província. –

– É um prazer. – cumprimentou Lucas de forma elegante e firme. Fazendo Luiza estranhar.

– Esse é o rapaz que pretende ceder como instrutor para aquela cidade? – disse o Marquês desdenhando da aparência pálida e enfraquecida dele. 

– Sim, Lucas Diertoch tem experiência com vampiros e ensinará seus homens a protegerem aquela cidade, asseguro que não terá mais esse problema. – enfatizou o Conde com seriedade e o Marquês se surpreendeu imaginando que por terem o mesmo sobrenome aquele era um parente do próprio Conde.

O casal se olhou concluindo que a cidade da província que teve problemas com vampiros só podia ser a vizinha a sua vila.

– Providenciarei para que tenha espaço para sua guilda aqui nessa cidade, como combinado. Mas o cavaleiro deve se apresentar lá o quanto antes. – observou severo o Marquês.

– Em uma semana. Já pode redigir uma carta de identidade para ele. – disse o Conde

– Espera, o que ele fará lá? – quis saber Luiza que não entendia das cerimonias e negócios entre os nobres.

– Não se preocupe querida, tudo será explicado... – consertou Lucas e logo olhou sério para seu mestre por fazer acordos para a guilda usando-o como moeda.

O acordo continuou e quando o Marquês se retirou Lucas possuía uma carta de identidade como cavaleiro, assinada pelo governador da província e chefe da guilda dos cavaleiros.

– Essa é a ajuda que pretende me dar? – disse Lucas descrente.

– Será um trabalho fácil, treinará soldados no uso da espada, vigiará aquela área e ficará perto de sua família. – sorriu o Conde em tom cordial.

– Não pretendo voltar a sua guilda. – afirmou o mago contrariado.

– Sei disso, aquela área será sua. Nenhuma guilda entrou naquela cidade e providenciarei para que fique assim. Mesmo Togram manterá distância quando souber de seus serviços lá. – concluiu esperando a reação de Lucas.

Porém ele permaneceu sério e se retirou da mesa – Aceitarei, vamos ver se seu plano dará certo. – assim se despediu do mestre e contratou uma carruagem para voltarem à vila de Luiza, pois seus pais estavam esperando.

~ ~ ~

Quando a carruagem chegou na casa de Luiza os pais dela nem imaginavam que visita ilustre estavam recebendo. Até que viram Lucas descer estendo a mão para Luiza lindamente vestida.

Às lagrimas, Marcela correu para abraçar a filha e Sandro não conseguiu disfarçar sua surpresa ao cumprimentar o genro. O reencontro foi emocionante e todos na vila fofocavam sobre o retorno triunfal do casal Bailey.

Além da rica carruagem e roupas, a notícia de sua gravidez circulou como novidade por todo o mês, sendo vencida somente pelo novo trabalho de Lucas como cavaleiro instrutor de soldados na cidade vizinha – Um horado Diertoch! – falavam.

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Era Um MagoWhere stories live. Discover now