07 RESGATE

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Lucas tenta mais uma vez conjurar a lança de luz, porém ela se parece mais como uma pequena adaga. O vampiro sorri vitorioso e levanta a espada para golpeá-lo. Mas é atingido na testa por uma pedra. Essa distração momentânea é o suficiente para que o mago crave sua pequena adaga de luz no pé dele. Paralisando-o.

Depois olha procurando quem atirou a pedra – Luiza! Rápido, tire a espada dele! – chamou ele.

Ela havia retornado para ajudá-lo, mas caminhar pelos escombros e se aproximar daquele vampiro era exigir demais dela. Lucas percebeu a hesitação estampada no rosto de Luiza.

Sua pequena adaga de luz começou a sumir e o vampiro forçou o corpo. Então a espada despencou contra o braço do mago. A mocinha gritou horrorizada.

Por reflexo, largou sua adaga e desviou. O vampiro ficou livre e bradou a espada em um segundo golpe. Mas o mago conjurou um pequeno feixe de luz que se fixou no corpo do inimigo durante o movimento. Impedido enquanto efetuava o golpe.

O sanguessuga acabou caindo restringido pela magia, seu corpo estava se desfazendo lentamente. Lucas se esforçava para manter aquele feixe de luz ativo na esperança do inimigo virar pó antes que ele perdesse suas forças. Uma luta contra o tempo.

Vendo o sofrimento do mago, Luiza tomou coragem e caminhou sobre os escombros para ajudá-lo. Hesitou quando viu o vampiro de perto, movendo apenas os olhos assassinos em sua direção. Respirou fundo e passou o braço de Lucas por seus ombros e assim conseguiu levantá-lo.

Porém isso lhe causou grande dor,  por conta de sua perna quebrada, desconcentrando o mago seriamente ferido. O inimigo ficou livre, sem perder tempo moveu a espada para atingir as pernas de ambos.

Luiza fez o melhor que podia para recuar, mas se desequilibrou levando ela e o mago a escorregarem nas pedras e caírem para trás. Acabou sendo a salvação, por que a espada não conseguiu atingi-los.

O sanguessuga ainda levantou e a mocinha ficou tão assustada que apenas fechou os olhos, ouvindo a espada tilintar entre as pedras. Quando tomou coragem para olhar viu que o inimigo estava paralisado e se tornando pó. Lucas estava exausto, mas conseguiu vencer a luta contra o tempo e salvar ambos.

– Consegue alcançar a espada para mim? – ele pediu, retirando seu braço de cima dos ombros dela. Luiza atendeu, indo lentamente com medo de tocar a espada.

Quando entregou, o mago retirou um pequeno saco de couro do bolso e inexplicavelmente a espada sumia enquanto entrava naquele pequeno recipiente, cabendo ali dentro.

– Agora vá embora... Pode ser acusada de magia... – alertou ele quase sem forças.

– Então vamos sair daqui, vem eu te ajudo. – ela tentou levantá-lo, mas ele a empurrou – Me deixe aqui, eu não vou conseguir fugir! – bravejou.

– Não vou deixa-lo! Você me salvou... Salvou toda a cidade... – disse chorosa e aflita.

Luiza não conseguia controlar as lágrimas, mas conseguia agir. Levantou o mago em seus ombros e andaram juntos para longe dali.

Muitos curiosos começaram a aparecer. A mocinha entrou em uma rua escura para fugir das vistas e Lucas pediu que ela se aproximasse de um beco entre duas casas. Ali se sentou fechando os olhos.

– Agora vá, eu vou ficar bem. – assentiu o mago com a voz gentil.

– Não vou deixar você aqui. – disse Luiza e ele suspirou – Só preciso descansar, siga seu caminho eu... – Lucas desmaiou.

Luiza tentou chamá-lo. Não houve resposta, ela então olhou seus ferimentos, rasgou a barra de seu vestido e, arrancando dois galhos da árvore próxima, imobilizou a perna quebrada dele, como faziam na fazenda.

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