05- Cintia Alburquerque

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Minutos antes de achar o Henrique.

Eu já estava de cabelos em pé, onde aquele menino havia se metido? Des do dia que o Henrique recebeu a notícia não o achamos em lugar nenhum da escola, o problema é que ele estava aqui e como sobrinho do diretor conhecia muito bem as formas de se esconder.

- O que faremos? Hoje já e o terceiro dia que o Henrique some aqui na escola Cindy. - Emily diz exasperada com as mãos sem seus cabelos longos e ruivos.

- Não sei mais a onde procurar - Minha voz denuncia a aflição de meu coração. Por favor Paizinho me mostre a onde o Henrique está, oro em suplicando em meu pensamento.

- Acho que precisamos aproveitar o horário de almoço parar orar por ele o que acha Milly? - Digo esperançosa

- Com certeza querida. - Pega em minhas mãos e arrasta-me para sua sala de aula.

Quando estávamos chegando a sala, vemos o diretor Alex e Michelle andando pelo corredor, ela tagarelava atrás dele, impossível evitar de revirar os olhos de tamanha falta de preocupação nas feições da "mãe" de Henrique enquanto conversava com Ele. E para melhorar quem eu menos esperava estava frente dele, não consigo negar o fato de que o mesmo e extremamente bonito, usando um terno cinza escuro, alto de pele clara e olhos verdes vibrantes idênticos aos do Alex. Me sinto hipnotizada.

- O que faremos, devemos espera-los sair? - Emily me pergunta com tom aflito, a postura do homem era rígida, estava com raiva e era nítido.

- Seria sábio esperar- Pondero. -Afinal não a nada pior que estar no lugar errado e na hora errada. - A puxo para o lado que confirma silenciosamente.

Porém não temos tempo o suficiente para sair de fininho. Pois o Sr. Cavaleire olha para mim, e para nossa sorte ele começa a caminhar em nossa direção.

- Senhor Jesus nos proteja. - Digo em voz relativamente alta o que faz minha amiga e colega repreender-me com o olhar.

Arrumamos a postura pois o mesmo havia parado a nossa frente.

- Senhoritas. - Ele estende a mão para nos cumprimentar, mais seu olhar era frio. - Qual de vocês duas e a professora Cintia?

- Sou eu, no que posso ajudar? - Ri para mim de forma sarcástica ao escutar a minha pergunta e alinha seu terno ao corpo sem necessidade.

- É uma boa pergunta, você como professora do meu filho não tem vergonha de nem ao menos saber onde ele está nessa escola? - O Olho incrédula, serio que ele vai pôr a culpa em mim?

- Veja bem senhor Cavaliere, eu não sou a guarda costas de vosso filho, sou sua professora, e estou no meu horário de almoço buscando pelo seu filho que como deve saber conhece muito bem a escola. - Falo de uma forma tão calma que me surpreendo.

Seu maxilar fica cerrado, acho que ninguém nunca o respondeu. Será que eu deveria ter ficado de boca calada?

- Vejo que você e bem inteligente professora, mais isso não foi uma resposta sabia e talvez você tenha notado até porque eu posso acabar com a sua carreira agora - Ele chega mais perto encurtando a nossa distancia, eu automaticamente dou um passo para trás, mentiria se não dissesse que fiquei com medo.

Contudo não desvio o olhar pois este homem tem uma tristeza em seus olhos que só é perceptível se observamos mais de perto. Seguro seu ombro e o fito com toda a convicção que tenho em meu ser.

- Eu vou acha-lo ainda hoje, em creio que o meu querido Pai me ajudará, mas você terá que se acalmar e acreditar em mim, pois eu te garanto com todo meu ser, que eu vou fazer meu melhor para traze-lo para nos de novo.

Cingida de GraçaWhere stories live. Discover now