Trust Me, Let Me Be Your Savior || 𝓫𝓮𝓪𝓾𝓿𝓪𝓷𝓷𝓪𝓱

Capítulo 36.

Josh narrando.

39ª semana. Astrid pode nascer a qualquer momento. A qualquer momento. Dá pra acreditar?

Eu sei que não, eu mesmo não tô acreditando. Fizemos aqueles cursinhos de pais de primeira viagem e nos divertimos bastante. Acho que a Sav se divertiu mais do que eu, porque o bebê simulado que foi nosso durante os 4 meses do curso, vomitou em mim umas 3 vezes e fez xixi no meu rosto várias vezes quando eu fui trocar ele e ela rachou de rir todas as vezes.

Os nossos professores disseram que isso iria acontecer mesmo, inúmeras vezes. Achei interessante a história deles e até virou um casal amigo nosso. Eles se conheceram na escola com uns 6 aninhos e ele já foi falando pra ela que ia casar com ela, só que por serem crianças ela nem entendia direito e não botava fé.

Segundo Pat, eles estudaram juntos por mais uns 3 anos e ele teve que se mudar daqui por causa do trabalho de seu pai e tal e na última vez que eles se viram antes dele ir, ele olhou nos olhos dela e falou "Não se atreva a se casar com ninguém que não seja eu.". Aí segundo a Jen, ela deu muitas risadas quando chegou em casa e foi contar isso pras amiguinhas dela que riram junto.

Eles sempre se emocionam na parte que contam que mais de 10 anos depois, os dois já estavam formados e o Pat veio no Canadá visitar o seu avô e quando foi para o aeroporto pegar o vôo de volta, um carro veio na contramão em alta velocidade e colidiu com o dele. Ele teve ferimentos gravíssimos e segundo a Jen, que se formou em medicina e foi "por um acaso" a médica dele, ele estava beirando a morte. Ela conta que conversava com ele todos os dias e dizia a ele sobre o quão inesquecível pra ela foi quando ele falou que ia se casar com ela pela primeira vez lá no Ensino Fundamental, com 6 anos. Ela sabia que ele ouvia tudo, só não contava com o início da melhora repentina dele, que ocorreu como um milagre. A cada dia que se passava ele ficava melhor e um dia, nesses desabafos que ela fazia ali para ele, ele respondeu ela.

A família dele ficou tão grata por ela ter salvado a vida dele que a convidou para um jantar e então eles começaram a ficar bem próximos. Quando foram ver, ela já tava apaixonada nele e ele, óbvio dando graças a Deus porque desde quando pequeno, o sonho dele era casar com ela.

Quando se casaram e tiveram o primeiro filho, foi uma luta enorme, porque foi uma gravidez de risco e ainda tinha a possibilidade da criança nascer com alguma comorbidade. E na época não existia isso de curso pra aprender a lidar com a responsabilidade de ser pai e/ou mãe, então eles tiveram que se virar. A família dela não apoiava o casamento e a dele sempre foi rica o suficiente para bancar uma babá pra cada filho, então não sabia sobre esses assuntos. Jen disse que foi numa conversa com a mãe de um amiguinho do filho deles que ela descobriu essa ideia. Há tantas pessoas que não tem nenhum tipo de apoio familiar ou apoio algum em relação a isso, então por que não ajudá-las?

Gosto muito da história deles, sério. E além disso, o curso foi incrível! Eu aprendi tanta coisa...

Não vou mentir, a princípio eu achei que era besteira, mas depois que começamos a fazer achei a melhor coisa do mundo, porque você precisa aprender a língua do seu bebê, precisa saber os sinais que ele dá quando tá com fome, ou com dor. Isso é muito importante. Aprendi também a ler mais sobre a paternidade e acho lindo aqueles pais que são influencers, contando a rotina de ser pai de gêmeos, ou pai de menina, pai de duas meninas, pai de menino, enfim, pai.

– Amor? – Sav me tira dos pensamentos

– Oi, princesa. – Respondo

– Você já parou pra pensar que a probabilidade que eu tinha de ter gêmeos era enorme???

– Na verdade, acho que já pensei sim...

– Sério? – Faço que sim com a cabeça – Eu tô parando pra pensar nisso agora.