Capítulo I

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Estou trazendo aos poucos minhas histórias para essa plataforma, espero que gostem!

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Mystic Falls- Hig School 

"Ele é estranho." cochichou

"Estranho? O Enzo é a própria encarnação do esquisito, exótico e assustador. Que homem usa calças tão folgadas, cabelos grandes e bagunçados como uma garota desleixada assim? Ele é medonho" 

 

Enzo captou bem audivelmente os burburinhos a seu respeito.

 

Todo intervalo, ele ouvia comentários desse tipo, e  todas as vezes ele controlava sua ira, a vontade insana de socá-los até vê-los  se afogarem no próprio sangue era grande. Enzo desejava fazer um estrago memorável nos rostos dos mauricinhos, Finn e Kol, os Mikaelson's que viviam lembrando ao garoto, aquilo que seu espelho gritava para ele todos os dias: “você é feio e nunca será aceito”.

 

O jovem sentia desconforto por não se enquadrar no padrão do Mikaelson's e dos garanhões Salvatore, os prediletos das meninas, dos professores e da gestão da escola. E isso não era exagero, era  só olhar para o fim do corredor e lá estava Damon Salvatore com sua farda de jogador de futebol americano rodeado por várias garotas e, acenando para aquela que ele julgava ser a mais linda de todas, com seu traje de animadora de torcida, Bonnie exalava sensualidade e simpatia, com notável  sorriso estampado no rosto, ela tinha o poder de acalmá-lo e fazê-lo esquecer o quão insuportável era a escola. Ah, se Bonnie Bennett soubesse que ela era a razão da ereção matinal e dos sonhos eróticos dele. Mas não era só atração física doentia que o rapaz sentia por Bonnie, ela era a salvação dele, a causa dele ainda não ter tirado a própria vida. Se ela soubesse da sua importância, ela invés de ignorá-lo ou de falar com ele de vez em quando -por pena-, ela seria a sua garota, a garota mais amada do mundo. 

Aeroporto de Manchester, sul da Inglaterra. 


- Eu defendo fielmente que aquele garoto só portava a arma do pai e ameaçou os colegas, porque estava transtornado. - Matt disse ao sentar na poltrona ao lado de Enzo no avião.

-St John, você está me ouvindo? - o loiro cutucou Enzo que estava perdido em pensamentos enquanto encarava a janela.

 E só após um longo suspiro o homem encarou o irmão. 

- Estou sim - ele ajeitou sua postura -Seja lá o que motivou ele, Matt,  Noah ainda continua sendo um garoto problemático, perigoso e criminoso. Os pais responderão e ponto. E mais, ele será encaminhado para uma uma casa de custódia. É a lei.- disse categoricamente.

- Quem ver você tão frio e duro assim com um adolescente revoltado, não diz que você também... - Por favor, se quer continuar sentado exatamente aí onde está, não me provoque. - o bacharel em direito foi rude.

- Tudo bem. - Matt ergueu os braços em rendição. - Não está mais aqui quem falou. - ele completou. 

Passado alguns segundos de profundo silêncio. Matt declarou: -Acho que sempre vou sentir muito incômodo na hora da  partida.- ele mudou de assunto tentando amenizar o mau-humor do delegado. 

- O nome disso é turbulência. É tudo questão de costume.

- Ata, falou o "senhor passaporte carimbado". - Matt debochou 

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