Cap 37/

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Olivia

Dia seguinte...

Coloquei a minha mochila nas costas e saí do quarto. Quando cheguei na sala minha mãe e meu irmão estavam tomando café, logo atenção deles foi para mim.

- Aonde você vai?. - Gustav pergunta olhando para minha mochila.

- Fazer uma viagem. - Falo sentando na mesa e tirando minha mochila das costas enquanto eles me olhavam.

- Como assim viagem? Pra onde você vai?. - Ele pergunta me olhando preocupado.

- Por que tudo você quer saber?. - Pergunto olhando para ele.

- Porque eu sou seu irmão. - Ele diz enquanto eu fazia meu café. - Mãe.... - Gustav diz olhando para minha mãe.

- Vamos tomar o café em paz está bem?. - Ela diz. - Deixa a Olivia Gustav, ela vai ficar bem. - Minha mãe diz e eu olho pra ela agradecendo apenas com o olhar.

- E a saída você não vai?. - Meu irmão pergunta me olhando enquanto eu tomava café.

- Deixei a Thalia na frente de tudo, mas vou chegar à tempo. - Falo enquanto como. Logo depois que termino de comer me Levanto e pego minha mochila. - Não me liguem, meu celular ficará desligado o dia todo. - Coloco minha mochila nas costas.

- Tome cuidado filha. - Minha mãe diz e eu apenas balanço a cabeça.

- Pode me dizer aonde você vai?. - Gustav pergunta me olhando e eu nego.

- Se eu te falar aonde vou, você vai aparecer lá. - Falo olhando para ele que abriu a boca, mas não disse nada porque sabia que era verdade. Ele e a Lilian seriam as primeiras pessoa a me procurar. - Tenho que ir. - Vou até minha mãe e dou um beijo na sua bochecha e logo depois me viro.

Abro a porta e saio de casa.

[...]

A última vez vim nesse lugar já fazia muito tempo, eu era uma criança basicamente. Quando eu e meu irmão éramos crianças, queríamos uma casa na árvore, junto com o papai, literalmente no meio de uma floresta. Sempre vínhamos aqui quando queríamos passar apenas um tempo olhando para árvores balançando ou sentindo o vento batendo em nossos rostos.

Eu estava aqui dentro dessa casa na árvore olhando para o nada. Desde da morte do papai eu não tinha tirado um tempo pra racionar tudo o que tem acontecido nesse 2 meses, eu ainda não tinha parado para entender que meu pai havia realmente ido embora e que nunca mais voltaria.

Eu cai na real quando li aquela carta, foi quando percebi que ele realmente não voltaria. Por mas que eu sabia da sua morte e sabia que ele não voltaria, eu acho que eu não tinha caído ainda muito na realidade, ainda esperava ele na mesa no jantar, perguntando como tinha sido nosso dia. Ou seus beijos de boa noite.

Mas eu cai na real e sabia que eu não teria nada nisso.

Parei para pensa e se tivéssemos lido aquela carta ante de ele te cometido o suicídio, será que tudo seria diferente? Daria tempo de salvá-lo? Não teria como eu saber, além do mais, porque isso não vai mudar o fato que ele não vai voltar.

Parando para pensa sobre isso, comecei a questionar Deus, por mais que eu não quisesse. Comecei a perguntar o porque ele não ajudou ou salvou meu pai? Por que ele não fez nada? Então comecei a sentir raiva dele, de alguém que eu tanto amava e admirava.

Eu não queria culpar a Deus eu sabia que tinha coisas que acontecia que não era culpa dele. Com certeza ele tentou impedir, mas não pode fazer nada, mas quando vi já não estava pensando nisso, só estava com raiva dele.

Foi quando decidi vir para cá e pensa, olhar para essa bela floresta, essas árvores, as montanhas, tudo criação de Deus, ele é um ótimo criador. Também para pensa sobre o vento que eu sentia mais não conseguia ver, muitas vezes Deus é assim, não podemos vê-lo, mas isso não signifique que ele não está por perto.

Muita das vezes nos sentimos sozinhos, achamos que não tem ninguém ali, porque nossos olhos são carnais, não conseguimos ver com olhar do Espírito. Não conseguimos vê-lo, mas isso não signifique que ele não esteja ali.

Eu pensava que talvez se eu visse para cá, algo mudaria ou pelo menos teria resposta das minha dúvidas. Mas a questão é que talvez eu tenha, talvez ela esteja bem na minha frente, mas por eu estar cega espiritualmente, não consigo enxergar o que realmente está na minha frente e me encontro literalmente perdida, sem sabe o que fazer.

Em um mar de confusões e dúvidas.

[....]

- Cheguei. - Falo quando chego na porta da igreja e vejo todas as meninas. Até as três menina mais novas, Sofia, Alexia e Elisa, ela não faziam parte do Kairós Dance, mas fazia parte do Ministério Yeshua, tudo o que tinha dança elas estavam juntas, por mas que elas não fossem dança. As três vieram até mim correndo e me abraçaram.

- Aonde você estava?. - Lilian pergunta vindo até mim com um olhar de raiva e preocupação. - Eu te liguei mais de mil vezes e só cai na caixa postal! , eu fui na sua casa e sua mãe tinha falado que você tinha ido viajar e não disse nada para aonde ia. Você está louca?. - Ela pergunta segurando meu braço.

- Lilian depois vocês conversam. - Thalia diz vindo e tirando seu braço do meu, enquanto as três meninas me soltam. Lilian me olha e cruza os braços andando enquanto fazia birra. - Pessoal temos que ir, o cara da combi já chegou. - Ela diz apontando para um combi preta que se encontrava mais a frente, as meninas foram andando e fui andando devagar, mas Thalia me parou com o braço. - Você está bem?.- Seus olhos castanhos me observavam.

- Estou sim... - Falo olhando para ela. - E os meninos da banda, não vão? - Pergunto olhando para ela.

- Foram com o Caio. - Ela diz me olhando e logo solta um risinho lembrando de algo. - Ele está todo preocupado com você. - Thalia disse me dando um empurrão no ombro e eu revirei os olhos enquanto saia andando, mas no meio do caminho soltei um risada de leve.

Aí aí.

[....]

For a Wait I (REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora