Cap 19/

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Olho para os montes e pergunto: "De onde virá o meu socorro? O meu socorro vem do Senhor Deus, que fez o céu e a terra.
Salmos 121; 1 e 2

[...]

Acordo de madrugada no susto depois do sonho horrível que tive com o meu pai. Era como se ainda estivesse lá, gritando e batendo na porta do vidro do seu carro enquanto ele estava dentro totalmente desacordado.

A chuva caia sobre minha cabeça, eu batia na janela totalmente desesperada, gritando e chorando por ajuda mas ninguém me ouvia, na verdade não tinha ninguém naquela rua, ela estava totalmente deserta.

Então eu desisti de bater na janela e cai no chão sentada, encostei no carro e deixei à dor me dominar.

Quando dei por mim eu já estava na sala da minha casa enquanto meu irmão falava no telefone e não tinha um semblante nada bom, olhei para os lado e vi minha mãe no sofá sentada e fui correndo até ela.

- O que houve?. - Pergunto com o coração acelerado, por mas que eu acho que eu já sabia. Minha mãe me olhava sem expressão no rosto e eu já sinto lágrimas encherem meus olhos. - Mãe... fala algo, por favor. - Peço segurando seus ombros.

-Eu sinto muito filha. - É apenas o que ela diz, lágrimas já comecei cair do meu rosto.

-Não por favor... - Solto seus ombros e ela me olha com dor. - Não, por favor, não!. - Caiu sentada no chão.

- Filha... -Ela toca no meu ombro.

-Não, não, não!. - Me recuso acredita.

- Ele está no hospital mãe. - A voz do meu irmão sair arrastada. - Podemos ir lá agora resolver tudo. - Gustav disse enquanto eu chorava.

- Tudo bem, eu sou pegar algumas coisas. - Minha mãe diz totalmente atordoada.

- Liv, precisamos ir... - Gustav diz se abaixando e olhando para mim enquanto eu olhava para o nada. - Liv, venha. - Ele diz me ajudando

Fomos andando para arrumar as coisas e resolvemos sobre o papai, pelo visto meu maior pesadelo aconteceu.

Meu pai havia morrido.

[....]

Eu achava que esse dia ia demorar a chegar, quer dizer eu tinha quase certeza que eu iria antes e provavelmente nunca chegaria esse dia. Acho que esse é o problema dos filhos, eles sempre esperam que seus pais que o enterrem.

Igual os pais sempre esperam que eles vão enterrar seus filhos, ilusão de ambas partes.

Eu estava no hospital sentada numa das cadeiras enquanto vi meu irmão andando de um lado para outro esperando o médico, e minha mãe em pé num canto distante.

Ao meu lado, uma Lily também muito preocupada segurava firmemente na minha mão enquanto eu olhava para o chão.

- Família Mendez. - Ouvimos a voz do médico, me levantei rapidamente.

-Estamos aqui.. - Meu irmão diz enquanto vamos andando até o médico.

- Bem.. Tentamos de tudo, mas não conseguimos trazer seu pai de volta. - O médico diz olhando para meu irmão, mas por mas que ele tentasse esconder o semblante mudou para dor, minha mãe abraçava o mesmo enquanto senti minha melhor amiga apertando forte minha mão.

For a Wait I (REVISÃO)Where stories live. Discover now