Cap 30/

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2 meses depois

Esses dois meses foram os mais estranhos da minha vida. Primeiro: fica durante esses tempos sem o meu pai não foi fácil, por sorte Deus estava comigo à todos os momentos.

Diversas vezes encontrei minha mãe no quarto chorando, até meu irmão eu vi assim e aquilo era de cortar o coração pra mim. Meu irmão Gustav durante esses tempos só estava com semblante triste, sei que por mas que ele não dissesse ele estava sofrendo por conta do fim do seu relacionamento.

Durante esse tempo Lilian tem vindo muito aqui em casa e algumas vezes vi os dois conversando, eles estavam se dando muito bem e do nada começavam a brigar. Eu cheguei a pergunta ela se eles tinha se acertado e ela disse "acertar o que? Não temos nada que acertar" sendo que ela sabe muito bem que isso é mentira.

Mas de qualquer forma tem sido estranho ver os dois juntos, levando em conta que normalmente essa cena seria um alerta de perigo.

O Caio, raramente eu vejo ele na igreja, apenas ao domingos. Ele quase não me manda mensagem e quando eu mandei mensagem pra ele perguntando o que estava acontecendo, ele disse que entrou em época de provas e disse que está tentando conciliar junto com estudos para a prova que ele vai fazer para ver se vai passa na escola de medicina em Portugal.

Conversei com a Tânia uns dias desses e ela disse que tem percebido ele um pouco desanimado.. ela perguntou se eu estava visitando ele, eu disse que não. O pai dele ainda não foi embora, então eu tenho preferido ter pouco contanto, já que o nosso último encontro não deu muito certo.

Eu também estou em época de prova na faculdade esta sendo uma correria, tirando que esse mês estou ensaiando pesado com Kairós Dance para a saída que vamos.

- O Caio não está nada bem, nem saí de casa. - Cris diz enquanto digito no notebook, estava no trabalho.

- Mas ele não está ocupado por conta dos estudos? - Pergunto.

- Sim mas não só por conta disso. Esses dias que meu pai está em casa e ele tem perturbado muito o Caio como sempre, então ele está se sentido cansando por mais que não esteja falando. - Cris diz e eu paro o que estou fazendo e me viro olhando para ela. - Então está juntando a pressão que ele mesmo está colocando em si, junto com a pressão que meu pai está colocando. - Cris diz me olhando.

- Mas por que? Tudo bem que eu percebi naquele jantar que ele não gosta da ideia do Caio ser médico, mas?. - Pergunto confusa, estava desde daquele dia.

- Isso só o Caio pode te falar. - Ela diz me olhando - Por que não vai lá em casa visitar ele hoje depois do trabalho?. - Cris pergunta me olhando com esperança e eu olho para ela.

- Não sei não...

- Meu pai não está em casa, só a Dona Helena, por favor Olivia. Ele não fala nada para gente, mas você pode mudar isso.. - Ela diz me olhando e eu fico confusa.

- Por que você acha isso? Eu sou só amiga do seu irmão. - Falo como se fosse óbvio.

- Você é muito mais que isso Olivia. - Ela diz me olhando. - Por mas que ele não tenha dito, você está virando a melhor amiga do meu irmão, tenho certeza se você for visitar ele, vai conseguir tirar ele daquele quarto, por favor Liv... - Cris diz me olhando com esperança.

- Eu já vi esse olhar antes... - Falo olhando para ela que sorriu. - Tudo bem eu vou. - Digo por vencida.

- Eu te amo Olivia!. - Ela diz me abraçando por trás e eu sorrio aceitando seu carinho. - Como está sendo as cosias durante esses meses?. - Cris pergunta me olhando de lado.

- Acho que estão indo bem... Na medida do possível. - Falo sorrindo fraco pra ela. - Agora precisa terminar aqui. - Falo voltando a digitar no notebook.

- Eu também estou indo para minha sala. - Ela diz e eu apenas concordei.

[......]

- Caio?. - Falo abrindo sua porta devagar e vejo o mesmo sentando na sua cama com pernas de índio digitando no seu notebook e com seu óculos de grau. O mesmo arregala os olhos quando me vê, seu rosto está cansando.

- Olivia, o que faz aqui?. - Ele pergunta parecendo surpreso.

- Não gostou da minha visita?. - Pergunto me encostando no batente da porta

- Não claro que gostei Olivia, mas..

- É porque agora pra pode ver você temos que vir na sua casa. - Digo olhando para ele que me olhou. - Então.. vamos dar uma volta?. - Pergunto sentando na ponta da sua cama.

- Tipo dá uma volta numa segunda-feira? Tipo.. segunda-feira. - Caio diz isso como se fosse a coisa mais anormal do mundo.

- Sim.. vamos lá... - Falo tentando o convencer. - Sua irmã estava conversando comigo e...

- Ah! Eu sabia que a Cris tinha alguma coisa haver com isso. Só estava em dúvida entre ela ou minha mãe. - Ele diz me interrompendo.

- Eu estou aqui Caio por conta própria. - Falo firme ele me olha, firme até demais. Odiava quando as pessoas achavam que eu estava fazendo algo por conta de alguma situação ou pessoa. - O que eu quero dizer, é que eu estou aqui porque sou sua amiga e me preocupo. Eu sei que o estudo é importante, mas as vezes é bom espairecer um pouco, eu falo isso por conta própria. - Solto um sorriso leve para melhorar o clima e vejo sua respiração aliviar.

- Tudo bem, só vou me arrumar. - Ele diz fechando seu notebook e levantando da sua cama, faço o mesmo.

- Certo, vou esperar você na sala. - Falo andando e saindo do seu quarto.

For a Wait I (REVISÃO)Where stories live. Discover now