Capítulo 23

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Rose estava sentada próximo a lareira da casa de Greenfield quando ele adentrou a casa. Seu rosto estava mal limpo e ele cheirava a sangue.
Ela se virou para ele e sentiu o cheiro de sangue invadir suas narinas e revirar o estômago.

- Greenfield o que você fez? -perguntou ela o olhando

- Nada demais minha rainha, apenas o necessário - Disse ele calmamente

- Quando iremos ver Dracu? -perguntou ela o encarando.

- Em breve eu lhe prometo - Respondeu o velho

Rosemarie se levantou e fitou ele, enquanto o mesmo retirava as botas sujas de lama.

- Você mente Greenfield - Proferiu ela seriamente - Você tem cheiro de morte e sangue e suas mentiras não são boas o suficiente para enganar a mim - Rose o olhou brilhando os olhos amarelos e ele recuou.

- Eu lhe garanto minha rainha, veremos Dracu logo, não seja capaz de forma alguma mentir para a senhora e sabes disso - disse-lhe ele

- Chega! Conheço um mentiroso quando o vejo! Acha que você iria me trazer de volta e eu não saberia da razão? Eu sou bruxa Greenfield, bruxas tem um tratamento especial do outro lado, quando morrem - Indagou ela o encarando - É como sentar e assistir a vida de quem você ama passar aos seus olhos, eu vi o que você se tornou, eu vi o que você fez e vi suas escolhas e agora sinto suas mentiras! - A fúria de Rosemarie foi ficando cada vez pior.

As luzes piscavam e a lareira ficou furiosa, o fogo começou a queimar com mais força enquanto ela se aproximava de Greenfield e ele recuava dela.

- Rosemarie...

- Não fale meu nome, você não tem o direito ! Seu imundo ! Você traiu tudo o que preservava e traiu tudo o que protegeu, você não significado mais nada para mim, seu vampiro moribundo - Trovejou ela

Rosemarie saiu da casa com raiva e Greenfield foi atrás dela, mas com magia ela o jogou de volta para dentro da casa e trancou a porta. Rose correu para longe dali.
Ela caminhava abraçada ao seu corpo pela rua, os carros passavam rápidos por ela e as vezes ela se assustava, mas foi se acostumando com o barulho deles, a chuva fina de inverno começou e molhou seus grandes cabelos ondulados, Rose fechou os olhos e caminhou devagar até um dos grandes portões da cidade, ela ergueu a cabeça e leu baixinho "cemitério" Ela entrou devagar no mesmo e pegou uma vela de um dos túmulos, acendeu a mesma e pegou a aliança de seu dedo e logo começou a rastrear Dracu.

Dracu voltava do hospital com izzy e logo sentiu uma marca nascendo em seu braço, ele encostou o carro e gemeu de dor, ergueu a manga e viu a marca.

- Dracu, o que é isso? - Perguntou izzy colocando a mão em seu braço

- Eu não sei... Mas parece ser um tipo de rastreador - Sussurrou ele olhando a marca.

- Vamos logo para a casa da Hayden, não podemos ficar sozinhos aqui - retrucou izzy e ele concordou tocando o carro.

Rose porém conseguiu visualizar aonde eles se encontravam e para onde iriam, com a marca levando ela. A mesma começou a caminhar um pouco mais rápido e logo foi entrando em ruas aleatórias, ela não conhecia nada Ali, apenas seguia a energia que a marca emanava.

A chuva foi ficando mais grossa e ela passou a correr para onde a magia a levava e logo parou. Rose parou no meio da já perdida e sozinha, as casas eram grandes e diferentes do que qualquer coisa que ela já vira, mas uma em questão chamou sua atenção. A luz estava acesa e havia sombras na janela de vidro, um homem alto e uma mulher, ela com sua audição conseguiu ouvir a voz dele.

Rose sorriu com os olhos em lágrimas e correu até a soleira da porta e bateu na mesma, seu coração se encheu de esperança em ver seu amado, mas logo se esvaiu quando izzy abriu a porta.
A garota quase desmaiou quando viu a figura fantasmagórica em sua frente, Rose porém não a reconheceu, izzy não estava em seu corpo original e sim no outro que a colocaram.

O Príncipe das Trevas 4 [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora