Na trama da vida, a ilusão se encontra,
Tece fios sutis que envolvem a mente,
Em véus encantados, desfiados pelo tempo,
Iludem os passantes, sua realidade ausente.
Ilusão, doce engano que entorpece,
Embebeda os olhos e desafia a razão,
Criadora de sonhos, fantasias e desejos,
Tecelã dos devaneios, da nossa ilusória prisão.
Entre o sonho e a realidade,
A ilusão dança sem cessar,
Como um jogo de espelhos,
Distorcendo o que é verdadeiro e real.
Ela brinca com os sentidos,
Mexe com as emoções,
Nos faz ver o que não existe,
E ignorar as concretas lições.
É uma armadilha envolvente,
Um cenário de aparências,
Um oásis de encantos fugidios,
Que iludem todas as essências.
Ilusão, mestra da sedução,
Que nos faz querer acreditar,
Em contos de fadas e utopias,
Sem notar o mundo a desmoronar.
Mas à beira desse abismo,
O tempo nos trará a lucidez,
Despertando-nos da ilusão,
E mostrando o que há de verdadeiro após a teia.
Por isso, abrace a realidade,
Rompa amarras com bravura,
E deixe que a ilusão se dissipe,
Para que a verdade seja a guia e a cura.
Pois no jogo da vida, é preciso ver além,
Superar as sombras do engano,
Enfrentar a realidade, sem medo,
E escrever a nossa própria história com as mãos.