Dayhslv

Eu só queria saber o que existe além dos sussurros quase sem voz, além dos olharem silenciosos, além do que penso ser real, mas ao mesmo tempo tenho medo, muito medo. 
          	
          	- Fragmento de Instantes 

ClubedeLeituraLR

Nós do clube de leituras ler estamos em busca de avaliadores.
          
          Se você tem experiência com avaliação de concursos entre em contato agora mesmo.
          Lembre-se que ao aceitar você concorda com o     compromisso com o projeto e com os autores que se inscreverem no concurso, então só entre em contato se você sabe que irá cumprir.
          
          TEMOS VAGAS PARA AS SEGUINTES CATEGORIAS: 
           
          
          
          Paranormal
          
          2 vagas 
          
          
          
          Conto de terror
          
          1 vaga
          
          
          
          As avaliações do concurso acontecerão em março e vão durar um mês. 
          
          Interessados entre em contato com o Luís (12 98131-7398),  ou
          
          
           Deby (12 97812-7121). 
          
          Venha ser nosso avaliador e tenha a satisfação de conhecer
           escritores incríveis. 
          
          Uma iniciativa Clube de leituras L&R.

Dayhslv

Tenho segurado as gotículas molhadas a dias, e sinto que talvez não seja mais possível fazer isso. Mas não é essa possibilidade que dilacera meu coração, e sim o fato de que o motivo delas suga meu anime e perfura-me sem cessar.
          
          
          - Fragmento de Instantes 

Samara_Oliver826

"Me abrace,
          que no abraço
          mais do que em palavras
          as pessoas
          se gostam."
          (Clarice Lispector)
          
          Oiii amiga ❤

Dayhslv

@ Samara_Oliver826  
            Ownnnt! 
            Obrigadaa
            Oii, linda ❤
Ответ

Dayhslv

[...] Assemelha com aquele lance da máquina de xerox: alguém empurra para ela uma verdade amargurada, a faz engolir sem chance de questionar, nem lamentar ela pode. Sua fraca compreensão vai capturando os mínimos detalhes de informação, sufocando. A respiração chega a ficar descompassada e barulhenta. É bem verdade que o silêncio machuca: ele é um tipo de empurrão de proposto; mas a verdade tem poder superior: ela é aquela doença que até então não doía, não fazia alarme, você nem sabia que existia e finalmente quando vaidosamente essa decide se apresentar, não vai ser com um simples analgésico que tu vai melhorar. Aquelas verdades sempre estivesseram adiante, esperando o exato momento para adentrar como um parasita despreocupado ou como alguém de sorriso malicioso, não enternece pelos estragos deixados para trás. [...]
          
          
          — Fragmento de Instantes 
          
          

Dayhslv

[...] Costumo repousar a cabeça em um local maciço, fecho os olhos e liberto meus pensamentos para não surtar, e lá está ela deslizando silenciosamente por entre cada partícula que possuo, segurando minha mão com delicadeza e soprando mais uma vez o calor para minha condição fria. Minha solidão é aconchegante e sabe acalmar. Ela faz parte do meu ser, em partes, desde que percebir minha condição de figurante na vida de muitas pessoas que inutilmente eu tratava — e continuo tratando — como estimados personagens principais. Lastimante e frequente. Entretanto, diferente do que dizem ela não é a ausência de alguma presença, e sim a ausência da sensação de pertencimento. Quantas vezes ainda que rodeados de presenças sentimos a falta de encaixamento, o desconforto, os sentidos em outro planeta. O tal do não pertencimento. A misteriosa solidão. [...]
          
          — Fragmento de Instantes 

Dayhslv

[...] Como narrar esse instante? Talvez eu devesse começar mencionando que esperava de todo meu coração que ele não se tornasse real, ansiava que sua concretização fosse tão vivida quanto a probabilidade de uma incógnita ser um número visível. Optei até mesmo durante os últimos dias nem siquer imaginar no inconsciente. Machuca muito, é como ter um objeto pontiagudo e novo dilacerando uma parte sensível de mim, e a cada minúsculo segundo que passa sinto que tem dilacerado mais. A indesejável tristeza atravessa meu ser que grita enlouquecido por misericórdia. É em demasia para mim. Bom, não sou muito observadora, normalmente deixo ir para longe sem perceber coisas simples mais que, vão além do valor que dão as notas no cume de um balcão qualquer. Por algum motivo distante de minha compreensão — e pouco importa isso agora — eu fui uma boa observada naquele instante, e boa ouvinte também. Pena que não conseguir reagir de modo a acalentar alguém que era perfurado um trilhão de vezes a mais que eu, nunca sairá de minha mente o descontrole de suas lágrimas. Tal lampejo em meu hipocampo só tem piorado tudo. Eu estava em inércia e assim fiquei. Mesmo sonolenta ouvi uma das minhas vozes preferidas no mundo sussurrar embargada "ahh, meu Deus do céu!". Meu corpo entrou em estado de alerta, algo estava muito errado. O som baixo da música Oceans adentrou em minha audição e por fim o estridente agouro de folgos de artifício. Mesmo nada disso acontecendo proximo, poderia até jurar que contemplava acontecendo em algum lugar dentro de mim. A voz se tornava mais chorosa, a música já passava do refrão e os desnecessários fogos brilhavam no céu escuro, enquanto eu era sucubida pela perturbadora inércia e essa decidiu não ir embora tão breve. Nunca fui de confidenciar a ausência do "estou bem", no entanto, agora vejo-me gravando em palavras e jogando ao vento. Não estou sabendo lidar, sinceramente não estou. [...]
          
          
          — Fragmento de Instantes