- Alô? Lola atendeu o telefone, a voz meio abafada pela quantidade de agulhas apoiadas entre os dentes. Perguntaram se era a moça que vendia tecidos. Lola respondeu que sim. Interrompera sua costura atual para atender o barulhento telefone fixo, tão antiquado, da casa de sua presente cliente. O menino respondeu com o silêncio do outro lado da linha. Não imaginava que quem fosse atender o trote fosse realmente uma moça que vendia tecidos. Ele resolveu ir um pouco mais além na brincadeira. *** O que uma ação infantil e aleatória poderia causar de mal? Bom, muita coisa, principalmente quando se fala da história de Lola, mãe que ainda estaria muito bem se não fosse aquele trote, um mero telefonema, uma brincadeira que passou um pouco dos limites, apesar de (em tese) não ter essa intenção... Microconto escrito por Marie Nery. Continuação de Sua (pós) Vida. 4° lugar em desigualdade (10/07/2021)
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