Eu estava ali, e, honestamente falando não lembro de um momento em que não estive presentes naquelas cenas tão clichês, no entanto tão unicamente singulares. Eu presenciei a surpresa, a esperança, o desespero e a dor, por um período me permiti me sentir como Deus, observando em terceira pessoa a vida de alguém, ou melhor, morte de alguém. O que mais dói no fim do dia, no entanto, é saber que não tenho para quem orar ou depositar minha fé, ou até desejar um bom fim, como viver em um lugar de paz como o céu. Eu aprecio quem tem fé. 26 de dezembro estava sendo um dia comum até o momento em que aquela paciente em especial entrou no hospital, não só ela, como aquele homem. Não, não era um caso comum e a minha apatia não estava funcionando naquele momento.