Just a Year - (COMPLETA)

By alexia-macedo

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Rebeca mora em São Paulo e está no último ano do ensino médio. Tudo que ela quer é apenas aproveitar esse últ... More

Sinopse
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6 (bônus)
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25 (Especial 6 mil leituras)
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Capitulo 44
Capitulo 45 (Final)
EPILOGO
Agradecimentos
Novidades para os leitores!

Capitulo 26

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By alexia-macedo

Quando o porteiro me ligou pelo interfone e disse que estava acontecendo uma briga na portaria e era melhor eu correr, pois provavelmente eu era o motivo, meu coração acelerou. Mesmo sem fazer a menor ideia de quem estava brigando e porque diabos eu era o motivo de toda a confusão, da voz nervosa do porteiro e de uns gritos femininos que eu escutei ao fundo.

Peguei minhas muletas e saí pulando/correndo igual ao saci. O elevador pareceu demorar uma eternidade para descer. Incrível como quando estamos com pressa tudo parece demorar mais, não é? Meu coração já estava saindo pela boca e minha cabeça só faltava soltar fumacinha tentando formular teorias sobre quem estaria brigando com quem e o que eu tinha a ver com isso, quando o elevador deu dois bips e abriu as portas, revelando a Cecilia, com uma blusa branca de renda por cima de um biquíni vermelho e o Guilherme indo em direção ao Brian com os punhos fechados. Seu olho estava roxo. A Cecilia gritava. E eu simplesmente não sabia o que fazer.

Fique tão imóvel que o elevador começou a fechar as portas. Antes que ele se fechasse completamente e subisse, eu coloquei minha perna engessada no meio, o que fez com que as portas voltassem a abrir e eu pudesse passar.

A essa altura não conseguia pensar racionalmente. O que o Guilherme estava fazendo aqui em um sábado a tarde? O que o Guilherme estava fazendo aqui no meio de março? E por que ele estava brigando com o Brian? Ou o Brian brigando com ele? Minha mente fez um nó enquanto eu me colocava no meio dos dois e fui acertada no braço com o soco que me fez arfar.

Tudo fica quieto por um segundo e então eu olho para o lado que veio o soco. Vejo os olhos azuis do Guilherme ficarem duas vezes maior, suas sobrancelhas se suspenderem e então seu lindo rosto forma uma careta. Igual ao meu nesse momento.

- Rebeca... Me desculpa! Olha o que você me fez fazer, seu idiota! – Ele gesticula para o Brian que está atrás de mim. Não me atrevo a olhar para trás, pois sei que vou dar de cara com a Cecília e não quero nem imaginar o sorriso de deboche que ela estampa no rosto. – Me desculpa.

O Guilherme me segura pelos ombros e seu rosto está tão perto do meu que se eu apenas me movimentar um centímetro para frente, nossos lábios se tocam. Por isso vou apenas um passo para trás. Não consigo sentir raiva dele. Não pelo seu soco em meu braço.

- Está tudo bem, ok? Não doeu tanto. – Me forço a abandonar a careta e fingir que realmente não doeu. E olha que o soco não pegou de cheio no meu braço. Não quero nem imaginar como o rosto do Brian está latejando nesse momento. – Pelo menos não tanto quanto o rosto de vocês dois.

Me viro e vejo o Brian. Tento evitar contato visual com a cecilia, mas antes que possa fazê-lo, ela joga seus braços pelo pescoço do brian e começa a falar algo em seu ouvido. Ele está um pouco mais longe agora, e por isso não consigo escutar.

Dirijo meu olhar para o lado e percebo que o porteiro está com toda a atenção vidrada em nós. Com certeza esse vai ser o assunto do mês para as velhas fofoqueiras do prédio, só espero que ele não conte nada para a Vanessa ou então, Deus me livre e guarde, meu pai.

Depois de todo esse papelão o que me resta é convidar o Guilherme para subir e ver se coloco um gelo em seu rosto, que está começando a inchar. Mesmo que isso renda ainda mais fofoca. Melhor do que ter uma leve discussão aqui mesmo.

Não preciso nem comentar sobre o clima do elevador quando eu, Guilherme, Cecília e Brian entramos no elevador. Os olhares de cobra prestes a dar o bote da naja loira, os olhares soltando faíscas e os músculos retraídos do Guilherme e Brian e meu olhar impaciente e confuso. Em meio a tudo isso, minha mente não para de girar em inúmeras perguntas. O que o Guilherme está fazendo aqui? Como tudo isso começou? Mas o olhar da Cecilia já me respondeu a duvida central, que era: o que eu tenho a ver com isso?!

Assim que as portas se abrem eu puxo o Guilherme pelo braço e não posso deixar de ver a forma como os olhos do Brian faíscam. Ele está com o mesmo olhar quando esbarrei com ele há muitos sábados atrás, quando tinha acabado de voltar do luau.

- Vou buscar o gelo. – Digo enquanto caminho até a cozinha e percebo que deveria ter acrescentado um “espera aqui”, já que o Guilherme me acompanha. Seu rosto está como o de um cachorrinho que sabe que fez besteira. Tento reprimir um riso.

- Eu não sei o que me deu. – Ele diz enquanto se senta na cadeira. Pego o gelo e coloco em um pano de prato, da mesma forma que minha mãe fazia sempre que me machucava, quando criança. – Nem sei o que te falar.

- Pronto, coloca em cima desse olho. – Estendo o pano para ele e me sento em uma cadeira, ao seu lado. – Você pode começar me falando o que está fazendo aqui. E depois me dizer como essa briga começou.

Ele respira fundo e faz uma careta quando pressiona o pano com gelo no olho. Demora alguns minutos, até que ele consiga falar e se acostumar com o gelo, que deve estar queimando na pele sensível da pálpebra machucada.

- Eu ainda nem acredito que te acertei um soco.

- Está tudo bem Guilherme, não está doendo. Nem vou precisar colocar um gelo. E sei que esse soco não foi para mim. Apesar disso não diminuir a gravidade. Odeio violência.

Ele assente e eu sei que está fugindo do assunto ou tentando achar palavras.

- Acho que todo o foco está no seu acidente. – Ele tira o gelo do rosto por alguns segundos, então coloca de novo. – Eu vim aqui porque estava preocupado e queria te fazer uma surpresa. Então eu perguntei para o porteiro sobre você e ele me falou sobre o acidente, e então ele me contou da sua briga com o tal do Brian, a forma como ele te desprezou e como você saiu correndo e então foi atropelada. E então esse idiota apareceu na minha frente e, pela cara do porteiro, eu sabia que era ele mesmo e sem pensar eu bati nele.

Ele balança a cabeça em negativa e solta um suspiro exasperado.

- Eu realmente não estava pensando, eu apenas senti uma raiva fora do comum. E não conseguia acreditar que ele era o culpado pela sua perna. E então vou eu e te machuco também.

Pego o gelo da sua mão e aperto em seu olho. Não é para machucar, mas ele faz uma cara feia.

- Se você não colocar isso direito, vai piorar. – Digo. – Olha, eu nem sei o que esse porteiro língua solta te disse, mas a culpa não foi do Brian, ok? Eu aí correndo igual uma louca, pois estava possessa de raiva e a culpa foi minha por ser estupida e ter cedido as provocações dele. – Suspiro fundo e tiro o gelo um pouco do seu rosto. Seus olhos me fitam e uma linha fina forma em sua boca. – O que você estava pensando quando veio para o Rio no meio do mês de março?

Ele dá um pequeno riso sem humor e seus olhos ficam um pouco menos, no mesmo instante faz uma careta e percebo que deve doer até mesmo para rir. Sinto uma vontade enorme de beijar seu olho, e isso me assusta. Aperto novamente o pano com gelo em seu olho o que faz com ele solte um grunhido de dor.

- Não estava pensando. Apenas falei para meus pais que ia passar o fim de semana no litoral com alguns amigos. Sai de lá ontem depois da escola e já comprei a passagem de volta para amanhã de manha. – Seu olho bom me fita e eu não consigo desviar o olhar. Percebo que estou prendendo a respiração e até a saliva é engolida com dificuldade. – Acho que você não gosta muito de surpresas. – Ele dá um sorriso triste e sinto meu coração se contorcer.

- Não vou te fazer voltar para casa, e eu adorei sua surpresa. Apesar de ter te encontrado em uma situação péssima. – Sorrio e sua expressão também se alivia. Colo o pano com gelo em sua mão e me levanto. – Coloca isso no rosto e escolhe um filme enquanto eu faço uma pipoca.

A tarde passou rapidamente. Vimos alguns filmes, mas se me perguntarem a história não saberei dizer nada. Nunca me senti tão próxima do Guilherme como nesse momento. Ele com seu olho machucado e eu com minha perna engessada. Ele me fazendo rir com qualquer bobeira ou história que desconfio que sejam inventadas.

O Guilherme tem um jeito que faz tudo parecer mais simples. É como se para ele não houvesse momento ruim. Toda hora é hora de rir, ser feliz. Como se os problemas pudessem ser solucionados com uma piada. Tempestade vira dia ensolarado. Lagrimas em sorrisos. Tensão em crises de risos.

Percebo que olhos pousam sobre ele admirados, como ele fosse uma dessas pessoas raras que encontramos apenas uma vez na vida e temos medo de deixar que ela escape de nossas mãos. E ele realmente é alguém assim.

Mas, mesmo com todo seu jeito brincalhão e de criança - no melhor dos sentidos-, não consigo vê-lo como outra coisa a não ser como um amigo. O que é extremamente trágico. A forma como ele me faz rir, me faz prestar atenção às conversas triviais como se fossem os assuntos mais importantes do mundo, a forma como parece que estamos em uma bolha quando ele está por perto, tudo isso faz com que eu sinta meu coração aumentando. Tudo fica leve. Mas é só isso.

Quando estou perto do Guilherme fico feliz, mas não sinto as palpitações nem a corrente elétrica que deixa cada parte do meu corpo em alerta como quando estou com o Brian. E isso só prova como meu coração é estupido.

Tem um garoto na minha frente, de olhos azuis e jeito suave, que tenta me beijar e tudo que eu consigo pensar é no que está alguns andares acima da minha cabeça, fazendo sabe se lá o que com uma loira maravilhosa.

As sobrancelhas do Guilherme se unem em uma expressão confusa e eu finjo que não notei que seus lábios estivessem vindos à direção da minha boca. Movi minha cabeça da forma mais sutil que consegui em limite de tempo recorde.

Eu adoraria que meu coração disparasse com a proximidade dele, adoraria que sentisse meu estomago dar cambalhotas só de sua boca estar próxima a minha. Adoraria sentir qualquer alteração de humor que indicasse que eu sinto por ele a mesma coisa que, aparentemente, ele sente por mim.

Mas não sinto nada. E por isso acho que a melhor forma é o deixar saber disso.

Ele sorri levemente e então sua boca fica um pouco torta, mostrando que está chateado. Então espero ele entrar no elevador e então fecho a porta.

Em menos de dois minutos, quando já estou jogada confortavelmente no sofá, catando as pipocas que ainda resta, a campainha toca. Assim que abro a porta novamente, uma onda de surpresa me invade.

É a Cecília.

De novo. 

Hey pessoal! Vocês sabiam que ontem fez um mês que Just A Year começou a ser escrito? Legal, né? Junto com isso veio várias coisas boas, principalmente as 6 mil leituras do livro! Agora a proxima meta é 10 mil leituras e 500 votos! Por isso não deixe de votar e comentar, ok? Isso é o que faz com que eu tenha sempre vontade de postar :)  Beijos!

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