Sou tão cachorrinha de vocês que eu falei mais tarde e já estou aqui de novo.
Quem sabe, MAIS TARDE, não solto outro...
Boa leitura meus bbs!
Lauren POV
- Esses são os balanços do último mês? – Falei me virando para o meu sócio.
- Sim, das duas unidades em São Paulo. Acha que no Rio podemos alcançar essas cifras? – Ele me questionou.
- Não contaria tanto com isso. O mercado em São Paulo é mais aquecido... – Girei na minha poltrona e peguei uma ficha de poker para movimentar entre os dedos enquanto pensava um pouco.
- O fluxo turístico do Rio é muito bom, pode nos favorecer e muito. – Augusto, o meu sócio se levantou e foi servir uma dose de whisky para ele.
- É diferente. O fluxo turístico do Rio é voltado para outro tipo de lazer. Preferem as praias, os pontos turísticos mais tradicionais. O nosso foco no Rio é muito mais voltado para os próprios cariocas, os jogadores que vivem no eixo Rio-SP e explorar as datas onde os grandes torneios acontecem na cidade.
- Não tinha pensado por esse lado... faz todo sentido.- Falou enquanto voltava a se sentar.
- É claro que faz. – Sorri convencida.
Ouvi algumas batidas na porta e logo Camila entrou.
- Atrapalho?
- Jamais! – Sorri e me levantei para recebe-la com um selinho – Augusto, acho que não conhece Camila pessoalmente. Amor, esse é o Augusto, meu sócio nos clubes do Brasil.
- É um prazer Camila. Minha esposa é muito sua fã. – Augusto se levantou e a cumprimentou.
- O prazer é meu em conhece-lo. E será um prazer conhecer sua esposa também, quem sabe um jantar qualquer dia desses? – Camila sempre simpática o respondeu com um lindo sorriso.
- Vai ter que ficar para uma próxima oportunidade. Ela está no Brasil. Eu vim apenas para discutir negócios com Lauren e conversamos sobre os balanços.
- Oh que pena. Venha com ela da próxima vez. – Camila sorriu e logo se voltou para mim– Estava passando aqui perto e pensei em almoçarmos, o que acha?
Olhei para o relógio e de fato já era hora de almoçar. Eu havia instalado um escritório para mim em um prédio comercial próximo da gravadora da Camila, para evitar ficar recebendo pessoas em casa . Afinal, minha sala de jogos era para mim e o Staff apenas.
- Nos faz companhia, Augusto? – Perguntei. – Podemos continuar a discutir sobre os detalhes das unidade do Rio. Quero que esteja atento a alguns detalhes que me preocupam.
- Se importa de ficar para um outro momento? Eu já marquei de almoçar com um amigo que está na cidade. – Falou já se levantando
- Sem problemas. De qualquer forma temos outra reunião amanhã. Me envie os documentos que faltaram por email e resolvemos tudo amanhã. – O cumprimentei e logo ele saiu me deixando a sós com a minha noiva.
- Hummm parece que as coisas estão indo bem. – Passou seus braços ao redor do meu pescoço e me deu um selinho.
- Sim. E em breve eu devo ir para dar uma olhada de perto. Poderia pensar em ir também, o que acha? – Devolvi o selinho, sorrindo com os nossos lábios ainda colados.
- Acho perfeito!
(...)
Já faziam alguns meses que eu e Augusto tínhamos fechado uma sociedade para abrir uns clubes de poker no Brasil. E depois de um investimento pesado, tínhamos duas unidades funcionando a todo vapor em SP, com foco em um público de poder aquisitivo super elevado e recebendo inclusive artistas, jogadores de futebol, empresários...
Entrar nesse negócio me possibilitou diminuir um pouco mais os meus jogos, principalmente os online. Agora eu jogava bem menos e ia para Vegas apenas 1 ou 2 vezes no mês. Minha grade era com um volume focado em torneios mais caros e geralmente em circuitos da Europa ou grandes jogos que aconteciam esporadicamente em Cassinos dos Estados Unidos, assim como também participava de alguns poucos jogos no Brasil.
Dessa forma eu passava mais tempo com Camila, ajudando ela com detalhes sobre o casamento que aconteceria em breve além de auxiliar ela como uma RP auxiliar, já que Vero estava mais ausente, pois Lucy daria a luz a qualquer momento.
Vero e Lucy terminaram a reforma na casa nova delas e já estavam morando lá haviam duas semanas. Estavam ainda em adaptação, então eu e Camila sempre estávamos por lá para prestar qualquer suporte e fazer companhia.
- Vamos almoçar com as meninas? – Perguntei enquanto ela dirigia no sentido do bairro que elas moravam.
- Sim. Vero disse que queria mais gente em casa para diluir o mau humor da Lucy e ela não apanhar sozinha caso ela resolvesse colocar toda a raiva pra fora. – Camila contou aquele fato e eu gargalhei alto.
- Posso imaginar... – Olhei a paisagem de LA – Acho que você vai ficar da mesma forma, sabia?
- Mas que calúnia! – Ela disse falsamente ofendida, me fazendo volta a olhar pra ela – Ok, talvez só um pouquinho... Mas é só você não me irritar.
- Eu não te irrito! – Protestei
- Não? Lauren achei que você não mentia... – Falou rindo
- Mas eu não te irrito. Você que se irrita com coisas que não deveria se irritar. – Constatei vendo ela sacudir a cabeça em negação àquela minha frase.
(...)
Logo chegamos à casa das meninas e entramos para almoçar com elas.
- Hey! Como está essa grávida linda? – Perguntei dando um abraço nela e me abaixando para dar um beijo naquele barrigão – E a princesa da dinda? Como está hoje?
- Ela está ansiosa para vir pra fora. Está me dando uma canseira sem tamanho! – Lucy falou colocando a mão na lombar, visivelmente esgotada.
- Sinto que a Vic vai puxar a Vero, só pela dor de cabeça que tem te dado Lucy... – Camila falou enquanto roubava um tomate cereja da salada que Vero colocava sobre a mesa.
- Mas que absurdo! – Vero logo protestou.
- Você está certíssima Mila! Inclusive... vocês não sabem o que essa aí fez! – Lucy falou apontando para Vero
- O que? – Perguntamos em uníssono.
- Amoooorrr eu já disse que foi sem querer.
- Pode falar Lucy, estou pronta para te defender. – Falei em tom falsamente ameaçador.
- De madrugada eu tentei me aproveitar desse corpinho dela, afinal eu estou muito carente e ela me REJEITOU!
Camila deu uns tapas no braço de Vero que tentava se defender.
- Como assim você rejeitou a minha amiga, você está louca? É a mãe da sua filha, Vero! Sua idiota. – Camila seguia dando tapas nela e rindo ao mesmo tempo.
- Aiiii! Em minha defesa eu logo disse que parasse de me agarrar que eu era casada! Eu estava sonhando!
- Sonhando com alguma vagabunda! – Lucy esbravejou.
- Opa, em defesa da minha amiga ela foi fiel até em sonho. – Puxei Vero pelo braço e abracei ela pelos ombro vendo Camila e Lucy cruzar os braços.
- Você não ia ficar do meu lado, Laur?
- Mas eu achei que ela tinha feito algo errado e na verdade ela só fez provar ainda mais o quão apaixonada por você ela é! – Fiz um hi 5 com Vero e caímos todas em uma gargalhada gostosa.
- Vocês duas se merecem mesmo... – Camila constatou roubando mais um tomate cereja da salada.
- Aiiiii Vic, filha... hoje você está demais... – Lucy voltou a reclamar de desconforto.
Vero foi até a esposa para ajudar ela a se sentar.
- Amor... eu acho que.. a sua bolsa...a bolsa... PORRA A BOLSA ESTOUROU!!! AI MEU DEUSSSSSSSSS!!! - Vero estava em choque de tanto susto, ansiedade, medo.
Rapidamente peguei as chaves do carro e ajudei Vero a colocar ela no carro enquanto Camila corria até o quarto da Vic para pegar a bolsa que levariam para a maternidade, bolsa que já estava prontinha, justamente para caso isso acontecesse.
Em pouco mais de 20 minutos entramos no hospital com Vero e Lucy em lágrimas. Vero ajudando ela a fazer alguns exercícios de respiração.
Alguns enfermeiros levaram Lucy e Vero, deixando eu e Camila na recepção, ainda em choque por tudo ter acontecido tão rapidamente.
Com poucos minutos algumas pessoas que estavam ali começaram a nos identificar e uma das enfermeiras nos levou a uma sala de espera privada onde ficamos aguardando por notícias.
- Acabou que nem almoçamos, está com fome? – Estava sentada com Camila sentada ao meu lado, com a cabeça deitada no meu ombro enquanto eu fazia um carinho nos seus cabelos.
- Não, estou bem. Só muito ansiosa para ver a Vic. – Abriu um sorriso lindo.
- Logo logo nossa afilhada estará com a gente. – Olhei pra ela e dei um selinho.
(...)
Demorou mais umas 2h e Vero saiu lá de dentro com um sorriso que não cabia no rosto, ainda em lágrimas. Nos levantamos e fui até ela dar um forte abraço.
- Parabéns! Não imagina o quão feliz estou por vocês! – Falei aquelas palavras repletas de boas energias. – Quando veremos nossa afilhada?
Me afastei e Camila a abraçou falando algumas coisas que não consegui ouvir. Só notava Vero sorrindo ainda mais e agradecendo.
- Vamos? Já podem vê-la. Está no quarto mamando.
Entramos no quarto e logo notamos aquele pacotinho envolto em uma manta cor de rosa. Um cheirinho de bebê limpinho tomava conta do quarto. Diferente do cheiro de hospital tão tradicional do ambiente.
Nos aproximamos falando baixinho e foi impossível contar as lágrimas com aquela cena... Camila nem se fala, né? Não consegui nem falar praticamente.
- Ela é tão linda... Hey Vic... seja bem-vinda meu amor! A dinda já te ama tanto. – Falei fazendo um carinho na sua mão vendo emitir alguns sons enquanto mamava.
Camila se aproximou e quando fez o mesmo carinho ela agarrou no seu dedo e apertou forte.
- Acho que ela gostou da dinda Mila... – Lucy comentou.
- Oh meu amor seremos muito amigas, viu? A dinda Mila vai ser sua comparsa, pode contar comigo! – Falou limpando as lágrimas e sorrindo toda boba para a pequena.
- Acho que você encontrou a vingança perfeita né, Cabello? – Vero falou um pouco mais distante, assistindo aquela cena.
- Pode apostar que sim!
(...)
Saí do banho enxugando meus cabelos, já vestida com uma regata branca e um shortinho de algodão, vendo Camila olhar pela milésima vez um catálogo que o cerimonial havia nos enviado com sugestões para a decoração.
- Qual a dúvida da vez? – Perguntei sorrindo
- Rosé ou salmão para os prendedores do guardanapos? – Perguntou sem olhar pra mim.
É sério que ela estava em dúvida sobre 6 ou meia dúzia para um detalhe que não faria a diferença em NADA? Fiquei parada olhando pra ela e ao notar o meu silêncio ela levantou uma sobrancelha.
- Amor... – Fiz uma pausa juntando as mãos como quem faz uma oração, enquanto me sentava ao seu lado – é a mesma coisa...
- A MESMA COISA???? Lauren eu não acredito que você está fazendo pouco da decoração da nossa festa de casamento!!!
Porra, palavras erradas...
- Camz eu quis dizer que pra mim é a mesma cor! E são apenas prendedores dos guardanapos amor. Ninguém liga...
- VOCÊ NÃO LIGA! SÓ VOCÊ! Porque pelo visto você também não se importa! – Porra, ela estava brava de verdade.
Palavras erradas de novo, parabéns pra mim. SQN.
- Ok, desculpa se me expressei mal. Só que pra mim realmente parecem a mesma cor Camz, mas se você diz que não é, eu vou confiar na sua escolha porque ambas são lindas... – Tentei amenizar mas era tarde, a latina já estava emburrada e bem puta por eu achar que salmão e rosé eram praticamente a mesma coisa.
E de fato pra mim continuam sendo.
Me aproximei dela tentando dar um beijinho mas ela se afastou, fechando o catálogo e colocando sobre a mesa de cabeceira, depois desligando o abajour e deitando se cobrindo até o pescoço.
- Não vou ganhar nem um boa noite? – Fiz um biquinho.
- Boa noite.
- Porra... Sério que você vai ficar com raiva por eu não saber diferenciar duas cores iguais?
- NÃO SÃO IGUAIS LAUREN!
- Ok, ok, não são iguais... – Levantei as mãos em um gesto de rendição. Fui para o meu lado da cama, me deitei e tentei ficar de conchinha nela.
- Desencosta. Não tô afim.
- Nem de dormir abraçada comigo? Poxa...
- Dormir abraçada ou não é a MESMA COISA. – Ela foi ríspida e eu senti a alfinetada.
Segurei o riso e me dediquei mais a fazer a raiva da minha noiva passar. Apertei seus ombros fazendo uma massagem.
- Desculpa meu bem, eu fui uma idiota em não saber diferencias essas duas colorações tão distintas...
- Você nem sequer se importa! Eu estou dando o máximo para que seja tudo perfeito... – Falou com a voz já meio embargada. Abracei ela e a puxei para um abraço.
Ela se virou para mim e a prendi contra o meu corpo.
- Vai ser perfeito desde que você esteja lá para me dizer sim. O resto é detalhe. Confio no seu bom gosto e o que achar que vai ser melhor eu assino em baixo!
Dei um selinho nela e ela pareceu estar mais deixando a raiva de lado.
- Agora o que acha de dormirmos, o dia foi cheio. E bom, vamos descansar enquanto podemos, porque quando for a nossa vez de ter um bebê em casa, sono vai ser algo raro.
Vi ela dar um sorriso fofo ao lembrar da nossa afilhada.
- Poderíamos aproveitar para fazer outras coisas que também vão ficar mais difíceis de fazer quando tivermos um bebê em casa... – Ela falou maliciosa beijando meu pescoço.
- Olha o bebê que me desculpe mas eu também vou querer ter um tempo a sós com a mãe dele... – Falei sorrindo e já puxando ela para cima de mim enquanto distribuía beijos no seu rosto.
Nhonnnnnnnnnnnn coisas fofas da minha vida!
E Vercy agora são mamães de um princesaaaa!
Votem e comentem!
Próximo cap talvez venha hoje ainda. Sejam bonzinhos que eu volto.