Bebidas e boiolices

Por OverShelter

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Onde Shen Qingqiu é um peso leve em relação a bebida. [BingQiu (de novo pq sim!) • Fluffy • Tá meio OOC • Bo... Más

Embriagado em felicidade - Cap.Bônus

Bêbado sim! Mas bêbado de amor! - Cap.Único

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Por OverShelter

É... E aqui estou eu com mais um plot BingQiu e nenhum WangXian...
JURO QUE UM DIA SAI!
Enfim, ficou meio OOC, mas vamos tentar pensar que o Shen agindo assim bêbado é Canon, ok?
Boa leitura!

Eram quase duas da manhã, e o grande lorde demoníaco, e também marido do mestre do pico Qing Jing, Luo Binghe, se mantinha acordado.

E por que? Por pura preocupação.

Preocupação pelo seu marido que sairá de tarde para uma reunião dos doze picos que, infelizmente, ele não pudera ir graças a alguns problemas do mundo demoníaco, e até agora não havia retornado.

Andava de um lado pro outro em frente a casa de ambos, roendo as unhas em nervosismo, e se questionando se levaria uma bronca muito grande caso invadisse a reunião com a desculpa de "resgatar" o esposo.

Foi quando estava prestes a tacar o famoso foda-se, que viu de canto de olho, Liu Qingge vindo em sua direção em sua espada voadora, com o seu esposo a reboque.

— Shizun! — Chamou quando eles estavam no chão.

Liu o olhou com desgosto, e sem um pingo de delicadeza, jogou um Shen Qingqiu, aparentemente desmaiado, para si, parecendo estar sem paciência.

Binghe mais que depressa tratou de circular os braços em torno do corpo esguio, tentando escondê-lo do olhar do mais velho.

— Liu… Shishu. — Cuspiu, com extrema dificuldade. — Obrigado por trazer meu esposo de volta. — Agradeceu, sem um pingo sequer de sinceridade.

Ouviu um tsk, mas nem pôde falar algo, pois Qingqiu, em seus braços, começou a resmungar, o fazendo, pela primeira vez naquela noite, olha-lo e automaticamente estreitar os olhos perigosamente ao ver as bochechas coradas, o olhar perdido, e ao sentir o cheiro de bebida.

— Você… O que você fez!? — Exclamou, segurando o rosto macio com delicadeza, verificando cada pedacinho de pele visível. O que não era muita.

Qingge bufou e montou uma carranca horrível, deixando claro o quão irritado e ofendido estava com aquela pergunta.

— Eu não fiz nada. Ele bebeu porque quis. — Explicou, voltando a subir em sua espada, parecendo não querer mais conversar.

Ele nem deu tempo para Binghe falar algo, e saiu dali o mais rápido o possível, sentindo os pelos do corpo se arrepiarem ao lembrar o modo como Shen Qingqiu ficava ao ficar bêbado.

Era nojento!

— Aquele…! — Resmungou, vendo com raiva o outro desaparecer na noite.

Respirou fundo, tentando conter a raiva, decidido a dar pelo menos um soco no Liu pela manhã. E também a dar uma leve lição nos outros lordes, como uma minúscula compensação pelo estado em que deixaram seu precioso esposo.

No entanto, esses pequenos pensamentos simplesmente evaporaram de sua mente quando sentiu lábios quentes e macios sendo pressionados contra sua bochecha.

Arregalou os olhos, sentindo o corpo travar pelo choque e olhou para a pessoa em seus braços, que agora o olhava de um jeito tão terno que o poderia fazer derreter.

— Shi-shizun…? — Chamou incerto.

Shen Qingqiu sorriu em resposta, se sentindo meio tonto, mas também leve. Como se nada pudesse o prender ao chão.

Para falar a verdade, ele estava consciente nesse tempo todo. Era só que depois de ser jogado nos braços de Luo Binghe, seu cérebro pareceu derreter quando seu olfato foi de encontro ao cheiro viciante que o maior tinha.

Binghe cheirava tão, tão bem. Às vezes só queria enterrar o rosto nas vestes dele e ficar lá o resto do dia.

Por isso, sem se importar com mais nada, enfiou o rosto no pescoço do outro, respirando profundamente, tentando não perder nem um mísero pedacinho daquele cheiro tão bom.

O Luo se arrepiou todo, segurando com força a cintura estreita do menor, sentindo o rosto esquentar junto ao acelerar absurdo de seu coração.

O que estava acontecendo?!

— Shi-shi-shizun… Este… Este… Eu… — Gaguejou, sem saber mais o que falava. Se tremendo todo ao sentir o mais velho movimentar o nariz pelo seu pescoço.

Shen Qingqiu riu de leve, e finalmente tirou o rosto dali. E quando levantou a cabeça para olhar o maior, paralisou, deixando o olhar se fixar no marido. O que, obviamente, fez Binghe se preocupar.

Abriu a boca, querendo perguntar, mas teve que se calar graças a um murmúrio que quase lhe fez gritar.

Por que você tem que ser tão bonito?

Aquela não seria uma madrugada fácil para Luo Binghe.

☆゚.*・。゚☆゚.*・。゚☆゚.*・。゚

— Va-vamos lá, tome um copo d'água. — Pediu, deixando o copo em frente ao menor, que ainda tinha os olhos fixos em si.

Desviou o olhar sem jeito, sentindo o rosto enrubescer. Céus! Céus! Céus! Como queria gritar naquele momento!

— Eu não preciso de água, apenas me deixe te olhar. — Respondeu, engatinhando até estar em frente dele, para em seguida passar os dedos finos por suas bochechas, parecendo fascinado. — Uol… — Sussurrou, encantado. — É tão macio… Sério, como você pode ser tão lindo?! Isso é tão errado! É como se toda a beleza do universo nem tivesse como se comparar… — Resmungou se levantando um pouco e passando a mão direita por seu cabelo, enquanto a esquerda estava em sua testa.

Apertou as mãos, se forçando a ficar parado. Mas, por deus! Como era difícil! O corpo cheiroso de seu Shizun estava praticamente em cima dele. Seus rostos colados. As respirações se misturando… e o pior! Ele parecia tão fascinado pelo seu rosto… Binghe nunca tinha visto ele assim! Pra falar a verdade, Binghe sequer sabia que Shen Qingqiu o achava tão bonito!

Queria gritar e se contorcer com aquela informação! Também queria esmagar o outro em um abraço! No entanto, mais que tudo isso, ele queria ouvir mais do que o mais velho tinha a falar. Afinal, Qingqiu raramente bebia até chegar nesse estado.

E Binghe nunca se perdoaria se perdesse isso.

— Sério! Eu só não consigo acreditar! Parece até que usaram magia pra fazer você! Quer dizer, olha como seus olhos parecem conter galáxias de tão brilhantes! E céus! Sua boca é tão macia e perfeitinha! Ah! Mas suas orelhas também são tão fofas! Tipo, como pode ser possível que até mesmo sua orelha seja atraente!? Isso sequer é legal!? — Disparou, passando as mãos por todo o lugar, deixando o maior ofegante.

O menor se calou quando sua mão parou no peito do outro. Seu olhar fixo numa cicatriz ali. Seu dedo traçou o machucado delicadamente, como se tivesse medo de que pudesse abri-lo de novo se botasse muita força.

O Luo, ao reparar o silêncio, olhou para o outro, se sentindo confuso com o olhar fixo dele em seu peito.

Sinto muito…

O murmúrio, num tom recheado de culpa e dor, o fez arregalar os olhos e apertar o mais velho com força em um abraço.

Queria perguntar o por quê disso, mas automaticamente entendeu ao se lembrar de onde a mão dele estava.

Sorriu de leve, com certa nostalgia até, e o trouxe para seu colo. Não sabia ao certo o que falar. Aquilo tinha acontecido há muito tempo. Tempo até demais. E sinceramente? Luo Binghe nunca realmente havia culpado Shen Qingqiu por jogá-lo no abismo. Só havia ficado magoado com o pensamento de que sua pessoa mais preciosa não o queria. E certo, teve um pouco de raiva também quando voltou e viu que ele parecia terrivelmente desgostoso em vê-lo. Mas tudo isso desapareceu com o tempo e com os anos, principalmente depois de que, um tempo de casados, ele lhe explicou que estava apenas com medo de que Binghe estivesse com raiva naquela época.

Hoje em dia essa história nem lhe incomodava mais. Apenas o fazia pensar que talvez tivesse sido melhor se na época eles tivessem sentado e tido uma boa conversa.

— Isso… Você sabe, aconteceu há tanto tempo… E pra mim, o melhor pedido de desculpas é poder ter você comigo todos os dias… — Murmurou, afagando de leve os cabelos negros como a noite. Sentiu o menor apertar suas vestes, como se estivesse discordando. — Certo. Eu posso ter ficado magoado naquele tempo, mas isso já não importa mais. — Continuou, levantando o rosto alheio. Riu com o bico pequeno que ele tinha feito.

— Mesmo assim… Eu te machuquei muito. E não foi só uma vez. Muito menos só fisicamente… — Sussurrou a última parte, sentindo o coração se contrair.

Vinha pensando muito nisso nas últimas semanas. Não entendia como Binghe nunca lhe cobrara um pedido de desculpas sequer. Ou de como nunca havia reclamado de quão insensível ele fora naquele ano.

Exatamente por isso que, ao chegar na reunião, não pôde evitar beber mais que o normal. Em uma tentativa frustrada de descontar todo aquele desconforto.

— Eu também te machuquei, tenho certeza. — Retrucou, com um olhar triste. — E sabe, está tudo bem. Por que, assim como você nunca me culpou, eu também não te culpo. É apenas que faltou certa comunicação entre nós nessas vezes. — Completou risonho.

— … Eu realmente não te entendo. — Disse depois de um longo tempo o olhando.

Binghe riu sem jeito e o ajeitou, para que pudesse ficar mais confortável, apoiando o queixo em seu ombro.

— Hmm, talvez seja por que eu te amo demais…? — Se perguntou, sem realmente saber explicar o porquê.

Essa frase tirou qualquer palavra que Shen Qingqiu sequer poderia pensar como resposta.

Ele apenas não… Sabia o que fazer. Ainda se sentia meio incomodado, mas também não conseguia controlar o grande sentimento de felicidade e aconchego que sentia graças a essas palavras. Afinal, mesmo sabendo disso há muito tempo, ainda era incrivelmente mágico ouvir um "eu te amo" do outro.

Por fim apenas suspirou e passou os braços pelo pescoço do marido, o vendo tirar a cabeça de seu ombro e lhe olhar daquele jeito. Daquele jeito que lhe fazia sentir o coração inchar de amor.

Sabia que deveria falar algo, nem que fosse algo mínimo, no entanto suas palavras pareciam presas.

Por isso, resolveu usar gestos.

Foi com muita surpresa que Binghe viu Shen Qingqiu se inclinar e, então, ele sentiu e viu o mais velho esfregar sutilmente o nariz contra o dele, em um gesto muito fofo, para em seguida colar seus lábios finos e macios contra os seus, em um gesto delicado, mas repleto dos mais sinceros sentimentos.

Não tinha resposta melhor que essa.

Antes que pudesse reagir, ele separou seus lábios. E sorriu. Um sorriso grande e amável, que parecia denotar bem tudo o que sentia naquele momento.

— No fim, eu sou o mais sortudo. — Murmurou, ainda com aquele sorriso, encostando a cabeça em seu peitoral, e deixando um leve beijo na cicatriz que ali jazia.

E Binghe pôde apenas observar, tentando arduamente, como já fazia desde o beijo na bochecha, controlar suas incontáveis lágrimas.

Mas não conseguiu. Não depois de reparar que seu Shizun havia caído no sono.

Deus… — Gemeu, o deitando de maneira correta e botando a cabeça dele em seu colo.

Ainda chorando silenciosamente, acabou por sorrir como um tolo só de lembrar de tudo o que havia acontecido. Seu coração parecia prestes a explodir graças à tonelada de sentimentos que ele tentava arduamente reter.

Então por hora, ele apenas iria tentar se acalmar enquanto fazia um leve cafuné nos cabelos absurdamente macios de seu esposo e deixava as lágrimas fluírem.

Por que, céus…! Ele apenas o amava demais.

Eu sei, sai de fofo pra profundo do nada, mas cara! EU ME SENTI VINGADA ESCREVENDO ELES FALANDO DISSO OK!
E sei lá, eles, nesse plot, tem oq? Uns seis anos de casados?
Obviamente eles acabaram conversando sobre o passado, então só uni o útil ao agradável...
Espero realmente que vocês tenham gostado, e que, bom, vocês também tenham se sentido vingados!
Uma hora talvez eu troque a capa por uma mais bonitinha
ATÉ A PRÓXIMA!

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