Adore You.

By LetciaPereira338

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Sibéria. Dois mil e dezessete. Amber Johnson. Tudo começa quando, um ano após a Guerra Civil, Steve Rogers... More

Cast
Prólogo (0.1)
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Século XXI (Primeira Parte)
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Segunda Parte.
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Terceira Parte.
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By LetciaPereira338









O sol brilhava em um tom intenso de dourado quando abri os olhos. Entrando pela janela, tampei a claridade com as mãos. Um dor de cabeça horrível estava martelando em mim e eu sentia o mesmo gosto amargo de toda manhã na boca. 

Antes que me desse vontade de vomitar, levantei do sofá, esfregando os olhos. Então, encarei a sala. Mas acabei levando um pequeno susto quando percebi que não estava em casa. Olhei ao redor, franzindo minha testa. 

E só então, lembrei que eu tinha vindo para Wakanda. Devagar, virei o rosto para trás de mim, olhando por cima dos meus ombros. Eu tinha medo da cama estar vazia, mas graças a Deus, Bucky dormia de bruços, largado. Soltei o ar e Suspirei. 

Levantei da cama, devagar, e corri para a portinha do banheiro, trancando ao entrar. Antes de fazer qualquer coisa, agachei em frente ao vaso, segurando meu cabelo para trás. O gosto amargo do vômito passou pela minha boca e eu fiz uma anotação mental de nunca mais comer tanto pernil de uma vez, muito menos com suco de manga. 

Terminei de vomitar e levantei da frente do vaso, indo até a pia e escovando os dentes. Depois, tirei a roupa e entrei no chuveiro, tomando um banho gelado. Deixei a água relaxar todos os meus músculos cansados e saí do banheiro, indo de toalha até a minha mala no canto do quarto. 

Era óbvio que eu tinha visto com o canto dos olhos que Bucky tinha acordado e estava esticado na cama, brincando com Ameixa. Mas fingi que não e me concentrei em catar minhas roupas dentro da mala. Eu sentia o olhar dele queimando em cima de mim. 

Dei uma pequena olhada para o relógio na parede e percebi que tínhamos só duas horas para chegar na reunião. Então, ainda sorrindo e sentindo ele olhar para mim, deixei a toalha cair no chão, de costas para ele. 

Foi o tempo de pegar a calcinha e vestir, senti as duas mãos de Bucky na minha cintura, me puxando contra o corpo dele, com força. 

-Bucky! - Reclamei, rindo. 

-Você me deixa louco, sabia? - Bucky mordeu meu pescoço, chupando com força. Só consegui gemer. - Eu estava com tanta saudade… Puta que pariu, mulher! Eu te quero, agora! 

Virei de frente para ele, levando as mãos de Bucky aos meus seios. Não demorou muito e ela parou de me beijar para substituir as mãos pela boca, descendo os dedos por dentro da minha calcinha, me estimulando. 

Encostei na parede atrás de mim e me segurei nos ombros dele, deixando alguns gemidos escaparem pela minha boca, enquanto puxava os cabelos dele, em resposta aos dedos dele, que entravam e saiam de mim, de tempos em tempos, me deixando mais excitada. 

Com um puxão, Bucky abaixou minha calcinha até metade das minhas pernas e desceu beijos molhados, até chegar na minha intimidade, lambendo, bem devagar. 

Me segurei nele, sentindo que tinha alcançado o céu naquele minuto. Fechei os olhos, com força, sem ligar para o fato de que eu estava implorando para ele não parar. Graças aos céus, ele me atendeu. 

Eu sentia meu peito acelerar e minhas pernas ficarem fracas a cada vez que ele alternava lambidas, chupadas e mordidas. A cada vez que ele levava os dedos até mim, me invadindo, me deixando mais e mais molhada. Eu chegava a suar quando Bucky me puxou pela bunda, me mantendo mais perto dele e me invandindo com a língua. 

Minutos depois, um grito escapou da minha boca e eu senti meu corpo inteiro pegando fogo. Levei vários minutos e espasmos para conseguir reduzir o fogo. Tinha sido tão intenso que meus olhos estavam cheios de lágrimas. 

Bucky esperou até que meu fogo tivesse diminuído e me pegou pelo rosto, sorrindo, safado. Nos beijamos intensamente. 

-Você é… uma… Delícia! 

-Bucky! - Comecei a rir, levando minhas mãos a barra da blusa dele e puxando para cima. 

Meu olhar parou em algumas cicatrizes sobre a barriga e o peito que não estavam lá antes. Corri minhas mãos por elas, encarando ele, preocupada. 

-O que fizeram com você? 

-Vai me contar porquê está mancando? - Bucky perguntou, baixo. 

-Eu quebrei o pé. - Encarei os olhos dele. - E você? 

-Um pouco de tortura, nada demais. 

Arfei, vendo uma que, particularmente, devia ter sido a pior. Tinha sido costurada de qualquer maneira de forma que era toda irregular, próxima à costela esquerda. Fechei meus punhos e o encarei. 

-Eu juro… Assim que eu achar eles, nem que eu fique sem respostas… Eu vou matar um por um! 

Bucky assentiu, com a testa Franzida. 

-Tudo bem, mas… Você pode me ajudar a resolver meu problema, Amberly? 

Franzi a testa, inclinando a cabeça para o lado. 

-Que problema? 

-Aqui embaixo. 

-Aaaah! - Soltei uma risada e concordei. - Claro, amor! 

Empurrei Bucky para a cama e sentei no colo dele, sentindo ele me puxar para si, enquanto eu distribuia beijos pelo corpo dele. 

-Eu te amo, Amberly. - Bucky puxou meu rosto e me beijou. - Te amo tanto! Tanto! Tanto! 

Eu já estava desabotoando a calça dele quando ouvimos um barulho alto e uma voz soando dentro do quarto. 

-Bom dia, seus dorm… 

Pulei do colo de Bucky e escondi meu corpo atrás do dele. Por um momento, nem eu, nem Bucky, muito menos Sam, que tinha entrado pelas janelas com a asa de Falcão, falamos nada. 

-O que vocês estavam fazendo? 

-Tentando transar. - Falei, levando uma cotovelada de Bucky. - Ai! 

-Achei que fosse isso… - Sam esfregou o rosto, claramente constrangido. - Eu tentei bater na porta, mas ninguém atendeu e como eu ouvi barulhos, achei que podiam estar se matando, sei lá… 

-Samuel? - Bucky o encarou, mortalmente, ainda me mantendo atrás dele. - Sai. Agora. 

-Ah, mas é que eu vim deixar um recado! 

-Qual?! - Perguntamos juntos. 

-A reunião foi adiantada. Vocês tem meia hora para chegar na sala. 

Assentimos, entendendo. Sam continuou sem se mancar. Então, fiz uma bola de fogo e joguei nele, com toda a força que pude. Sam abaixou e quase levou com a bola na cara. 

-Hey?!

-Cai fora! 

-Ah, tá bom! - Sam revirou os olhos e foi para a janela. Ele fez menção de pular, depois virou para a gente. - Conselho de amigo: Se eu fosse você, Bucky, ia devagar com ela. A Amber tem passado muito mal esses dias, então não sei se ela aguenta um super soldado! 

Sam pulou da janela assim que joguei um jato de fogo nele por cima da cabeça de Bucky. Ameixa levou um susto e foi se esconde embaixo da cama. Xinguei ele, mas o estrago já estava feito. 

Bucky me encarava, preocupado. 

-Você tá passando mal? 

-É exagero dele! - Respondi, irritada, indo catar minha calcinha que ficou no chão. 

-Amber, você está magra e pálida igual a um palito. O que aconteceu? 

-Nada, James. - Continuei irritada, pegando meu sutiã. 

-O Sam é a pessoa mais distraída que conheço. Se ele notou, você está mesmo ruim! Você está doente? 

Joguei a blusa dele, mas Bucky indicou que ia para o chuveiro, insistindo por mais algumas vezes. No fim, quando eu fiquei tão irritada com ele que minhas veias brilharam, incandecentes, Bucky desistiu. Avisei que ia na frente para tentar tomar café da manhã, já que eu estava faminta e ele concordou, avisando que ia tentar falar com a Shuri antes da reunião. 

Antes que ele entrasse no chuveiro, o chamei. Ele me encarou. 

-Desculpa? Eu tô meio confusa ainda… 

-Tudo bem. - Bucky deu de ombros. - Eu te irritei mesmo… É só que eu fiquei preocupado. 

-Sem motivo! - Argumentei  - Eu estou bem. De verdade. 

-Okay. Aliás, Amber… Vê se consegue guardar uns bacons para mim? 

Assenti e saí do quarto, caminhando pelos corredores e tentando pensar. Ele estava vivo. Steve estava vivo. Eu estava uma mistura de sentimentos! Eu estava feliz, alegre, excitada, decepcionada, ansiosa… 

Era tanta coisa que minha vontade era de sair correndo gritando e incendiando! 

Acabei me perdendo, perdida nos pensamentos, e esbarrei em alguém. Quase caí no chão mas senti dois braços fortes me segurando e encarei um par de olhos verdes. Abri um sorriso enorme, mesmo sabendo que ele tinha sido um filha da puta em mais de uma oportunidade, mas minha preocupação era maior do que a raiva que eu tinha de Steve. 

-Amber?! 

-Steve! - O abracei, com força. - Minha nossa! Você está bem! 

-É, pois é! - Ele riu, me abraçando de volta. - E você? Como está? 

O larguei e dei de ombros. 

-Eu estou melhor agora que encontrei vocês. 

Ele assentiu. Mas não demorou muito e enfiei um tapão com toda a minha força na nuca dele, o que fez Steve cair para frente e me encarar, surpreso. 

-Não podia ter aberto a porra da boca e ter dito que suspeitava do Fury, Caralho?! Quantad vezes vou ter que repetir que não se guarda segredo com coisas assim?! 

-Calma, Amber! 

-Calma é o cacete! - Berrei dando mais um tapa nele. - Seu filho da puta! 

-Eita, o que foi que você fez?! 

Natasha apareceu com Sam os dois me seguraram. 

-Nada! 

-Ele convenceu o Bucky a não dizer que era o Fury o traidor antes de ter certeza! 

-Ah…- Sam deu de ombros. - Nesse caso podemos soltar ela! 

-Samuel! - Natasha reclamou, dando um tapa na própria testa. - Amber, pelo amor de Deus, mulher… Vamos comer? 

-Claro! 

Me soltei deles e comecei a caminhar. 

-É para o outro lado, Amber. 

-Claro! Eu sabia! 

Virei o lado e voltei a andar. Os três foram atrás de mim, conversando animados. O cheiro de panquecas entregou onde era o saguão e eu quase fui saltitando até lá, sentando na primeira mesa vazia que achei. O saguão estava relativamente cheio naquela manhã, com várias pessoas transitando. 

Natasha sentou ao meu lado e Sam e Steve na nossa frente. Guardei um lugar para Bucky e acho que Natasha guardou um para Hope. Então, começamos a conversar sobre como foi a reação de cada um quando viram Steve e eu contei da minha quando vi Bucky. 

Percebi que, enquanto comia as panquecas boiando no mel, Sam não tirava os olhos de mim e que por duas vezes, Natasha meteu o pé na canela dele, por baixo da mesa, de forma disfarçada. Mas quando ela percebeu que eu vi, deu um sorriso disfarçado. 

Os dois encararam Steve, que falava sobre como ele tinha tido a idéia de pensar em Tchalla, já que não fazia idéia se podia contar com alguém da Shield. Então, Bucky e Rebecca surgiram abraçados na entrada do Saguão, conversando com Hope. Natasha virou para Steve. 

-Oh, Steve! Olha lá a Rebecca!! Você estava perguntando por ela agora há pouco! Vai lá! 

-Para que? - Ele franziu a testa. - Ela vem aqui! 

-Steve, levanta agora e vai falar com a Rebecca! 

Ergui as sombrancelhas com o tom de voz de Natasha. Steve franziu a testa, mas assentiu e levantou da cadeira, indo encontrar com os três. Natasha e Sam se inclinaram para frente, trocando olhares cúmplices. 

-Você lembra que eu queria falar contigo? - Sam questionou. 

-Lembro, é claro! 

-Vou perguntar de uma vez já que temos pouco tempo! - Natasha falou e Sam assentiu. Os dois viraram para mim. - Amber, você está grávida? 

Levei alguns segundos para registrar a pergunta e neguei, rindo. 

-Claro que não! 

-Sua menstruação tem vindo certinho? - Sam perguntou. 

Franzi a testa, mas descartei a hipótese. 

-Gente, eu não tô grávida! - Falei baixo. - Eu nem sei se a temperatura do meu corpo suporta uma gravidez! 

-Mas você está vomitando que nem doida, chorando à toa, dormindo demais… 

Dei de ombros. 

-Não se preocupa, gente. Agora, calem a boca que o Bucky tá vindo aí! 

Eles calaram, mas não pareceram muito satisfeitos. 

Cerca de vinte minutos depois, após Bucky se entupir de tanto bacon que eu não sei como ele ainda não tinha tido um infarto, caminhamos todos juntos para a sala de reunião, que era uma sala ampla com janelas panorâmicas e chão de madeira. Havia apenas uma mesa eletrônica no centro e várias cadeiras dispostas por ela. 

Acabei levando, minutos depois, um pequeno susto quando ouvi a voz do Rei Tchalla nas minhas costas. 

-Eu disse que eles não estavam mortos, eu não disse? 

Me virei e o encarei, sorrindo, envergonhada. 

-O Senhor podia ter sido mais especifico, não acha? 

Tchalla riu e me deu um abraço rápido, encarando Bucky. 

-Ela me deu trabalho, sabia? Achei que íamos mesmo que apelar para o plano da Shuri! 

-Eu imagino… 

-Qual era o plano da Shuri? - Steve franziu a testa. 

-Ela era a favor de invadir o apartamento d vocês, amarrar a Amber, passar pomada antiqueimadura pelo corpo todo e trazer ela à força. 

Começamos a rir e, como em um passe de mágica, Shuri apareceu, trocando um olhar com Bucky. Ele assentiu e ela sorriu, mas não perguntei nada. Eles eram amigos e eu não ia me meter na amizade deles bancando a ciumenta curiosa. 

Então, logo após, Phill Coulson entrou, sendo seguido por Tony Stark e Bruce Benner. Sentei entre Natasha e Sam, na segunda fileira de cadeiras. Steve ficou na minha frente e Bucky, na de Sam, o que fazia ele chutar o tempo todo a cadeira de Bucky, de propósito. Eu só estava esperando o socão que ele ia acabar levando… 

-Bom dia,pessoal! Bem, como vocês devem já ter reparado, Steve Rogers e Bucky Barns estão vivos e bem! - Phill começou a falar, mas foi interrompido por Tony, que fingiu uma careta surpresa.  

-Minha nossa! Eles estão vivos de verdade?! Eu achei que tinha sido o excesso de vinho na noite passada! Aaaaah, vem aqui, Doritos! Que saudade que eu estava de você! 

Não aguentei a risada quando Tony se jogou em cima de Steve, o "abraçando" exageradamente. 

-Me larga, Tony! - Steve reclamou. - Cacete! Até parece que não falou comigo ontem! 

-Tony, por favor! - Coulson reclamou, claramente, se controlando para não esganar o Tony. 

Quando todos se acalmaram, inclusive eu, Coulson continuou. 

-Bem, eu não vou mentir E eu sei que vai ter gente que vai me odiar, mas eu sabia que o Bucky e o Steve estavam aqui desde o início, logo depois que perdemos o rastro deles na Sibéria. Mas eu, como atual diretor da Shield, entendo a importância de acharem, ao menos por enquanto, que Bucky e Steve estão mortos. E é por isso que trouxe vocês para cá: Cada um de vocês, a partir de hoje, vai ser dado como morto. 

-Qual o objetivo disso? - Natasha questionou. 

-O objetivo, Romanoff, é fazer com que Martin Johnson pense que perdeu os maiores tesouros e triunfos dele: Amber, Hope, Rebecca, Steve e Bucky. Sem isso, o homem não tem objetivos reais. Não tem chão. 

-E por quanto tempo vamos fazer isso? - Hope voltou a perguntar. - Não que eu esteja reclamando, claro… 

-Por uns dias. - Foi Tchalla quem respondeu. - Só até vermos o que vamos fazer com Fury e se ele revela algo… 

-É mais fácil ele morrer infartado! - Tony exclamou rolando os olhos. - Aquele é o Fury! Os segredos dele tem segredos! 

-É, mas já descobrimos que ele sabia da NovaCorps o tempo todo! Assim como sabia da Hydra. - Steve explicou, olhando ao redor. - Afinal, Arnim Zola foi quem ajudou a montar a Shield como um prisioneiro. Óbvio que haviam infiltrados! Só que ninguém sabia que haviam infiltrados dos dois lados! 

-Aliás, ainda não entendi uma coisa… - Bruce encarou Steve. - Por que você não disse que suspeitava dele? 

Todos viramos para Steve, mas foi Bucky quem respondeu. 

-Porque achamos que era panóia. - Ele deu de ombros. - Quer dizer, pelo amor de Deus! Suspeitar do Fury parecia ser a coisa mais ridícula do mundo, mas combinamos de ficar de olho nele. O problema foi que nossa ficha caiu tarde demais. Só com a viagem ao Brasil. 

-Fomos lá á toa, praticamente.- Natasha comentou. 

-Pois é… - Steve concordou. - E ele sumiu alegando que Tchalla precisou de ajuda! Mas o Bucky só me informou que ele não estava por lá, tarde demais. 

-Eu ainda não entendi o que ele ganharia entregando todo mundo! Encaramos Rebecca. Shuri ergueu a mão, pedindo a palavra. Tchalla cedeu. 

-Bem… Eu não posso afirmar com certeza, ma analisando esse homem… Ele não parece ser uma cara ruim, entende? Mas na minha concepção, ele gosta do poder, do controle… A prova disso é que sabia de tudo por debaixo dos panos, mas contanto que não atrapalhasse os planos dele, ele ia fechar os olhos. 

-Ele sabia que os únicos triunfos dele e do avô da Amber, agora que a Hydra tinha caído, eram as meninas com super poderes e por isso, precisava descongelar elas. 

-Mas como ele sabia do meu envolvimento com o Bucky e o Steve? - Perguntei. 

Silêncio. 

-Bem, ele sabia de tudo da sua vida, né? Talvez tenha associado, não sei… 

-O Fury descobriu por acaso. - Steve declarou de repente, atraindo a atenção dele para a gente. - Seu avô poderia até me cobiçar ou ao Bucky, mas não tinha nada a ver contigo. Afinal, o Zemo foi um plano do Fury para desestabilizar a gente. 

Encarei ele, levamente confusa. Assim como todos. Steve suspirou. 

-Se a Hydra participava da Shield, era óbvio que o Furu sabia quem você, Bucky, era e, convenientemente, você o atacou, se revelando para mim. 

-O Zemo disse que o Fury o procurou. - Tony revelou o que eu e Natasha já sabíamos há meses. - Ele disse que sabia que o Zemo estava procurando uma forma de vingança por causa do que fizemos em Sockóvia, e entregou para ele o livro que ativava as palavras, a fita de gravação da morte dos meus pais… 

Bucky abaixou a cabeça e eu estiquei a mão, segurando o ombro dele. Bucky a pegou e a beijou, entrelaçando meus dedos com os dele por cima dos seus ombros. 

-Enfim… 

-Foi investigando o passado do Soldado Invernal e do Steve, que Fury achou uma foto. - Steve tirou uma foto do bolso e me entregou. - E aí, ele associou um mais um. 

Peguei a foto na mão e a encarei. Eu estava sorrindo para a câmera, ao lado de Steve, que apesar de estar sério, tinha um ar divertido. Hope estava do meu lado, abraçando Rebecca pelos ombros e, ao fundo, Bucky revirava os olhos. Esse foto tinha sido tirada no último ano do colégio do Bucky e no meu primeiro. Sorri. 

-Vira atrás. 

Obedeci. 

Em letras curvas e bonitas, que identifiquei como minha própria, escrevi nossos nomes, mas desenhei um coração ao lado do nome de Steve. 

-Nossa… Como você sabe disso? - Perguntei. 

-Fui eu que descobri. - Bucky exclamou. - Escutei uma conversa do seu avô com o Fury e eles citavam uma tal foto. Achei a foto minutos depois, quando eles sairam da sala. Parece que estava nas coisas da sua mãe quando ela morreu… 

Assenti, devolvendo a foto a Steve. 

-Bem, e aí, ele deduziu que éramos namoradinhos e decidiu me descongelar?

Steve hesitou. Todos encaramos ele. Observei ele abaixar a cabeça e bufar. 

-Talvez, eu tenha falado um pouco demais de você em uma festa que o Tony deu… - Steve admitiu. - Agora eu sei que ele queria informações, mas… Sei lá. Na hora parecia que apenas estávamos trocando experiências mesmo, sabe? Histórias de quando éramos adolescentes… Essas coisas. Nunca imaginei que eu… Quer dizer, eu achei que eu estava falando de você, não sendo induzido a falar! 

Silêncio. 

-Ele é um velho esperto! - Natasha comentou. 

-E o Steve é um velho burro! - Tony revirou os olhos. 

-Tony! - Bruce retrucou. 

-Que foi?! Eu não menti! - Tony se defendeu, fazendo Steve rolar os olhos e bufar, entediado. - Se ele fosse esperto, saberia diferenciar falar por vontade própria e ser induzido a falar! 

-Se você fosse esperto, não tinha criado o Ultron ou provocado a Guerra Civil! - Steve retrucou. 

Dei um tapa nele, ao mesmo tempo que Rebecca e Natasha. Não adiantou, Tony caminhou até a frente de Steve, onde os dois ficaram se encarando. 

-E eu já pedi desculpas! 

-Que bom! Eu também me arrependi, está bem?! 

-Vocês dois não vão começar a brigar agora, vão? - Bruce indagou, se metendo na frente dos dois. 

-Foi ele quem começou! - Steve apontou. 

-Foi você quem começou tudo isso! Você, sua boca grande e o seu fogo no rabo! 

Não aguentei a gargalhada, mas tentei fazer ela parar quando Bucky estreitou os olhos para mim, sério. 

-Falou o gênio que também não suspeitou antes! Precisou de um vilão para mostrar a ele! 

-Ao menos, eu deduzi! 

-Calem a boca! - Coulson reclamou. 

Foi ignorado com sucesso quando Steve e Tony avançaram um contra o outro e apenas não caíram no soco porque Bruce continuou os separando, ao mesmo tempo que Tchalla segurava Tony e Bucky pulou para segurar Steve pela blusa. Sam e Natasha também foram ajudar a separar e eu caí na risada quando ouvi Rebecca, Hope e Shuri mandando deixar se matarem. 

-Que vença o melhor, gente! 

-Calada, Shuri! - Tchalla reclamou. 

-Eu concordo com ela! - Rebecca gritou. - Que saia vivo o melhor! 

-Quer controlar a sua irmã, Bucky?! - Tony retrucou. 

Por uns segundos, foi bastante divertido ver todo mundo se embolando e quase caindo na porrada, mas depois, começou a ficar muito barulho e até Bruce desistiu, ficando levemente Esverdeado. 

A dor de cabeça que eu estava desde manhã piorou em segundos e eu sentia minhas mãos tremendo. Eu estava muito nervosa, mas um nervoso que não parecia pertencer a mim. Meu fogo começou a se agitar nas minhas veias e eu senti que se não soltasse ele, poderia explodir em milhões de pedacinhos. 

Por sorte, Hope estava prestando atenção em mim e deu um grito alto, quase algo como "FOGO! ABAIXEM!". Foi o tempo de todos caírem no chão e estiquei minhas mãos para a janela, fazendo elas explodirem em um milhão de pedacinhos quando minhas mãos explodiram em dois jatos quentes e grossos de fogo. Eu sentia minha garganta queimando e, provavelmente, eu gritava, enquanto aquele fogo todo saía de dentro de mim. 

O estrago só não foi maior porque Rebecca segurou os cacos de vidro, impedindo que eles se espalhassem pelo chão e Hope começou a me congelar, fazendo com que o fogo, que tinha tudo para se tornar um incêndio, não passasse apenas de uma fogueira. 

Caí, exausta no chão, enquanto o pessoal levantava e olhava ao redor. Rebecca abaixou, os vidros, lentamente, ao mesmo tempo que Bucky agachou ao meu lado, junto com Bruce.

-O que aconteceu com ela? - Bucky indagou, preocupado. - Bruce! 

-Eu acho que ela teve uma sobrecarga de sentimentos, Bucky. - Bruce explicou, checando minha temperatura. 

Só o silêncio reinava na sala, enquanto eu me forçava a voltar a respirar normalmente. 

-Sobrecarga de sentimentos? Mas que merda é essa?! 

-Ela… Ela estava com descontrole emocional. - Bruce explicou. - Desde que você e o Steve sumiram, Amber não conseguia mais controlar o fogo direito. Eu acho que vir para cá, ver vocês, saber disso tudo, a briga… Deve ter sido o ápice dela. 

Concordei, ainda sentindo a garganta queimar, mas já conseguido levantar, apoiada nos dois. Procurei Tchalla com os olhos e o achei, me olhando, provavelmente, irritado. Ou…? Bem, ele não parecia aborrecido. Estava até com um pequeno sorriso. 

Mesmo assim, forcei minha voz a sair. 

-Desculpe pelo prejuízo das janelas. Eu juro que vou pagar! 

-Que? - Ele sorriu. - Ah, as janelas? Não se preocupa, garota. Fazia tempos que eu queria trocar essas janelas… Eu tô verdadeiramente impressionado é com suas habilidades! 

Abaixei a cabeça, envergonhada. Steve apareceu ao meu lado e eu não precisei nem mesmo virar para saber que era ele: O Cheiro do perfume de Steve me embrulhou o estômago e eu aceitei o copo de água, mas tentei me afastar dele. 

O problema foi só que, tanto ele, quanto Bruce e Bucky acharam que eu estava caindo e os três chegaram perto demais de mim de novo, me fazendo sentir o perfume de Steve. 

-Sai de perto! - Berrei, olhando para ele. 

Steve franziu a testa. 

-Ué? O que foi? 

-É o seu cheiro! 

-O que tem o meu cheiro? 

Não respondi. Todas as panquecas que comi no café da manhã voltaram de uma vez e eu só percebi que tinha vomitado, quando todo mundo arfou e Steve fez uma careta de nojo. 

Arregalei os olhos e segurei a segunda onda de vômito, saindo correndo da sala e me escondendo dentro de um banheiro que Gahala me indicou até a hora do almoço. 

Encarei o espelho antes de sair e decidi dar uma pequena olhada em mim. Eu parecia normal, embora meio pálida e magra. Então, em um impulso de coragem, ergui a minha blusa e encarei minha barriga de vários ângulos. Ela não parecia estar estranha… 

Suspirei e saí do banheiro, indo até onde o pessoal estava reunido, comendo. Todos calaram a boca quando eu apareci e sentei ao lado de Bucky, sem dizer uma só palavra. 

-Você está bem, amiga? - Hope questionou. 

-Onde se meteu? - Bucky perguntou, erguendo uma sombrancelha. 

Dei de ombros, pegando uma fatia  de pernil. Eu sei que prometi para mim mesma que não ia comer mais pernil, mas estava com um cheiro tão gostoso que minha boca salivou. Eu sentia o olhar de Bucky em cima de mim, quando Sam me encarou e perguntou: 

-Amber, não é melhor você manerar na comida? Você está passando mal… 

-Você está vendo alguém passar mal aqui?! - Retruquei, me irritando e fazendo Sam pular de susto, assim como todo mundo na mesa. - Eu estou bem, cacete! Chega! Vocês ouviram o Bruce, eu estou abalada psicologicamente falando! Não estou… Ah, droga! 

Meu estômago embrulhou fortemente e eu só tive tempo de virar de costas. 

-Ah, não! - Steve, que estava atrás de mim, exclamou, revoltado. - Você está com algum problema comigo?! 

-Seu cheiro… - Limpei a boca com as costas da mão e tampei meu nariz. - É nojento! 

-É o mesmo de sempre! 

-Está me deixando enjoada! 

Ouvi um pigarrear e encarei Bucky, que soltou os talheres na mesa, me encarando, enquanto cruzava os braços e inclinava a cadeira para trás, mastigando. 

Meu coração parou quando ele pronunciou as palavras que eu não queria ouvir. 

-Você vai fazer o teste de gravidez por bem ou por mal, Amberly? 






Ooie, Pessoal! ❤

Nossa, foram tantas emoções nesse capítulo, né? Quase cinco mil palavras... E eu vou confessar que TODOS dessa semana tem essa média entre quatro e cinco mil já que eu me empolguei com os surtos que vocês tiveram e isso me deu inspiração hehehe'

Ainda não tivemos um hot, mas tivemos uma ceninha caliente onde o empata foda do Sam apareceu 🤦🏻‍♀️

Também tivemos uma reuniãozinha que fez dona Amber quase fazer todo mundo de churrasquinho heheh'

E por fim... Será que temos bebê no forninho?? 👀🤭🤷🏻‍♀️ Lembrando apenas que eu posso ter posto isso mas a Amber não estar grávida... Eu só sei que eu chorei demais escrevendo o próximo e ele é muito tenso, sério e triste e vai deixar muita gente com raiva da Amber, mas meus paninhos para passar para essa mulher já estão separados heheh

Até quinta feira, viu? ❤

Beijos! 💋💋

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S/N descobre que está grávida e ela sabe que Klaus não vai gostar nada da ideia, pelo menos ela acha. Então ela decide fugir só por um tempo, depois...
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Depois dɑ morte dos seus pɑis, elɑ só queriɑ pɑz. Mɑis nα̃o erɑ bem isso que iɑ conseguir com ɑ suɑ melhor ɑmigɑ ɑ ɑrrɑstɑndo pɑrɑ ɑ cidɑde do sobren...
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Finalizada. •Quione, a deusa da neve, filha de Bóreas e Oreitia. •e se tudo mudasse? e se acidentalmente você não se sentisse você. quando se nasce...