aruna (larry)

By _shakesqueer

253K 32.2K 72.9K

❦ "Quando te vi pela primeira vez, eu vi o amor. E na primeira vez em que você me tocou, eu senti o amor. E a... More

Intro
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Glossário
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Carta
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Epílogo
Brasil, 1980
Eroda, 2019
Oceano Índico, 1633
agradecimentos
Firdous, a criação.

Capítulo 35

3K 488 1.2K
By _shakesqueer

Louis sentou na cama subitamente, com o coração disparando e a respiração acelerada.

Ele não sabe se acordou primeiro com a batida desesperada na porta ou com o som do trovão reverberando a ilha de Eroda. O quarto está à meia luz com o abajur ligado. Samuel dorme profundamente e inabalado. Louis se recompõe um segundo e quem quer que seja ao lado de fora, continua a bater com persistência na porta.

Ele desliza na beira da cama, veste o roupão vermelho pendurado na cadeira, por cima do pijama de moletom, e vai descalço atender.

- Harry está aqui - Charlotte tenta avisar, esbaforida - Gemma me disse que-

- Onde?

- Na enfermaria.

- Droga - Louis fechou a porta atrás de si e caminhou com ela para fora do chalé, em direção ao prédio dos fundadores - Ele está ferido?

- Ele não, é Aruna que está.

Foi como se tivesse soado um alarme estridente em seu cérebro.

Louis nem processou direito, ele apenas correu descalço e de roupão pelo gramado molhado, na chuva, até a enfermaria, com Charlotte vindo atrás e gritando para ele esperar por ela. Louis é um bom corredor, por isso, logo ele está entrando na sala cheia e sua chegada é um show à parte. Além de Charlotte e Gemma preocupadas, tem Niall brigando com Lindsay aos berros sobre culpados, a enfermeira correndo de um lado para o outro, Taylor segurando a mão de Aruna e Harry com a cabeça dela em seu colo.

Louis avançou na direção de sua filha na maca e se ajoelhou na escada de ferro. Ele tem os olhos saltados em desespero e o rosto molhado, podendo ser da chuva tanto quanto do suor de nervosismo.

- Por favor, me diga que você está bem, onde foi que você se machucou? - ele procura o ferimento e sente a garganta seca de medo, mas Aruna não responde - Droga!

Ela mal respira.

A sala fica em silêncio, de repente. Todos estão lhe encarando, pasmos com a reação de Louis sobre ela. Eles não deveriam, ele pensa, quando nota o que está havendo consigo. Eles não deveriam porque se ele é o tal do Amor e se sua filha está inconsciente numa maca, Louis entrará sim em desespero e ele vai mesmo agir como uma mamãe urso.

- Saiam todos - a voz grave de Harry vibra no peito de Louis, ele finalmente respira fundo quando o ouve, tendo seu ponto mínimo de conforto - vão!

Os Designados se retiram, até mesmo Niall, mas a enfermeira continua ali. Ela pede licença para Louis, que tomou a mão de Aruna, a mão da qual Taylor soltou ao sair, mas ele não se move além disso e nem pretende.

- Ela precisa aplicar o remédio, amor - Harry pede tentando o confortar com uma mão em seu ombro. Louis se esquiva do namorado e só percebe estar chorando quando funga involuntariamente.

Ele se afasta sem soltar a mão dela para a enfermeira injetar o remédio, depois ela sai da sala, avisando estar tudo bem com Aruna. Louis ignorou completamente a presença de Harry naquele momento. Ele continua pairando sobre sua filha, olhando para os detalhes do rosto dela. Ela tem a beleza do Tempo. Todos os traços mais belos de Harry, como os contornos de sua boca e sobrancelhas. E agora ele sabe que ela tem todas as outras coisas suas também. Essa rebeldia, teimosia, curiosidade e persistência.

Mas principalmente a resistência.

- Lou - Harry o chamou, mas ele não consegue tirar os olhos dela.

Ele precisa cuidar dela, ela está ferida.

E se ele tirar os olhos dela e não a encontrar de volta ali?

E se ela precisar dele?

Louis não consegue se soltar, ele não quer perdê-la de novo.

- Lou...

Ele não faz ideia de como parar de fazer sua cabeça girar. Ele nem vê um ferimento nela, mas Aruna está dormindo. Pode ser o efeito dos remédios ou seria por estar machucada?

- Lou, olha pra mim - ele olha, devagar e tremendo - ela está bem, eu juro que está.

- Onde ela se machucou?

- Uma réplica que usamos da seta estelar passou de raspão na cintura, foi fogo amigo, um acidente de Lindsay, eu sinto muito.

- Quando ela vai acordar?

- Em breve, foi apenas de raspão. Ardeu, ela desmaiou, mas ela vai ficar bem.

- Ela tá inconsciente!

- Ela só está dormindo, tem um sono pesado, é só isso.

- Ela não vai mais voltar para essa droga de guerra.

- Não dá pra negar as coisas para ela.

- Mas ela não vai! - decidiu firme, batendo o pé.

Harry franziu as sobrancelhas, criando um vinco. Ele parece confuso por um momento e continua analisando Louis até se desmanchar em empatia e compreender de onde vem aquela reação toda.

Harry precisa de alguns segundos de queixo caído e olhos lacrimejando, mas aliviado, enquanto Louis o encara, com os azuis de seus olhos escuros, quase em ataque, no modo mais paternal que Harry já vira nele em todos os seus milhares de anos de vida. Mais ainda do que da vez em que os deuses lhes disseram que Aruna era um número ímpar. Louis parece pronto para bater de frente com qualquer um que ferir ou importunar sua garotinha agora.

- Oh, meu Amor, você já sabe.

- Harry - Louis soluça, a boca treme, mas ele não desiste de insistir naquilo - por favor, não deixe ela voltar com vocês, por favor, por favor.

- Eu nunca colocaria a vida da nossa filha em risco - ele sussurrou e Louis quase se engasga no choro de volta - Ela é adulta, mas se você pedir, Aruna não sairá do seu lado porque ela te respeita, inclusive, mais do que a mim.

Nos últimos quatro dias Tomlinson ensaiou dezenas de vezes um jeito fácil e talvez emocionante (um pouco de carinho e surpresa) de contar para Harry quando ele voltasse, de que agora ele sabe quem é e sabe que Aruna é sua filha. Imaginou contar na cama, depois de uma boa noite matando a saudade. Imaginou contar durante um passeio no jardim. Ficou em dúvida sobre fazer isso perto dela ou depois, com a ajuda de Harry, para não parecer tão assustador como a ideia faz ser. Ele só não imaginava que revelaria de forma tão instintiva.

Ele secou as lágrimas com a manga do roupão e riu de si mesmo.

- O que foi? - Harry perguntou tirando o cabelo de seu olho e sorrindo.

- Sou pai aos dezenove anos de uma mulher com dez mil anos.

- Você é mais velho do que ela, teoricamente.

Louis funga e balança a cabeça, compreendendo, apesar de achar loucura. Ele parou de chorar, mas a ponta de seu nariz está rosada como os círculos envolta dos olhos e ele continua segurando a manga do roupão vermelho pelos dedos. Harry acha uma graça, o peito até palpita.

- Eu poderia ter matado alguém para manter ela bem, você viu como eu cheguei aqui?

- Não me surpreende, eu literalmente matei alguém por ela.

- O quê?

- Um pária que estava lutando, ela estava em desvantagem.

- Isso é... horrível.

- Ela não vai mais voltar conosco, você tem razão.

Louis está todo encolhido em si mesmo, de pé ao lado da maca. Harry saiu com cuidado debaixo da filha e a pegou no colo.

- Vou levá-la para o quarto, Niall ficará de olho nela num lugar mais confortável do que a enfermaria, o que acha?

Louis concordou e seguiu ele, abrindo as portas pelo caminho e depois fechando elas.

No quarto de Aruna, Louis acendeu as luzes e puxou os lençóis para Harry deitá-la. Niall ainda não está ali, mas a julgar pelo barulho vindo de algum lugar do mesmo corredor, não deve estar longe - provavelmente ainda brigando com Lindsay, é do feitio dos dois.

- Você me deu um susto, mocinha - Louis sussurou depois de selar os lábios na testa de Aruna adormecida e confortável na cama.

É um gesto simples, uma coisa que pode parecer boba, mas é o suficiente para emocionar Harry. Ele assiste em silêncio como se pudesse estragar tudo ao mover-se.

É isso o que o Tempo faz, ele se move e muda tudo. Se Harry pudesse, ele paralisaria o universo nesse exato instante, vendo o seu amor acariciando o rosto da sementinha deles, dividindo o mesmo sentimento puro que o seu.

Ele queria que fosse fácil como parece ser nesse segundo: dois pais colocando sua filha já crescida para dormir. Algo que ele invejou dos humanos ano após ano, século após século e agora ele os tem, bem ali, mas ainda em risco e incerto. Ainda diferente e quase impossível.

- Vem, vamos descansar - chamou por Louis que o acompanhou para o quarto deles no fim do corredor.

Harry já estava tirando os sapatos, gemendo de alívio em se livrar deles, quando notou Louis permanecer em pé, de braços cruzados e semblante endurecido. Assim, Harry sabe que uma discussão vai começar porque o Amor é transparente, ele não é de guardar sentimentos para si.

- Quer entrar na banheira comigo? - perguntou escolhendo roupa e toalha.

- Não, eu vou para o meu quarto e te vejo amanhã.

- Oi? - girou nos calcanhares e lhe encarou surpreso, porque não faz sentido algum.

O quarto deles é esse, mas se Harry olhar para os lados - e ele o faz - as coisas de Louis não estão mais ali. Nenhuma mala, nenhuma roupa jogada do bagunceiro que sabe que o seu namorado é. Tanto quanto o cheiro de cômodo fechado ao invés do perfume amadeirado de Louis, que deveria haver.

- Onde você esteve?

- Dormindo no chalé, como um aluno.

- Mas você não é só um aluno, Louis, você-

- Eu sou aluno - o interrompe - sei a coisa sobre ser o Amor, seja lá o que significa, mas eu ainda não sei de tudo e estou aprendendo nessas quase três semanas que você sumiu. Socializando e convivendo com os alunos. Exatamente como você queria e me pediu.

- Você está bravo - Harry percebeu.

- Pode apostar que sim, mas não quero falar disso agora.

- Você não precisa falar agora, eu sei que está cansado, mas pode dormir aqui comigo em segurança essa noite? Tem uma tempestade lá fora, você não precisa sair.

- Não é uma boa ideia, acredite.

- Por que não seria?

- Se eu ficar, eu vou falar.

- Então fala! - Harry se estressa.

Louis passou a língua nos dentes e bufou uma risada, se estressando também.

- Se você precisa dizer, Louis, por favor, me diga. Você é sempre sincero e verdadeiro e eu não acredito que vá conseguir sair desse quarto agora sem morder a própria língua.

Louis sente seu sangue fervilhar antes de começar a falar, tentando não alterar seu tom de voz para o tanto que deseja gritar.

- É muito engraçado você querer que eu fale como eu me sinto, quando na verdade a sua especialidade é esconder as coisas de mim e não cumprir com o que diz.

- Eu juro que eu tentei voltar para você, mas nós estamos em uma situação incomum. Estamos em guerra, todos estamos correndo perigo.

Harry fala como se estivesse explicando a uma criança que ela não pode comer doce antes do jantar. O que só alimenta a fúria de Louis. Ele tenta conter o tom debochado, mas é impossível se segurar:

- Acha que estou bravo porque você disse que voltaria toda semana e não o fez? Pensa que estou irritado só porque não tive notícias suas durante três semanas? Não, Harry, isso me deixou preocupado, não irritado. Mas ainda assim, eu tenho motivos para me sentir furioso.

- Seja lá o que for, não é um motivo grande o suficiente para não dormir sem mim, nós podemos conversar e nos acertar amanhã?

- Acho que uma filha é um bom motivo para eu não querer olhar na sua cara pelos próximos dias, sim.

- Lou, eu já falei que a Aruna vai ficar bem! E eu tenho certeza que se você pedir, ela vai ficar.

Louis começou a andar de um lado para o outro balançando a cabeça em negação. Ele não sabia que Harry era tão cínico assim.

- Eu não estou falando da nossa filha. Eu estou falando da sua filha - aponta.

Demorou alguns segundos - ou até mesmo um minuto inteiro - para que a compreensão atingisse Harry.

Louis pôde perceber porque Harry é bem expressivo. Deu para notar na confusão indicada pelo vinco entre as sobrancelhas e o arregalar dos olhos quando se deu conta do que o namorado quis dizer, além da vermelhidão que tomou conta de seu rosto, demonstrando o constrangimento ou desespero de se estar encurralado.

- Yanne Styles, ela é uma criança!

- Acontece que ela não é exatamente minha filha, na verdad-

E com isso, Louis explodiu de vez.

Ele chegou a puxar o cabelo para trás e grunhir de raiva.

- Como ela não é a sua filha - gritou - se ela é uma cópia sua, Styles!

- Não foi isso o que eu quis dizer!

- Mas foi o que você disse.

- Estou dizendo que eu não criei Yanne, apesar de eu ter insistido em manter meu sobrenome.

- Abandono parental.

- Não, Louis eu quero dizer que-

- Quer saber? Eu não quero ouvir! E sabe o porquê? Porque você é incapaz de confiar em mim Harry e isso me machuca.

- Ei - Harry tenta interromper para se justificar, ele até se aproxima, mas Louis se afasta com um passo para trás novamente - É você que não confia em mim quando eu só estava resolvendo uma coisa de cada vez, pra não te assustar.

- Toda maldita vez que você tenta me proteger, acaba me machucando e sinceramente, eu quero acreditar que você não faz essas coisas por maldade porque me ama e eu acredito que sim, mas eu passei as últimas semanas sendo a fofoca dessa ilha, tendo o meu melhor amigo preso, quando nós todos sabemos que ele não tem culpa de ter sido ameaçado pelos párias!

- Ele te sequestrou.

- Ah, faça me o favor! Samuel tentou se matar porque não queria machucar ninguém e você na primeira oportunidade, descontou nele. E agora eu descubro que você tem uma filha, uma Nefilim com quem eu convivo todos os dias e que apesar de ter seus traços físicos, não é nada simpática comigo. E você em algum momento decidiu que isso não era uma informação relevante para compartilhar com o seu amor milenar - fez aspas no ar - Me desculpe, doce encanto, mas eu tô irritado demais, até mesmo para ouvir as suas desculpas ou qualquer outra coisa que me faça amolecer e ceder por te amar tanto. De qualquer forma, provavelmente, daqui a alguns dias eu irei descobrir por meio de alguém que, seja lá o que você me disse até agora, é mais uma mentira.

Ele terminou ofegante e torceu os próprios dedos na palma da mão.

- Pronto, se sente melhor? - Harry conferiu, sem ironias, apenas esperando e Louis não faz questão de responder o que soa retórico - A parte sobre não querer me ouvir é sério?

Ele respirou fundo e apertou a mandíbula, tentando, mas tentando mesmo, não piorar tudo.

- Essa parte é a única que não é séria, porque o resto você vai ter que me dizer.

- Tudo bem, o quê você quer saber?

- Como aconteceu?

Harry faz careta, aperta a ponte do nariz e se joga de costas no recamier. Louis não usa o pouco de espaço que sobrou no estofado, ele prefere continuar em pé esperando por respostas.

- Nossa cronologia, a minha e a sua, nesse último século foi bem difícil. Houve uma vez em que você esteve vivo por mais tempo do que o comum e descobrimos ser o consumo de drogas, você estava chapado demais para se preocupar em se apaixonar e morrer por mim. Mas eventualmente aconteceu, é impossível não acontecer, eu falo sério sobre a parte do para sempre.

Louis não amoleceu, ele continua ali parado, indignado e irredutível. Ele sabe que é para sempre mesmo e não tem nada a ver com a lenda ou com uma maldição. É sobre aquele sentimento crescendo constantemente e imparável em seu peito. E sobre agora ele estar mais decepcionado do que odiando Harry.

Geralmente, as pessoas que mais amamos são as que nos decepcionam. Parte da culpa é nossa, por depositar tanta expectativa sobre ela. Ele acreditou num romance perfeito e milenar e está pagando por isso.

Então Liam tinha razão sobre nada ser oito ou oitenta.

- Depois eu achei que eu precisava tentar me afastar de novo, já tinha tentado essa tática centenas de vezes, mas eu estava fazendo apenas por mim das outras vezes, para não sofrer e foi bem egoísta. Só que... daquela vez foi por você - esperou Louis dizer alguma coisa, mas como não obteve nenhuma reação além da espera por mais, continuou - Eu queria que você tivesse uma vida feliz. O plano era fugir de você, para evitar esbarrarmos de novo, até que o reencontrei onze anos após a sua penúltima morte. Você estava cuidando de seus irmãos menores num parque, na Austrália. Foi só... - Harry mexeu as mãos como se pudesse explicar melhor assim, mas é tão inútil quanto quando sua voz falha - eu só ergui a minha cabeça para procurar o cachorro que roubou minha bola e eu te encontrei. Uma criança inocente e foi muito injusto, muito injusto mesmo Louis, com um olhar você já estava no chão e eu devastado. Eu estava devastado. Eu me senti morto muitas vezes, mas daquela vez eu não aguentei. Me afundei bastante, eu estava nojento e fiquei bêbado por alguns anos até Gregori me arrastar para a Jamaica, para um tipo de distração e recomeço, er... a mãe da Yanne trabalhava num hotel por lá, na Jamaica. Ela sabia o que éramos porque ela tem parentes Nefilins, apesar de ser humana e ela não me queria por perto quando a criança nasceu. Yanne tem o meu sangue, mas o pai dela não sou eu, o pai dela é o humano que a criou como filha, foi uma escolha da mãe dela, não minha.

- Isso é coisa demais.

- Eu sei.

- Não sabe não, se coloque no meu lugar - Louis esfregou o rosto e se virou de costas, pronto para sair - É demais.

- Você pediu para saber, então você tem que saber que eu não sou tão transparente como você. Eu sou o Tempo, Lou. As coisas comigo só funcionam com paciência.

- Eu venho tendo paciência desde o início.

- O que você quer dizer com isso? - Ele senta tão rápido para encará-lo, sem querer crer em como aquilo soa, que o recamier chega a ranger como se fosse desabar antes do relacionamento deles.

Louis continua de costas, pensando.

Harry não é o único que sabe das coisas por ali, ele não é o sabe tudo, Louis não pode ser o bobo, o idiota.

O quê Louis sabe, é que tem muito mais coisas entre os dois do que uma maldição já rompida. Tem as coisas que Harry viveu enquanto Louis morria. Tem o agora, o presente, com Louis se lembrando pouco a pouco do que é e tendo que voltar a trilhar um caminho às escuras.

Louis virou-se devagar e precisou controlar a respiração com muita concentração pra não desatar o nó na garganta em lágrimas.

- Eu acho que a gente precisa de um tempo.

Harry soltou uma risadinha e manteve o sorriso desacreditado, mesmo quando tirava o cacho teimoso, caindo em seus olhos.

Parte desses cachos cresceram rapidamente desde que Harry os cortou, e Louis se enrola nos olhos verdes com a mesma facilidade que aqueles fios de cabelo fazem nós soltos.

- Foram dez mil anos, Louis.

- Eu sei e eu espero que não use isso de desculpa toda vez que me machucar.

═─── ❦ ───═

Eu não sei entrar numa briga nem em fanfic, então obrigada witchfearless por me ajudar DE NOVO a escrever e co-escrever esse capítulo.
Te amo, sempre

E aos leitores:

VOLTO EM BREVE E
COM A ARUNA ACORDADA!

Continue Reading

You'll Also Like

509K 15.2K 27
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...
65K 7K 23
Hannah sempre esteve em relacionamentos fracassados, mas, após ter o seu coração partido, ela decide baixar um aplicativo de namoro para tentar se di...
3.8K 194 28
Carla, 19 anos, estudante de letras que esta cursando o primeiro ano da faculdade, uma aluna dedicada, podemos dizer que é quase uma nerd, porém gost...
41.1K 3.7K 10
louis vende cupcake, harry não gosta de cupcake mas passa a gostar de louis