Psicologia Magnética | KiHo

By loryroux

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A lei da força magnética diz que pólos diferentes se atraem. Um ditado clichê que ilustraria muito bem como u... More

Notas iniciais
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze

Capítulo dez

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By loryroux

OI ZENTE

CAPÍTULO TÁ Ó *RISOS"

BORA?

Hoseok parecia estar travando uma luta interna depois da senhora Lee dizer-lhe que ele deveria tomar um banho rápido antes de irmos de vez. Ele ainda deixou alguns documentos sobre o balcão e teve mais uma conversa silenciosa com a mãe antes de se virar para mim, parecendo ceder àquela ideia.

— Eu juro que vou ser bem rápido — garantiu, e a perspectiva de que ele queria ficar ainda mais cheiroso foi tão divertida quanto instigante.

Sua preocupação sobre as coisas que poderiam escapar da boca da mulher se mostraram vãs, no entanto. Acabamos entrando em um assunto sobre receitas de sobremesas e ela se animou muito quando disse que a torta de morango era um receita da família dela.

Hoseok, de fato, não demorou nadinha e saímos sob as bênçãos da senhora Lee, um pouco calados demais ao entrarmos no carro à caminho do shopping.

Era estranho que tantas "bolhas" nos segurassem em estados tão distintos. Ainda que parecesse fácil falar com Hoseok diversas vezes, era comum que o constrangimento surgisse com frequência. O sentimento era irritante, me fazia sentir como um adolescente de novo, mas era tão gostoso quanto.

— Minha mãe não disse nada estranho, não é? — questionou, nervosamente e acabei rindo da pergunta — Ah, meu deus, ela disse.

— Não disse — neguei com a cabeça — Só falamos sobre trivialidades, receitas... — pensei um pouco se devia ou não tentar provocar, mas acabei cedendo — E sobre como eu sou bonito.

Hoseok lambeu os lábios e apertou os olhos, abrindo-os logo em seguida porque não podia desviar da estrada. Seu rosto estava completamente vermelho, mas ele ainda comprimia um sorriso já que podia perceber que eu fazia o mesmo.

— Certo, ela não disse nenhuma mentira, então — devolveu e aquilo me fez morder a boca e ficar calado enquanto me dava o direito de ligar o rádio.

A música preencheu o silêncio até chegarmos ao destino e caminhamos muito próximos pelo estacionamento, roçando os braços um no outro, mas não nos atrevemos a estreitar mais aquele contato.

O barulho pelos corredores largos não era incômodo e fomos direto até a praça de alimentação, olhando uma ou outra vitrine pelo caminho. Hoseok ficou encarando a tela com as opções de fast food por muito tempo, cedendo e pedindo uma das opções mais gordurosas no fim de tudo.

— Eu não devia — ele lamentou — Tento comer só coisas saudáveis... Mas é tão gostoso.

— 'Tá tudo bem se for só de vez em quando — sorri e dei de ombros e ele me sorriu de volta.

Quando pegamos nossos pedidos e fomos até uma das mesas, a conversa começou sobre o gosto da comida, a fama da lanchonete e se estendeu até assuntos mais sérios como desperdício da indústria alimentícia. Desse modo, acabamos falando sobre o MonCafe e como as coisas eram na cafeteria de sua família.

— Eu achei que você só trabalhava lá — comentei, comendo mais uma batata — Mas faz sentido ser da sua família.

— Meu pai faleceu no começo no ano passado — respondeu e parei de mastigar, tentado a lhe dar os pêsames porque era relativamente recente, mas tudo que ele fez foi sorrir — Não se preocupe, está tudo bem. Foi um acidente e nos pegou de surpresa. Minha mãe voltou a trabalhar vendendo tortas encomendadas onde morávamos antes e eu queria trabalhar também, mas ela insistiu que eu devia focar nos estudos. Como eu queria ajudar e ela é muito teimosa, acabamos entrando num consenso. Eu ia estudar pra conseguir a bolsa na universidade e então começaria a ajudar ela meio período, ao menos. Assim todo mundo saía ganhando.

— Você conseguiu conciliar bem? — Tomei um pouco do refrigerante — Os estudos e começar a trabalhar também?

— Sim — respondeu de forma simples — Eu tenho uma boa memória e facilidade de aprendizagem. Não foi tão difícil. Quando consegui a bolsa pra cá, nós decidimos investir numa loja para abrir a cafeteria e nos mudar para um lugar menor. E hoje eu fui até a cidade vizinha e resolvi tudo que era preciso com a venda da casa em que vivíamos antes.

Assenti, atento e Hoseok lambeu os lábios salgados.

— E o orfanato? — apoiei o rosto numa das mãos e o cotovelo sobre a mesa — Como você foi parar lá?

Ele sorriu de forma genuína ao responder.

— Eu sempre estive envolvido em projetos sociais, mesmo na época da escola — deu de ombros — Quando me mudei, acabei procurando por um aqui na cidade. Nós trabalhamos só aos fins de semana e em escalas, então é tranquilo.

Ter as perguntas respondidas era uma coisa boa, mas cada palavra que saía de sua boca me causava ainda mais vontade de conhecê-lo a fundo. Nós éramos muito diferentes e comprovamos isso quando o foco das perguntas mudou e acabei contando a ele sobre a minha família, acostumada a conquistas não tão grandiosas, mas da qual tínhamos muito orgulho. Falei sobre ser um dos primeiros alunos da classe desde sempre e me dei o direito de reclamar com ele sobre sua insistência em acabar tirando a melhor nota da turma.

— Chato — soltei um muxoxo que foi acompanhado de uma risada — Tive que cair na sala com um gênio natural.

— Eu sinto muito — ele ergueu as duas mãos, se desculpando — Eu vou tentar não acertar tudo na próxima.

— Não facilite as coisas pra mim ou eu vou ficar muito ofendido. — Apontei uma batata murcha em sua direção — Eu vou passar de você de forma justa.

— Certo — Concordou enquanto me sorria de forma doce mais uma vez.

Parecia muito feliz com o que via e esse algo era eu, irritado e aquilo não fazia o menor sentido, mas a chateação sequer durava enquanto o observava daquele modo.

Nossa breve implicância se findou tão rápido quanto havia começado e nós saímos da praça de alimentação, passando numa das livrarias onde Hoseok comprou um romance policial. Saímos do shopping percebendo que havia passado um pouco mais de tempo do que estávamos esperando.

Voltamos ao carro e o silêncio agora carregava mais nervosismo porque já não era mais o começo do encontro.

Era o fim.

Aquela perspectiva trazia mais expectativa e o som do rádio encheu nossos ouvidos mais uma vez enquanto ele seguia o caminho até a frente do meu prédio. Dessa vez, ele saiu do carro sem nenhuma pretensão mais elaborada como ajudar Minhyuk a chegar ao saguão como na noite de sexta. Estava apenas me acompanhando, mas paramos ainda muito perto do carro.

— Então... — ele iniciou, erguendo os ombros largos e fortes, mordendo os lábios como se não soubesse o que dizer.

— Então... — Emendei, sorrindo pequeno enquanto o aguardava.

— Hoje foi divertido — disse, assentindo, ainda inseguro e eu podia sentir como nossos corpos cambaleavam levemente em favor um do outro, daquela mesma forma magnética.

— Também acho — concordei, cedendo àquela sensação e me aproximando mais um passo — Acho que devíamos fazer isso mais vezes.

Hoseok confirmou com a cabeça e eu sorri ainda mais ao notar que ele não se afastava e deixava o corpo pesado se aproximar mais, aos pouquinhos.

— É... Eu também acho...

— Você está fazendo de novo — acusei de forma divertida.

— O que?

— Me confundindo.

Um suspiro pesado deixou seus lábios e ele perguntou em voz baixa.

— Por que, agora?

— Porque eu assumo que sua confissão ainda é válida já que aceitou meu convite — respondi, sem desviar os olhos dos dele e minhas mãos alcançaram levemente a barra de sua blusa — Mas você ainda não fez nada.

Os lábios grossos foram novamente mordidos e ele teve a coragem de sorrir; este, no entanto, já não era um sorriso tão doce.

— Foi você quem me convidou — devolveu — Minhas intenções foram claras, Kihyun. Eu gosto de você. Mas só vou fazer alguma coisa uma vez que saiba as suas.

Ah, ele sabia como jogar muito bem. O fato de não ser malvado como eu esperava não o tornava tão ingênuo quanto parecia. E aquilo só o fez parecer ainda mais divino aos meus olhos.

— Certo — sussurrei — Entendi.

Sem pensar demais, puxei o tecido de sua roupa e me coloquei na ponta dos pés até que nossos lábios estivessem juntos e suas mãos grossas alcançaram meu rosto imediatamente. Nossas bocas se encaixaram de forma tão certa que um arrepio me correu todo o corpo enquanto seus dedos seguravam os cabelos da minha nuca. Foi a minha língua que buscou a dele e meus braços tentaram se fechar ao seu redor, mas não conseguiram completamente. Ele era grande demais.

Não sei quanto tempo aquele beijo durou, mas parecia ter sido uma eternidade e curto demais ao mesmo tempo. Ele plantou selos gentis em minha boca quando nos afastamos, como se fosse difícil manter a distância porque tudo ainda era magnético demais para conseguir sair de perto.

— Eu acho... Que vai ser mais difícil ainda me despedir agora — ele disse, mantendo-se próximo e roçando o nariz no meu.

Sorri, devolvendo como em todo o nosso diálogo naquela despedida tão sofrida.

— Eu também acho.

///

OIEEEEE

ROLOU BEJINHOOOOOO

Ai ai ai ai esses dois aí bem namoradinhos, quem aguenta

A fic tá pertinho de acabar, é bem curtinha mesmo *chora*

Espero que tenham gostaaaado

Beijo no coração de vcs e até semana q vem <3


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