DOMINADA PELA MÁFIA - SÉRIE B...

By bellnoir

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A jovem e inocente Sofi tem pouco tempo para si e para o amor. Ela gasta seu salário de dois empregos com o a... More

SINOPSE E NOTAS
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
AVATARES
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13

CAPÍTULO 5

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By bellnoir

CAPÍTULO 5

— Minha cabeça...

Meu sangue pulsa contra meus ouvidos. O latejar é a primeira coisa que sinto. Levo minhas mãos à testa para conferir, mas não encontro nenhum inchaço.

— Merda... — resmungo, ainda de olhos fechados.

Quando abaixo as mãos, sinto lençóis de seda desconhecidos ao redor do corpo. Do meu corpo dolorido e... nu.

— Ah meu D-Deus...!

Salto de pé e logo me arrependo, pois uma pontada atinge minha nuca, tudo fica preto e gira. Náusea revira meu estômago. Caio de volta, quase desmaiando. O que aconteceu? Com a cara afundada nas mãos, massageio as têmporas com os dedos. Massageio, massageio... desesperadamente. Tremendo. Há uma britadeira esmurrando meu cérebro, socos atingindo meu coração acelerado. Respiro e inspiro, e repito isso muitas vezes, até estar um pouco melhor para me concentrar. O pior da dor diminui aos poucos.

Quando me sinto melhor, deslizo para a borda do que percebo ser uma cama enorme, daquelas que fico surpresa com os inúmeros zeros no preço em vitrines. É bastante confortável, mas não estou nenhum pouco à vontade aqui. Arrasto o lençol branco em volta dos ombros.

A sola dos meus pés toca o chão frio de mármore. Estremeço. Cuidadosamente, me levanto da cama com as pernas trêmulas. Olhando ao redor, me sinto no meio de um castelo. Mas ao invés de armaduras de cavaleiros e quadros antigos, há uma enorme tapeçaria animal. De um urso, talvez. Ouço um crepitar atrás de mim e me deparo com uma lareira, emitindo um calor acolhedor que infelizmente não chegou a aquecer o chão. Com os dedos dos pés dormentes, minha mente começa a girar.

Onde eu estou?

Que lugar é esse?

De quem é a cama que eu acabei de dormir?

E por que diabos eu estou nua?!

Na ponta dos dedos, vou até uma das portas. Estendo a mão, desejando que pare de tremer tanto. Giro a maçaneta com cautela, o coração quase sai pela boca quando abro uma fresta. Está aberta! Espio por um corredor vazio e silencioso. Sem vozes, sem nada. Não deixo de pensar que estou com sorte, preciso sair rápido daqui. Vou abrindo mais devagar. Até que fecho os olhos com força, me amaldiçoando.

Primeiro: roupas.

Fecho e tranco a porta, voltando ao quarto. Há outra porta, do outro lado. Silenciosamente cruzo até lá, tentando abrir a maçaneta.

Bloqueada.

Tento não ceder ao desespero. Há uma terceira porta. Vou até lá sentindo as pernas bambas. Dessa vez, consigo abrir. E o que se revela para mim é um armário exorbitante, com vários cabides vazios, a não ser por um. Puxo o tecido que provavelmente custa o mesmo que o meu salário como professora.

Segundo a etiqueta, com exatamente o meu tamanho.

Quem quer que tenha me levado até aqui, está claro que quer mostrar toda sua riqueza. Está me falando que tem poder, e que não vou conseguir escapar tão fácil. Tento puxar da memória o que aconteceu, mas a noite passada continua nublada. Lembro de Anita, de estar voltando para casa... e depois, acordei nesse quarto.

Arranco o vestido preto do cabide e percebo que há muitos acessórios abaixo, como colares, pulseiras, um suéter... Mas não importa. Só preciso da roupa para escapar. Mesmo sendo um vestido longo e que vai me atrapalhar, não posso simplesmente sair pelada.

Fiquei tão absorta nesses pensamentos e planejando sair logo que acabo notando meu corpo só agora...

Há um espelho vertical de dois metros perto da lareira, onde a luz quente ilumina meu corpo. Sinto como se estivesse observando um quadro. Todas as minhas curvas fazem sombra do outro lado, destacando meus seios grandes, as coxas grossas e a cintura fina. Mas sou pequena; o que me dá mais volume à bunda, quadris e pernas. Já sofri muitos xingamentos na infância por causa do peso, o que me fez entrar em dietas malucas para emagrecer e, enfim, me tornar como sou hoje. Mas ainda assim, não sou como aquelas modelos de redes sociais; há celulites e estrias marcando minha pele, se espalhando como as manchas de um tigre.

Passo a mão nas pernas, subindo até chegar à intimidade. Eu não me lembro de ter me depilado.

Não. Eu tenho certeza que não me depilei. Então como eu estou sem um mísero pelo no corpo?

Um calor vem de baixo e sobe até a cabeça, me deixando imóvel, vermelha e com pensamentos a mil. Por que iriam se preocupar com isso? Significa que alguém tocou em mim. Nua. Mexeram no meu corpo. E se... E se...

— Não, Maria Sofia, não pense nisso. Não pense. Preciso me concentrar. Me focar no que preciso fazer. Preciso...

Quanto mais cedo eu colocar uma roupa, meias e sapatos — principalmente meias —, mais cedo eu vou sair daqui. E depois, doar esse vestido ridiculamente caro. Vou esquecer que isso tudo aconteceu.

Vestido? Confere.

Meias? Confere.

Sapato...? Tem apenas um de salto agulha. Como vou andar sem fazer barulho?

Desgraçados. Me deixaram só um scarpin para não poder correr. Além de um vestido de gala que dificulta os movimentos. Por que trancar a porta se podem dificultar todo o resto, não é?! Eles tem plena confiança de que não vou conseguir sair...

Pois vou descalça e vou rasgar essa porcaria de vestido.

E roupas íntimas?

Roupas íntimas...

Engulo. Eu realmente quero saber das roupas íntimas?

Vou até a cômoda e abro gaveta por gaveta, até chegar na última. Então me desespero. Meus olhos se arregalam quando, com a ponta dos dedos, ergo da gaveta uma calcinha lisa. De seda pura.

O sutiã é feito de renda transparente. Não entendo de tecido, mas esse parece ter sido costurado à mão. O tamanho é 46. Meu número.

As delicadas e lindas roupas de baixo, somadas à depilação sem consentimento, me fazem sentir como se meu coração estivesse à beira de um infarto.

— Isso não é bom... Isso definitivamente não é nada bom!

Até a calcinha e o sutiã foram feitos perfeitamente sob medida pra mim!

Não é coincidência. Quem fez isso é muito perigoso. Vou precisar ter cuidado se quiser sair daqui.

Com as roupas íntimas vestidas, uso minha força para rasgar o vestido e torná-lo mais curto, mas não consigo nada além de um pequeno rasgo na altura dos joelhos.

— Droga...

— O que pensa que está fazendo?

Um calafrio engole o meu estômago e me sinto petrificar com a voz, no tom de um trovão, balançando a sala. Deixo o vestido cair no chão enquanto viro-me para trás, tentando cobrir o meu corpo seminu em um abraço.

Um homem está parado no meio do quarto. Eu não percebi ele entrando. Meu coração acelera, os meus instintos me mandam correr para o lado oposto, mas simplesmente não consigo. Me sinto petrificar sobre sua imagem. O calor sobe todo para meu rosto, se instalando ali, queimando tudo pela vergonha.

Sua sombra cresce sobre mim à medida que ele se aproxima, passo por passo. Sem pressa. Ele é quase 20 centímetros mais alto que eu, e no mínimo 10 anos mais velho também. Os músculos estão marcados na roupa social cara, e de suas mãos, consigo ver algumas tatuagens. Seu rosto é quadrado, o maxilar marcado, a barba feita e o nariz reto. O cabelo preto curto é penteado para trás e raspado nas laterais. Torneados por sobrancelhas escuras, os olhos dourados estreitos me encaram com frieza.

Eu nunca vi alguém tão elegante...

E tão ameaçador.

Seu corpo exala uma energia que me oprime só por existir. É como se uma mão estivesse me segurando pelo pescoço, tirando toda a minha fonte de ar. Me sinto tremer e quando percebo, estou me afastando dele.

Ele para por um momento, se abaixa e pega o vestido que eu larguei no chão.

Assustada como se ele fosse me enforcar só com esse pedaço de pano, dou passos apressados para trás, me desequilibrando e caindo sentada na cama.

Ele vem até mim devagar.

— Não... não se aproxime de mim!

Consigo ver sua imagem parada entre as minhas pernas dobradas, em pé diante do colchão. Ele levanta o tecido preto com dois dedos longos, deixando em evidência o pedaço que eu rasguei. Praticamente balança na minha cara.

— Esse vestido custou mais de dois mil dólares... — A voz calma demais envia sinais para mim, alertando perigo. Seus olhos são duas pedras de gelo quando se encontram com os meus. — E você o estragou.

Do nada, ele rasga o vestido no meio, como se fosse uma folha de papel. Seus músculos do bíceps saltam quando faz isso, e eu não imagino o que esse homem pode fazer comigo. Os dois pedaços flutuam até o chão de mármore, até serem pisoteados por seus sapatos de couro.

Com a respiração acelerada e o coração batendo no ouvido, eu me arrasto para trás, mas ele me agarra pelos calcanhares e me puxa para perto, não me deixando fugir.

O contato da sua mão me segurando causa arrepios que se espalham até a coluna, deixando meus pelos em pé. Eu não sei se pelo medo, ou porque ele consegue me dominar só com uma mão.

Seus olhos me alcançam, remexem todo meu interior. São frios, mas ao mesmo tempo, calorosos. Me deixam acesa como um vulcão, atenta a qualquer movimento.

Seus lábios se movem devagar, a voz calma como a de uma víbora reverbera pelo quarto, soando como os raios antes de uma tempestade. E o mais assustador é que é uma voz deliciosa de se ouvir.

O que ele diz é:

— Como você vai fazer para me pagar?


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Eitaaa.... Chegou o meu homem! Ai ai, agora começa a esquentar de verdade. Tô AMANDO escrever isso pra vocês!! E vocês? Estão gostando?

Vou postar logo mais os avatares dos personagens pra vocês. :)

Se estão gostando e querem saber como a Sofia vai fazer para pagar o vestido que ela estragou (e ele terminou de ferrar), deixa um votinho e um comentário, por favor. Me ajuda bastante e me estimula a continuar. 

Amo os comentários de vocês e saber que estão gostando!

Até quinta-feira! 

Um beijo, beldades!


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