"Você é tão hipnotizante
Você poderia ser o diabo?
Você poderia ser um anjo?
Seu toque, magnetizante
Parece que estou flutuando
Deixa meu corpo brilhando
Eles dizem, tenha medo!
Você não é como os outros
Amante futurista
DNA diferente
Eles não te entendem."
-Katy Perry, E.T.
[Capítulo 25: Extraterrestre.]
- Lan Zhan, podemos parar aqui rapidinho? - Wuxian se virou ao homem em sua garupa, que ainda tinha as mãos firmes em sua cintura, acariciando e apertando. - Preciso comprar umas coisas pra' Suibian. - Ying apontou para a faixada azul da Pet Shop, esperando alguma resposta.
- Hm. O que vai comprar? - WangJi perguntou soltando o marido a contra gosto, vendo ele descer da moto e tirar o capacete, arrumando os fios curtos logo depois.
- Uma coleira nova, aquele gato quebrou a dele. - O Wei estendeu uma das mãos para o Lan, em um convite mudo para que ele viesse junto. Convite esse que foi prontamente aceito. - Acho que papa tem razão, Suibian é tão hiperativo quanto o dono.
As mãos foram unidas de forma não tão aparente e logo ambos os amantes entraram pela construção de tons pastéis e com uma grande variedade de artigos para pets, além dos animaizinhos para adoção. Lan Zhan olhou discretamente tudo ali, era um pet shop bem grande. Três divisões de produtos e mais uma seção afastada, a qual ele julgou ter os bichinhos.
O Wei andou calmamente até a seção de número 2, "Coleiras e pingentes", passando os olhos pela imensidão de objetos de todas as cores.
- Que cor acha que eu deveria escolher, Lan Zhan? - O Wei tocou uma coleira que imitava uma flanela cor de rosa, pensando se seu gatinho ficaria com aquilo no pescoço. Logo descartou o objeto, Suibian o destruiria em meio segundo.
- Azul. - A resposta foi simples, um pouco desinteressado o Wei diria, tanto, que olhou o homem mais velho com tédio. - O que?
- Finja que quer comprar a coleira do nosso filho comigo, por favor? - Wuxian fez um bico dramático, fingindo tristeza, enquanto o Lan apenas continuava a olhar tudo com desinteresse. - Pois bem, senhor Huanguang-Jun, eu estava pensando em te convidar pra dormir no meu apartamento, mas como não gosta do meu bebê, não esta mais convidado. - Era crueldade apelar daquele jeito, mas ele ainda é Wei Wuxian e sabia que Lan Zhan cairia na sua armadilha.
Inesperadamente, as mãos se soltaram de forma apressada e WangJi pegou toda as coleiras azuis e brancas de gato que viu pela frente, ao todo 12, jogando no colo do Wei, que ria descontrolado pelas ações do outro. - Branco, Lan Zhan? Suibian já é albino e ele esta vivo¹.
- Ele é nosso filho, então ele é um Lan! A-Yuan também vai usar branco e azul quando nascer. - WangJi continuava a pegar as coleiras e por no colo do Wei.
- Lan Zhan, já chega! É pra escolher uma e não levar a loja inteira! - Wuxian via os braços repletos de todo tipo de colar para gatos, tantos que já caiam de seus braços. Segurava o que? Uns 30? - Tudo isso por que quer dormir comigo, Er-Gege? - O sorriso sedutor fez as orelhas do mais velho entrarem em combustão, mantendo o outro com uma resposta afirmativa.
- Vamos pagar.
- O quê? Mas nem escolhi ainda. - Wuxian franziu o cenho, mudando seu olhar entre os braços e o homem que o chamava para ir ao caixa.
- Levamos todas. - A cara lavada do Lan e o tom sério fizeram o rosto do Wei ficar surpreso, pelo visto, o fato de ser rico em todas as vidas fazia o grande Huanguang-Jun esquecer o valor do dinheiro.
- Lan Zhan, ser rico afetou seus miolos. Eu tenho um gato, não mais de 30! Me ajude aqui e vamos escolher só uma! - Wuxian sorria desacreditado para o quão impulsivo seu marido é, logo deixando metade das coleiras com o outro enquanto as punha de volta nos lugares. - Eu iria passar a noite com você de qualquer forma, Lan Zhan. Não precisava ser tão extremo.
- Hm. - WangJi repunha as coleiras junto ao marido, até olhar pra ele e não controlar a curiosidade. - Wei Ying, Suibian é o mesmo de antes?
- Bem, nunca parei pra pensar sobre isso, mas, provavelmente sim. - Wuxian sorriu nostálgico, lembrando do dia em que seu vazio se tornou menor quando achou seu gatinho. - Eu achei ele sozinho e com frio, abandonado. Eu não sei explicar, mas parecia tão certo ter ele comigo, como se fosse da família ou algo assim. Foi a primeira vez que senti feliz de verdade. - O Wei virou o rosto para o marido, vendo a sobrancelha dele se erguer levemente, como se não entendesse. Wuxian suspirou alto, não foram bons tempos. - Eu e A-Cheng nascemos sequelados, Lan Zhan. Nossas mortes foram traumáticas demais... Eu e ele nunca sentimos muita coisa, a não ser solidão. - Wuxian abaixou a cabeça brincando com um dos guizos das coleiras. - Faltava alguma coisa, alguém. Mesmo tendo tudo do bom e do melhor, não era isso que queríamos. O circo sempre nos distraiu, mas não bastava, nunca bastou. Mas quando Zidian apareceu, lembro como Cheng ficou feliz, nunca tinha visto ele sorrir antes. - O mais novo sorriu, lembrando da cadela que ele achava assustadora quando era mais novo, mas que sempre se mostrou dócil com a família. - Quando achei Suibian, eu fiquei tão feliz, que quando cheguei em casa e mostrei pra Shijie e pro Shidi eu chorei. Parecia que pelo menos uma parte de mim eu já tinha encontrado. - Quando pôs a última coleira em suas mãos de volta ao apoio, Wuxian olhou para o marido, sorrindo largo ao apoiar a mão no rosto branco como Jade. - Com você aqui, só falta nosso filho, Lan Zhan, então vou poder dizer que sou verdadeiramente feliz.
WangJi achava que iria transbordar com tantos sentimentos, pôs a mão em cima da do marido, a apertando, logo trazendo aos lábios e dando um beijo em sua palma. - Vou acha-lo, não importa o quê.
- Eu sei que vai, meu marido. - Wuxian sorriu largo ao outro, vendo toda a determinação alheia, não resistindo em abraçar o homem forte ao seu lado, passando os braços pelo corpo musculoso. - Você sempre me salva dos meus tempos sombrios, não é?
- Eu prometo mais de uma vez que seria seu apoio, Wei Ying. - Ficaram um curto tempo naquele abraço, agradecendo o fato da seção ser no último corredor. - Wei Ying, eu gostei dessa. - WangJi ergue a mão que estava fechada, dando a visão de um colar simples e sem pingentes, em um degradê do roxo ao rosa. O Lan se sentiu orgulhoso ao ver os olhos do outro brilharem e ele retirar o objeto com rapidez de sua mão.
- É esta, Lan Zhan! Agora sim podemos pagar, seu rico sem escrúpulos! - A mão do Lan foi agarrada, sendo levado até o balcão, onde o Wei já pegava um dos petiscos para por em sua compra.
- Quando tempo, Wei! - O balconista comentou sorrindo ao rapaz, mostrando os dentes adornados pelo aparelho com borrachinhas azuis. Um adolescente, para WangJi ele não devia ter mais de 17 anos. - O piratinha finalmente quebrou outra coleira?
- Boa tarde pra você também, Harry. Até que demorou dessa vez, não foi? - O Wei sorriu, sentido a mão grande na sua o apertar mais, não precisando nem olhar o Lan para sentir o cheiro de seu vinagre. - Ah, Harry, quero que conheça meu namorado. Este é Lan Zhan, meu futuro esposo. - Wuxian abraçou o lado esquerdo do corpo do Lan, sentido ele por a mão em sua cintura imediatamente.
- É um prazer, vocês formam um belo casal. Queria eu que minha namorada deixasse eu desmontrar afeto em público, ela é mais arisca que seu gato na hora de tomar banho. - O garoto com longos cabelos pretos se lamuriou, vendo o outro sorrir de si. - Wei Ying não sorria! Sempre que eu tento abraça-la eu recebo um tapa na mão.
- É nisso que dá namorar uma tsundere. - Wuxian negou levemente, ainda sorrindo pelo drama do amigo mais novo. - Mande um beijo pra Brenda por mim, diz também que como o veterano dela, ela tem 2 trabalhos pra quarta. - O Wei pegou a carteira pegando pelo que comprará, pegando a sacola com os mimos para seu bichano, logo agarrando a mão esquerda do marido. - Até qualquer dia, Harry!
- Até, foi um prazer!
[🐍]
O clima no ginásio da Lótus era cada vez mais quente, o casal entregue aos beijos quentes, com mãos completamente atrevidas e os ofegos sôfregos de ambos os homens. Lan Huan nunca esteve tão feliz por seu sogro deixar seu A-Cheng treinando sozinho.
Quando se deu conta, o Jiang já estava deitado no chão, tendo o Lan por cima de si, enquanto abria a blusa social a passava as mãos pelo abdômen definido. Sentia o mais velho distribuindo beijos por sua clavícula, as vezes mordendo a pele branquinha.
- Gege, eu vou me apresentar amanhã! Não posso estar cheio de chupões. - A frase saiu baixa, mesmo sendo uma intimação, parecia descrever o contrário do que o Jiang queria.
- Uma pena, A-Cheng, porque vai estar. - A voz grossa e embargada de luxúria do Lan deixou o corpo menor completamente arrepiado, tentando controlar o gemido ao sentir as mãos grandes apertando suas coxas, essas que já se prendiam na cintura alheia, buscando mais e mais contato. - A única coisa que me impede de te foder aqui é a falta do lubrificante, Jiang Cheng. - Huan friccionou os membros, ouvido um grunido sair da garganta do mais novo, sentido o próprio membro doer por estar preso na cueca e na calça.
Jiang Cheng puxou o quadril do Lan com as pernas, simulando uma estocada em si mesmo, gemendo sôfrego ao sentir seu fogo aumentar. - Huan-Gege... - Brincar com a excitação de um Lan era deveras perigoso, ainda mais quando não usavam fitas de testa. A verdade, era que o clã dos bons moços, mantinha homens e mulheres territoriais, sempre sendo absurdamente fogosos com seus parceiros, mas isso, era um ponto ao qual os dois heróis de YummengJiang adoravam brincar.
O próprio Xichen inverteu as posições mantendo o Jiang sobre o próprio colo, simulando que o outro cavalgava em si, fazendo o mais novo sentir seu volume entre as nádegas, agarrando os fios da nuca do Lan por puro instinto. - O que foi, A-Cheng? Que tanto assim ser fodido? - O gemido foi incontrolável. Ter Zewu-Jun dizendo tantas baixarias em seu ouvido era demais. Ver que a primeira jade não era imaculada apenas consigo era demais. - Pede, Jiang Cheng.
O Jiang rebolou no outro com mais precisão, recebendo um gemido rouco e deleitoso em troca, mas nenhuma palavra saiu da boca do arroxeado, apenas concentrado em sentir a gostosa sensação do membro duro em si.
Huan já havia se nublado em desejo, vendo a face vermelha do marido, a respiração pesada, os olhos fechados em total deleite e os gemidinhos que ele tentava segurar. Podia ter auto controle na primeira vida, mas agora, naquele corpo, a história era outra. O Lan levou dois dedos a própria boca, os encharcando com sua saliva, enquanto passava a mão restante até a calça justa do mais novo, abaixando junto a cueca, deixando a bunda branquinha e firme amostra. A carne farta foi apertada, deixando o mais novo gemer em aprovação, tirando um sorriso presunçoso do Lan.
Ambas as mãos rumaram as nádegas, as segurando e afastando, deixando a entrada exposta. Lan Huan passou os dedos lubrificados por aquele vão, vendo seu menino ofegar pelo contato molhado íntimo em si, poucos segundos que seus dedos acariciavam ali e sentiu o outro se empinar, querendo mais. Vendo uma expressão tão sofrida, Xichen não se fez de rogado, enfiando o primeiro dedo, sem muita dificuldade, estranhando o tal fato. - Já foi tocado aqui, Jiang Wanyin? Já deixou alguém te tocar aqui? - Não podia mentir, a simples ideia de qualquer um tocando o seu marido lhe deixava enfurecido.
- N-não, Gege.
- Então por que esta tão largo, Jiang Cheng? - Dando ênfase a sua fala, o mais velho enfiou o segundo dedo, nem esperando para os estocar ali, vendo o outro se contorcer em si, mas estranhamente ganhando um grande rubor pelo rosto e pescoço. Wanyin sabia que estava em mals lençóis, o mais velho só chamava seu nome completo quando estava ou muito estressado, ou com muita vontade de se enterrar em si. No momento era os dois. - Eu fiz uma pergunta, Jiang Cheng!
- E-Eu... - Outra estocada forte, assim como mais um gemido. - Fo-oi eu. - O sorriso libidinoso do Lan fez Cheng arrepiar, sentindo os dedos em si começando a lhe alargar.
- Por que A-Cheng se tocou aqui? - Huan fez uma falsa face de inocente, piscando os olhinhos que mesmo brilhando em tesão tentavam soar puros. - Por que, Wanyin?
"Fingido, filha da puta."
- A-Huan dis-se que sairíamos depois do show, ma-as você não voltou. - A cabeça do Jiang tombou no ombro largo, pelo prazer e pela vergonha, gemendo baixinho no ouvido alheio.
- Ah, A-Cheng. Eu te deixei na vontade não foi? - Huan ouviu um murmúrio de confirmação, não contendo o sorriso que se formava em seu rosto. - Por isso se tocou aqui? Por que pensou em mim, ChengCheng? - O terceiro dedo foi enfiado, junto a outra forte estocada, fazendo o Jiang arquear as costas e gemer surpreso. Lan Huan por alguns segundos se perdeu em sua própria mente, pensando em seu menino deitado em uma cama, se satisfazendo sozinho, enfiando os próprios dedos em si e gemendo pelo mais velho.
- E-Eu quero g-gozar! Por favor, Gege. - Cheng movia os quadris freneticamente, quase quicando na mão alheia. Fazendo o mesmo pedido repetidas vezes.
Lan continuou enfiando os dedos no outro, fazendo o máximo de força que sua mão permitia, guiando a outra até sua calça, desafivelando o cinto e puxando a cueca para libertar seu próprio pênis, fazendo o mesmo com o outro. Gemeram em uníssom quando ambas os membros se uniram, se roçando graças aos quicar do mais novo. Huan viu as pupilas do mais novo se dilataram, enquanto mudava seu olhar entre os membros e o rosto do Lan, vendo-o sorrir convencido. - Sim, ChengCheng pode tocar.
Em questão de segundos a mão calejada pelos constantes exercícios na Lyra foi fechada em volta dos membros banhandos em pré-gozo, os estímulando de forma rápida e precisa, fazendo o Lan aumentar o ritmo de suas estocadas. Sendo estimulado de tantas formas, o Jiang foi o primeiro a vir, sujando seu próprio abdômen, tendo algumas gotas de seu prazer em seu pescoço e queixo, mas mesmo assim, ele não parou de bombear o Lan, assim com o Lan não parou de estocar sabendo que seu garoto amava a sensação de dor mesclada ao prazer logo depois de gozar. Xichen aproximou os corpos, passando a língua pelos pingos brancos do pescoço até o queixo, terminando ao beijar os lábios carnudos. Não demorou muito para o próprio Huan vir, gozando na mão alheia, em um gemido deleitoso e arrastado.
- É melhor não ter planos pra depois do jantar, Lan Huan.
- Por que, A-Cheng?
- Você está olhando pra a sobremesa.
⭐ Glossário:
✨ ¹: Quando o Wei fala: "Ele esta vivo, então não usa branco e papapa" é fazendo referência ao fato de branco ser uma cor de funeral. Talvez a maioria saiba disso, mas melhor explicar.
⭐ Coleira do Suibian: