𝘱𝘴𝘺𝘤𝘩𝘰 - 𝘮𝘪𝘭𝘦𝘴 𝘧�...

By http_madu

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Ele é o que tá a mais tempo no internato. Ele anda sempre com as mesmas roupas. Ele é quieto. Por quê tão ca... More

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pergunta.
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By http_madu

— Oh Cerise... Nem adianta tentar dar um passo em minha frente, eu sei de tudo, sempre tô no controle das coisas, e claro, das pessoas... poupe seu tempo. – Cochichou em meu ouvido.

flashback off


Foi aí que tudo começou. Eu saí daquele quarto como uma tola, realmente achei que após fechar a porta daquele quarto eu não iria mais pensar no Miles, ia esquecer essa idéia estapafúrdia de querer saber mais sobre a vida dele. Eu tava enganada. Era só uma curiosidade, não sabia que era o começo do fim...

flashback on

Cheguei em meu quarto e bati a porta, respirei fundo, é como se eu tivesse prendido todo o meu ar durante o caminho e só consegui solta - lo ao chegar em meu quarto. Olhei a hora no relógio e já ia dar 17:00 horas, teríamos aula.

***

— Então, hoje é sexta. – Sadie disse colocando seu all star, enquanto eu penteava meu cabelo.

— E? – Perguntei desinteressada.

— Toda sexta nós nos juntamos no jardim lá embaixo, a gente se reúne com comida e cobertores e passamos a noite toda contando e vendo filmes de terror. Isso não é empolgante? – Minha amiga disse batendo palminhas, animada.

— Não. Isso parece coisa de criança.

— Não é.

— É sim.

— Acredite não é.

— Tudo bem. – Dei de ombros.

— Você vem né? – Ela perguntou colocando sua mochila nas costas.

— Provavelmente. Eu não tenho nada pra fazer nessa prisão mesmo.

— Ótimo. Depois eu te explico tudo direitinho.

Assenti. Sadie saiu e foi tomar café, eu sempre me atraso mais que ela, ser atrasada tá no meu sangue.

Sobre o Miles... Bom, passei a semana toda com uma pulga atrás da orelha, tentando entender porquê diabos ele tem tanta discrição com aquele diário. Beleza que diário é algo pessoal, eu não gostaria que lessem meu diário, embora eu não tenha um. Mas a questão aqui é que ele parece esconder bem mais que uma frustração amorosa, ou a primeira vez que ele gozou e escreveu. (Eu não faço idéia do que meninos escrevam em diários, não me julguem) sei lá, isso me deixa curiosa. Eu não costumo ser curiosa, mas quando coloco algo na cabeça eu vou até o fim, passei o resto da semana sem falar com o Miles e sem me meter nas coisas dele pra poeira abaixar, mas hoje todos estarão lá em baixo, será o momento propício. Não tem como ele aparecer no quarto do nada, tem? E se tiver, eu vou escutar o barulho, é só me esconder.

***

— Menina o que você ainda tá fazendo aí? Vai ficar a noite toda com a cara enfurnada nesse livro? Aliás, você lê desde quando? – Sadie franziu o cenho.

— Ai Sadie pelo amor de Deus, eu tô morrendo de dor de cabeça, não enche. – Revirei os olhos.

— Desculpa amiga, eu não sabia. – Disse sentando - se ao meu lado. — Quer que eu pegue um remédio?

— Não precisa. Vai passar já já.

— Você ainda vai descer com os outros? Se não eu fico aqui contigo.

— Não Sads, não precisa sério, eu tô bem. E sim, vou descer, só vou um pouquinho mais tarde pra dar tempo de eu melhorar tá?

— Tabom. – Ela sorriu, pegou o travesseiro e saiu do quarto.

Me sinto mal por mentir pra ela, eu sou boa em "manipular" as pessoas, mas não gosto de mentiras, exceto em casos necessários como esse.

Coloquei meu livro de lado e saí do quarto, eu acho que todo mundo já tá lá embaixo porquê tá um silêncio ensurdecedor no internato, as luzes estão desligadas, isso é bom.

Peguei uma lanterna pequena que eu tenho de chaveiro na mochila e usei pra iluminar o caminho, não adiantou bosta nenhuma, mas deu pra ter noção de pelo menos onde eu tô pisando.

Logo encontrei o quarto do Miles e do Malcolm, que inclusive ainda não apareceu, mas isso é assunto pra outra hora.

Bati umas duas vezes pra ter certeza de que não tem ninguém e então entrei. Fui diretamente na gaveta onde achei o diário, não o encontrei lá.

— É claro que ele não ia guardar aqui de novo, as vezes eu sou tão idiota. – Cochichei pra mim mesma.

Juro que revirei tudo, olhei em todas as gavetas do criado mudo, do armário, no banheiro, em baixo da cama, na mesa, até nas coisas do Malcolm eu mexi. Nem sinal do maldito diário, eu não faço idéia de onde esse menino possa ter enfiado essa droga. Talvez eu devesse desistir, talvez eu devesse só sair por aquela porta e deixar de ser tão enxerida. É o que fui fazer.

— Procurando por isto?

Me virei colocando a mão no peito, devido ao susto.

Lá estava ele, sentado na cama com o diário na mão.

— Como você entrou aqui?? – Perguntei já alterando a minha voz.

— É o meu quarto.

— Você não tava aqui! Como entrou aqui? – Repeti a pergunta.

Ele se levantou rapidamente me empurrando contra a parede, segurando meus pulsos.

— Como eu disse: é o meu quarto. Não preciso te lembrar novamente, eu já disse que não queria você mexendo em minhas coisas.

— Você não manda em mim, não tenho que te obedecer.

Ele foi apertando meus pulsos.

— Não mando em você, mas mando em mim, e você tá fuçando as MINHAS coisas. Esse diário não te pertence, não tem porquê lê - lo.

— Me solta... Você tá me machucando. – Eu disse tentando me soltar, já lacrimejando.

— Não até você me dizer porquê tá tão interessada em mim.

— Não tô interessada em você imbecil!

— NÃO MINTA! – Ele gritou de forma estrondosa contra meu rosto.

Lágrimas foram escorrendo.

— VOCÊ NÃO PASSA DE UM FUDIDO DE UM PSICOPATA! ME SOLTA AGORA!

— Não até você me dizer porquê de tudo isso. – Ele disse agora baixo, mas firme.

— É sério isso? Sério que você vai ficar aqui me segurando até eu satisfazer seu fetiche por estar sempre a frente de tudo? Ou todos, como você mesmo disse.

— Não se faça de frágil garota. Você é tudo menos frágil, apenas seja honesta comigo.

— Como é?? – Comecei a gargalhar, ainda chorando um pouco. — Você quer falar de honestidade comigo? Logo você que esconde uma vida nesse caderno.

— E o que você tem com isso?

— Nada. A menos que você tenha dado um sumiço em alguém, onde tá o Malcolm hm? – Perguntei, notei Miles ficar desconfortado, ele ficou tão desconfortado que me soltou. — Você o matou, não matou?

Agora eu que fiquei um passo na frente dele.

— Você não sabe o que tá dizendo... – Fairchild disse quase como num sussurro.

— Você matou ele ou não? Simplesmente responda.

— Não.

— Não acredito. – Falei.

— É claro. – Ele riu. — A verdade nem sempre é a versão mais excitante das coisas, ou a melhor ou a pior. Não importa qual seja a minha verdade, você quer que eu diga o que você quer ouvir.

Ele não mentiu ao dizer isso...

Apenas o olhei uma última vez e coloquei a mão na maçaneta, tava trancada.

— Porquê a porta tá trancada?

Ela não tava assim quando cheguei.

— Eu já disse Cerise, você não sai daqui até que me diga porquê tá tão intrigada comigo.

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