A busca pela perfeição e o aumento da população mundial a níveis críticos levou o Brasil a buscar uma saída: a divisão da população em dois grandes grupos.
Completos e Incompletos. Perfeitos e Imperfeitos.
Ao primeiro grupo são reservadas todos os privilégios existentes na sociedade, como se apaixonar e se relacionar com outras pessoas, ter filhos, bons empregos e luxos.
Ao segundo grupo sobram os restos. Quanto maior o nível de incompletude, menos regalias e direitos.
Cecília nasceu com um grau crítico de incompletude: uma perna 2cm menor do que a outra. Tal imperfeição a obrigou a seguir um caminho que nunca quis, servindo a Deus até o último dia de sua vida. No convento, além de uma vida sem luxos, ela precisa conviver com regras rígidas e um convívio sem graça, mesmo que nunca tenha se adaptado plenamente a este meio e sofrido castigos duros por isso.
Quando a única freira por quem sentia carinho a ajuda a fugir, Cecília vê a oportunidade de buscar seu sonho: o famigerado Bosque da Isonomia. O refúgio conhecido como o paraíso dos Incompletos, que até então, jurava ser apenas uma lenda.
Para chegar ao tal lugar, ela contrata Alexandre, um mercenário de caráter um pouco duvidoso, que usará de meios não tão convencionais para levá-la ao seu destino. Juntos, vão encarar uma jornada de aventuras, cheia de desavenças e conflitos, e descobrir que julgar o próximo com base nas aparências pode ser o maior erro que uma pessoa pode cometer.