Bufo irritada, tirando minha roupa cheia de molho de tomate. Quando acabei de comer o macarrão com almôndegas delicioso que o Xavier preparou, fui me agarrar com ele. Me sentei no colo dele e começamos a nos beijar loucamente, sem querer acabei derramando o molho da panela na minha roupa.
Agora estou aqui no banheiro, irei tomar um banho rápido, enquanto o Xavier está terminando de preparar a surpresa que ele preparou para mim. Não sei o que é e estou morrendo de curiosidade.
Ligo o chuveiro, coloco um pé primeiro para ver se a água está fria, quando percebo que ela está num ponto bom, adentro. Deixo a água cair pelo meu corpo, evitando ao máximo que o meu cabelo molhe. Passo alguns minutos me banhando, pulo de susto assim que um clarão de um raio ilumina todo o banheiro.
Só o que me faltava!
Saio do box e me enrolo em uma toalha, calço o chinelo do Xavier e coloco a mão na porta para sair. No mesmo instante, um trovão barulhento ecoa e as luzes se apagam.
— Faltou energia. Que ótimo! — sussurro irônica. Saio do banheiro com cuidado e sem enxergar nada. Coloco a mão na parede e vou caminhando devagarinho. Esbarro em um peitoral forte e mordo meus lábios, passando a mão pelo abdômen definido do Xavier — Acho que precisamos de velas, a luz não vai voltar tão cedo. Parece que o mundo está caindo lá fora — digo escutando o barulho da chuva forte.
— Já espalhei algumas velas pela casa, sabia que ia chover. O tempo hoje não estava muito bom — ele diz dando de ombros — Quer ver a sua surpresa? —aceno positivamente, segurando a mão dele — Vai ficar só de toalha?
— Vou. Algum problema? — sussurro no ouvido dele e mordo o lóbulo da sua orelha.
— Nenhum — Xavier sussurra com a voz rouca e apertando minha cintura. Ele começa a caminhar até o quarto dele, mas não entra — É bem ali — aponta para a porta a frente do seu quarto. Coloco a mão na maçaneta e abro a porta. Tapo minha boca com as mãos e meus olhos lacrimejam — Você disse que seus pais não te deixavam ter um lugar para pintar, e nem gostavam que você pintasse. Então, eu fiz um ateliê pra você! — olho estática para aquele cômodo.
Há várias pétalas de rosas pelo chão, velas acesas para iluminar. Diversas telas e tintas organizadas sobre uma mesa. Perto de uma janela, que quando é aberta temos a visão do pequeno muro da casa do Xavier, há alguns cavaletes de pinturas com quadros e um banquinho de veludo para que eu sente e pinte.
Desvio meu olhar para o canto do cômodo que possui um colchão no chão, algumas almofadas vermelhas e também pétalas de rosas. Sem falar do cheiro do quarto que é muito bom.
— E o colchão? É para quê? — pergunto com a voz embargada. É a coisa mais linda que alguém já fez por mim.
— Bom, enquanto você estiver pintando, eu ficarei olhando. Admirando você... —ele sussurra, coçando a nuca com as bochecha vermelhas. Ele está com vergonha? — Dama, eu sei que não é grande coisa... — o interrompi, me jogando em cima dele.
— Eu amei, Vagabundo. Obrigada, obrigada! — beijo sua boca enquanto ele passa as mãos pela minha cintura. Não consigo conter minhas lágrimas de felicidade.
— Por que está chorando? Não gostou?— pergunta me olhando preocupado e limpando minhas lágrimas com as mãos.
— Estou chorando de felicidade, de emoção. Eu nunca fui tão feliz em minha vida toda como estou sendo com você... — confesso, olhando nos seus belíssimos olhos azuis que me encaram como intensidade.
— Eu também não. Na verdade, eu nunca fui feliz, mas estou sendo. Você está me fazendo feliz, Cindy — sorrio, passando meu polegar pelo rosto dele.
Passo meus braços ao redor do seu pescoço e colo nossos lábios em um beijo ardente. As mãos dele vão subindo pelas minhas pernas e chegam na barra da toalha. Desço uma mão do pescoço dele e passeio pelo seu abdômen. Sem descolar nossas bocas, o Xavier me guia até o colchão no chão. Ele me deita com cuidado e separamos nossos lábios. O encaro com a respiração acelerada e meu coração batendo mais rápido do que nunca.
— Eu quero você, Xavier. Quero que me faça sua... — sussurro com o coração acelerado, ele apenas sorri e toca meu rosto com seu polegar. Ele leva a mão até o nó da toalha e o desata, prendo minha respiração quando estou nua a sua frente.
Não sinto vergonha em estar sem nada na frente dele. O jeito que ele me olha, com devoção, paixão e luxúria, não me deixa dúvidas que ele gosta de mim, gosta do que vê. E mesmo que o Xavier não admita, ele sente algo por mim.
Eu sei que sente.
Aperto o lençol assim que ele começa a beijar meu corpo, em todas as partes. Mordo meus lábios sentindo o meu corpo pegar fogo. Arranho as costas do Xavier assim que ele volta a me beijar, enquanto toca cada parte minha. Desço minha mão até a cueca dele, assim que o mesmo tira sua calça, e ofego quando vejo seu membro.
Estou fodida. Não conseguirei andar nunca mais. Puta merda! Que negócio enorme, grosso. E visivelmente gostoso.
Continuo a beijá-lo, arranhado suas costas. De soslaio, vejo o mesmo pegar alguns pacotes de camisinha de dentro da carteira.
O clima está perfeito. Luzes de velas, pétalas espalhadas pelo quarto, a brisa gélida. O barulho da chuva e os ventos trazem uma mistura maravilhosa.
O Xavier fica sobre mim e me olha nos olhos, enquanto massageia a minha intimidade e estou completamente molhada. Mordisco meu lábio inferior quando ele beija e chupa meus seios. Coloco minhas mão no seu abdômen para o encaixe perfeito dos nossos corpos. Ele fica me beijando, me acariciando e me deixando pronta para ele.
Fecho meus olhos assim que o sinto dentro de mim lentamente. Uma lágrima escorre do meu rosto ao senti-lo por inteiro.
— Você é a única coisa pura e feliz que existe na minha vida! — ele sussurra encostando seu nariz no meu. Nossas mãos estão entrelaçadas e nossos corpos suados, cada movimento que ele faz dentro de mim é bruto e ao mesmo tempo delicado. Tudo que ele me faz é bom, quente e ardente.
— Xavier! — grito em êxtase quando ele investe mais forte em mim, me deixando toda marcada por seus chupões. Xavier me puxa para seu colo e começo a subir e descer lentamente sobre ele. Gemo baixo beijando seus lábios e sentindo sua espessura me deixando quente e me fazendo chegar ao meu ápice.
— Caralho, Cindy! — ele exclama puxando meu cabelo com força e jogo meu pescoço para trás, gemendo enquanto rebolo no seu membro — Filha da puta! — ele exclama batendo na minha bunda e o beijo, sentindo minha pele arder pelo tapa.
O abraço apertado sentindo seu membro grosso me preenchendo, meus seios nus contra o seu peitoral me fazem suspirar. Xavier aperta minha cintura com força e seus olhos estão embriagados de desejo. Ele segura meu queixo e me olha nos olhos.
Eu acho que amo ele.
Volto a beijá-lo e o olho com desejo. Quero mais, muito mais. Ele parece entender o que eu quero e me deita na cama novamente.
O Xavier deposita um beijo delicado na minha boca e vai descendo o rosto até as minhas pernas. Enfiando o rosto na minha intimidade.
— Céus! — ofego, mordendo os lábios ao sentir a sua língua no meu sexo.
O Xavier com certeza é bom em tudo que faz!
[......]
Encosto a cabeça no peito dele, enquanto sua mão acaricia meu cabelo. Estou totalmente esgotada pelo que fizemos, foi deliciosamente bom tê-lo dentro de mim. Beijo seu peitoral e sua mão vai até a lateral da minha bunda nua e descansa ali.
Não foi a minha primeira vez, mas foi como se fosse. Foi mais do que um dia imaginei. É maravilhoso estar com o Xavier, ele me faz tão feliz.
O que fizemos não foi só sexo. Teve sentimento, paixão, amor.
— Nunca pensou em largar o tráfico? Essa vida errada? — pergunto curiosa e encarando seus olhos azuis — Nunca pensou em fugir?
— Já pensei. Mas isso não vai acontecer. Eu preciso me tornar um traficante, quer dizer, eu já sou um, mas preciso ser melhor. E fugir está fora de cogitação, nunca iria dar certo. O Travor viria atrás de mim — Xavier diz com o semblante sério — Acho que você arrancou todos meus fios de cabelo quando eu estava chupan.. — minhas bochechas ficam vermelhas, coloco minha mão na boca dele para que ele fique calado — Que jantar é esse que o Mattel falou?—pergunta voltando no assunto que o fofinho falou na roda gigante.
Recebi uma mensagem, antes da energia acabar, que os pais do Mattel irão organizar um jantar com todas as famílias da alta sociedade.
— Acho que irão anunciar que eu e o Mattel podemos estar namorando. Não se preocupe, não vou beijar o Mattel se é isso que pensa — comento divertida.
— Não penso isso — solto uma risada desacreditada e então lembro de algo.
— Irei sair com a Valerie na quarta, sairei do colégio à tarde. Iremos ao shopping — comento esperando que ele não desconfie que eu estou mentindo. Shopping nada, irei investigar sobre esse Dragão.
Passarei o final de semana aqui com o Xavier. Ele disse que o Trevor não está em Chicago, por isso não tem perigo dele me ver. Mais tarde iremos buscar a Nina lá em casa, para ela passar o final de semana conosco.
— Sua mãe não gostou de mim no dia que ela me viu com você no refeitório, não foi? — Xavier pergunta e aceno sincera — Sabia. Ela não foi com a minha cara, não sei porquê, eu sou um cara tão certinho! — solto uma risada e ele também.
— Muito certinho — falo irônica — Ela não gostou mesmo de você, disse que é para eu ficar longe. Disse que você parece ser um problema — faço círculos no peitoral dele.
— Eu sou um problema e você é a minha solução — sorrio, mordendo meus lábios — Então nós temos que esconder o que nós temos de um dos traficantes mais perigosos dos Estados Unidos e do seus pais? — aceno e ele faz uma careta.
— Ainda tem um admirador secreto psicopata e maníaco que envia cartas e presentes macabros pra mim. Estamos tão fodidos — sussurro, olhando para as minhas unhas.
— O quê?! — ele pergunta sentando na cama e me encarando sério.
— O quê o que? — pergunto me fazendo de desentendida. Será que ele ouviu a parte do admirador psicopata?
— Quem caralho está enviando presentes e cartas pra você?! — esbraveja com o maxilar enrijecido.
— Hum, eu não sei, é alguém que se denomina ser me admirador secreto. Me envia presentes e cartas desde o fim do ano passado — decido ser sincera —Nunca liguei para isso, achei que eram brincadeiras idiotas. Mas..., as cartas, presentes que recebo são estranhos... —sussurro.
— Como assim "estranhos"? — me puxa para sentar no seu colo e assim faço, puxo o lençol para nos cobrir pois estou com frio.
— Os bilhetes possuem frases macabras. Não é nada romântico e nem bonito. São como ameaças de morte. Os presentes aparentam ser fofos mas na maioria das vezes possuem algo cortante e que machuca.
— Tem alguma ideia de quem envia essas porras para você? — nego — Eu vou descobrir e vou acabar com que estiver fazendo isso! — esbraveja com a voz profunda e o olhar de ódio — Eu não vou deixar ninguém fazer nada contra você, Dama. Eu prometo! — sorrio lhe dando um beijo estalado. O abraço apertado, ele passa os braços pela minha cintura e encosto minha cabeça no ombro dele.
Eu acho que te amo, Xavier. Na verdade, eu tenho plena convicção.
Eu te amo, Vagabundo.